Desafios da amamentação

4 dificuldades para amamentar e como vencê-las

A amamentação é um período muito importante para a mãe e para o bebê. O leite materno, além de nutrir o recém-nascido, possibilitando o seu desenvolvimento, ainda previne a criança de futuras possíveis doenças. 

Para as mamães, no entanto, a ação de amamentar pode causar alguns desconfortos.

Acompanhe este artigo, pois reunimos 4 principais dificuldades na hora de amamentar, com orientações do que pode ser feito para vencê-las. Confira!

Sentir dores nos mamilos

Uma das principais dificuldades que a mulher pode ter logo após o parto, é sentir dores nos mamilos durante as primeiras mamadas. Geralmente, isso ocorre devido à forte sucção do bebê e de lesões na região — decorrentes ou não da sucção irregular do recém-nascido.

A princípio, essa dor pode ser normal, e tende a melhorar com o passar do tempo. Entretanto, sentir dores fortes e prolongadas, e lesões nos mamilos, deve ser investigado e tratado o quanto antes. 

Na grande maioria dos casos, o motivo do bebê sugar tão forte o mamilo da mãe (causando a dor), é o posicionamento do bebê e a má pega na hora de amamentar. Para resolver isso, uma boa técnica que pode ser utilizada é a “Técnica do C”. Veja como é simples ter uma pega correta na hora da amamentação:

  • A mãe deve estar sentada, confortável e com a postura correta;
  • Barriga com barriga: a barriga do bebê deve estar em contato com a barriga da mãe;
  • O braço da mãe deve estar em um ângulo de 90 graus, e a boca do bebê deve estar na altura do mamilo;
  • Com a mão que está livre, a mãe deve segurar o mamilo fazendo um “C” com os dedos indicador e polegar, de modo a controlar o fluxo do leite durante a sucção;
  • Caso seja necessário, utilize almofadas para apoiar a coluna e envolver o bebê para que ele fique confortável e na altura do mamilo.

Existem outras causas para a dor e lesão nos mamilos, como: mamilos curtos, planos ou mesmo invertidos, freio de língua muito curto, uso irregular de bombas de extração de leite, não interrupção da sucção quando for necessário, e uso de cremes e óleos que podem causar reações alérgicas nos mamilos.

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Leite “insuficiente” ou leite “fraco”

Não é incomum algumas mães reclamarem que estão produzindo pouco leite, ou que o leite parece estar “fraco”. Na verdade, a grande maioria das mulheres produz, naturalmente, leite suficiente para amamentar os filhos. Até a “descida do leite”, que geralmente ocorre até o terceiro ou quarto dia após o parto, a produção de leite se dá pela ação de hormônios, e independente da sucção da criança.

Mas a partir do início da amamentação, a quantidade de leite produzido vai depender da quantidade de vezes que o bebê mamou por dia. Se ele esvaziou o peito da forma correta e no tempo esperado, a produção de mais leite vai ocorrer de forma natural.

Portanto, quando a mãe sente que está produzindo leite “insuficiente”, o que pode estar ocorrendo, na verdade, é que o bebê não está mamando no peito como deveria, impedindo que a mama esvazie-se, e assim, consiga produzir mais leite.

Nesses casos, deve-se garantir que o bebê mame no posicionamento e na pega correta, e que ele mame por livre demanda — ou seja, que ele mame nas horas em que sentir vontade, independente do horário do dia.

Você sabia que a intolerância à lactose também pode atingir o bebê? Saiba mais sobre a questão aqui.

A sensação de leite insuficiente, bem como sentir dores no mamilo (abordado no tópico anterior), também pode ocorrer devido a um ingurgitamento mamário. Continue lendo o artigo para saber o que deve ser feito neste caso.

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Mamas ingurgitadas

Até o terceiro ou quarto dia após o parto, as mamas podem ficar cheias e ingurgitadas, deixando-as endurecidas, doloridas e inchadas. Na maioria das vezes, isso ocorre devido a má sucção do bebê, impedindo que a mama esvazie-se naturalmente.

Logo, o ingurgitamento mamário, a princípio, pode ser considerado normal, e existem alguns procedimentos simples que ajudam a “desentupir” as mamas. Por exemplo:

  • Massageie as mamas em movimentos circulares, pressionando os locais que estão mais doloridos e sensíveis;
  • Faça expressão manual, retirando um pouco de leite da região da aréola, de modo que os mamilos fiquem mais macios e aliviados;
  • Experimente colocar o bebê para mamar até que a mama se esvazie. Se a mama ainda estiver ingurgitada, faça ordenha manual até que sinta um alívio nas mamas.

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Mamilos planos ou invertidos

Embora seja comum algumas mulheres apresentarem mamilos planos ou invertidos, a maioria delas, na verdade, possui um “falso invertido”, que pode ser identificado pressionando levemente em volta do bico. Se este retrair, então é invertido. Se for projetado para frente, então é um “falso invertido”.

Nos casos em que os mamilos realmente tenham essa condição, é preciso lembrar que a amamentação pode sim ser realizada, necessitando apenas de alguns cuidados extras. A seguir, conheça algumas dicas para ajudar as mães a amamentar com o bico invertido:

  • Use a “Técnica do C” (explicada no início deste artigo) e pressione o mamilo de modo que o bebê possa abocanhar o máximo de área possível da aréola. Essa pressão deve durar até que ele termine de mamar, por isso, a mãe deve ser apoiada e motivada a persistir e a ter paciência durante este processo, ok?
  • Varie as posições para identificar em qual delas a mãe e o bebê se adaptam melhor;
  • Uma bomba de sucção pode ser utilizada para estimular o aumento dos mamilos, desde que não seja usada de forma excessiva, e que seja limpa antes e depois do seu uso.

Lembre-se: todas as dificuldades para amamentar apresentadas aqui, podem ser resolvidas se a mãe receber o acompanhamento médico correto durante todo o período da amamentação. 

Além disso, é muito importante também que a mãe realize exames de rotina para se certificar que a amamentação se dará de forma tranquila, sem riscos para a mãe e para o bebê.

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Por: Dr. Renato Barra / Categoria: IMEB Mulher

17 de julho de 2019

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