Alimentação saudável e trabalho voluntário podem controlar DEPRESSÃO | IMEB

Alimentação saudável e trabalho voluntário podem controlar DEPRESSÃO

“É uma sensação de total desamparo. Você não tem vontade, ânimo para fazer nada. Nem mesmo coisas básicas, como levantar da cama, cuidar de sua higiene, se alimentar… E muito menos fazer as coisas de que gostava, como ler um livro, conversar com amigos. Tudo se torna muito difícil e você não vê sentido em fazer as coisas. É algo devastador’. O relato é de Danielly Gonçalves Brito, de 41 anos, carioca que enfrentou longos três anos de tratamento após descobrir que sofria de depressão.

Só quem viveu na pele o drama consegue definir a dor que corrói a alma e parece não ter explicação. O problema já atinge um a cada cinco brasileiros. É tão grave que a Organização Mundial da Saúde definiu a Depressão como o tema do Dia Mundial da Saúde deste ano (7 de abril). A boa notícia é que, em grande parte dos casos, a depressão tem cura total. E ainda melhor, pode ser evitada. “O paciente restabelece padrões de funcionamentos pregressos ou até melhor do que antes, sobretudo quando associados tratamentos psicoterápico e farmacológico”, explica o psiquiatra Rodrigo de Almeida Ramos, diretor do Núcleo Paulista de Especialidades.

O número de pessoas com depressão chegou em 2015 a 322 milhões, 18,4% a mais que em 2005, indica a organização. Estes novos números são um sinal de alerta para que todos os países repensem sua visão da saúde mental e a tratem com a urgência que ela merece.

São muitas as abordagens para quem sofre de depressão. Além de medicações apropriadas, Danielly buscou ajuda na espiritualidade, no apoio da família e em um psicanalista. Há quem encontre saídas na acupuntura, meditação, musicoterapia e até mesmo no coaching. “O coaching ajuda as pessoas a acessarem suas farmácias internas e criarem novamente o hábito natural de produção desses neurotransmissores em baixa. Isso ocorre através do autoconhecimento e da autoconfiança, que trata o problema além dos antidepressivos, para que a pessoa não fique o resto da vida presa a esses remédios”, afirma Eloiá Hosana, coach de inteligência emocional.

Dar risadas, não se isolar, cortar pessoas tóxicas da sua vida, preferir uma alimentação saudável, praticar exercícios físicos e até realizar algum trabalho voluntário são boas formas de enfrentar o problema. Deixar o medo do preconceito de lado e falar sobre o problema também ajuda. Psiquiatra do Hospital Adventista Silvestre, Fernanda Ramallo defende a conversa como válvula de escape. “Uns podem ajudar os outros, conversando sobre o que passaram e como solucionaram, e quais válvulas de escape adotaram. Portanto, devemos sempre falar sobre a doença para que as pessoas entendam que sim, ela existe, e é muito mais comum do que se imagina”.

A depressão afeta mais mulheres e adolescentes e é responsável por muitos casos de suicídio. O psiquiatra Rodrigo Pessanha alerta para os riscos. “Pacientes deprimidos normalmente não vão tomar aquelas precauções com relação a prevenção de doenças, a um estilo de dieta e de exercício físico. Por conta disso apresentam um risco de mortalidade significativamente maior do que a população em geral”, afirma.

ESTRATÉGIAS

Procure um psiquiatra

Profissional especializado em Psquiatria é o mais recomendado para diagnosticar e tratar o problema. Ele poderá prescrever o medicamento e a dosagem mais adequada para cada caso. O tratamento pode envolver vários outros recursos, como psicoterapia, acupuntura, meditação e outras terapias.

Crianças e idosos

“Intervenções direcionadas aos pais de crianças com problemas comportamentais podem reduzir os sintomas depressivos dos pais e melhorar os resultados de seus filhos. Os programas de exercícios para pessoas idosas também podem ser eficazes para prevenir a depressão”, afirma a a psiquiatra Julieta Guevara, diretora da Neurohealth.

O poder da musicoterapia

“Usei muita musicoterapia para vencer a depressão. Escrevia frases de motivação, fazia meditação, assistia filmes motivacionais”, diz o professor e empreendedor Charles Peterson Soares de Rezende, de 42 anos, que começou a sofrer de depressão aos 19. Coach há quase 15 anos, ele hoje dá palestras e treinamentos. “Com meu trabalho eu ajudo as pessoas vencerem depressão e se realizarem”, conta ele, que desenvolveu um método de estudo e foi pioneiro em coach para concursos.

Alimentos com magnésio

Estudos apontam que determinadas vitaminas e minerais encontradas em alimentos podem ajudar no combate à depressão. Além da vitamina D, o magnésio se destaca como regulador do sistema nervoso, que previne a insônia, a ansiedade, a hiperatividade, o estresse e a depressão. Este mineral pode ser encontrado em alimentos como leite, queijo, vegetais de folha verde, figo e carne vermelha. Suplementos de magnésio, sempre com supervisão médica, também podem ser recomendados.

Leia também: Má alimentação: consequências, riscos e doenças que pode causar.

FONTE: http://odia.ig.com.br/mundoeciencia

Por: Dr. Renato Barra / Categoria: Destaque Notícias

5 de abril de 2017

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