Exame que investiga patologias no fígado é mais seguro e eficaz que biópsia | IMEB

Exame que investiga patologias no fígado é mais seguro e eficaz que biópsia

Chamado de Elastografia do Fígado por Ressonância, este exame é menos invasivo e mais preciso na investigação de doenças como fibrose e esteatose hepática

A Elastografia do Fígado por Ressonância é uma técnica nova e ainda pouco utilizada no Brasil, mas que já está disponível em algumas clínicas de  diagnóstico por imagem.

Trata-se de um aparelho que se assemelha a um alto falante. Ao ser posicionado próximo ao fígado, ele produz uma vibração. Essa onda vibratória se propaga pelo corpo, enquanto o aparelho faz a medição da velocidade de propagação dela.

Conforme essa velocidade, é possível definir a dureza dos tecidos do  fígado. O médico, então, define um número para a dureza, que indicará se existe algum problema ou doença, facilitando o diagnóstico e a tomada de decisões para possíveis tratamentos.

Exame demora menos de um minuto

Elastografia do Fígado por Ressonância é feita em menos de um minuto. Nesse tempo, é possível avaliar quase todo o fígado sem utilizar contraste. Se necessário, em mais 30 segundos, faz-se ainda uma medição adicional para calcular a quantidade de gordura e de ferro no fígado. Essa medição é importante para diagnosticar outras alterações no órgão.

Caso seja necessário averiguar mais a fundo por dentro do órgão, é possível fazer a injeção de contraste. Após 15 minutos, o especialista consegue avaliar toda as alterações existentes na região do abdômen superior, como nódulos e alterações vasculares.

Quais são as indicações da Elastografia do Fígado por Ressonância?

Elastografia do Fígado por Ressonância é indicada quando há suspeita de algumas doenças hepáticas, como a fibrose e a esteatose hepática, popularmente conhecida como gordura no fígado. O diagnóstico dessas doenças é feito através da mensuração da rigidez do fígado.

Vale lembrar que a fibrose não é mais irreversível. Principalmente quando descoberta no início, que com o tratamento, é possível até promover uma melhora do paciente.

Graças à Elastografia do Fígado por Ressonância, é possível identificar o risco que o paciente corre (se ele existe e qual é). Por exemplo, se o paciente já tem fibrose, se já tem gordura no fígado e em qual estágio está. Assim, o médico pode definir o melhor tratamento para cada caso.

Quando não se usa a Elastografia do Fígado por Ressonância para avaliar a existência da fibrose, deve ser feita a biópsia. Porém, este é um procedimento invasivo e que pode trazer complicações ao paciente, pois envolve procedimentos cirúrgicos. Por isso, quando comparada com a biópsia, a Elastografia do Fígado por Ressonância é considerada muito mais segura, além de apresentar resultados mais precisos, pois avalia todo o tecido hepático e não apenas um “pedaço” dele.

Leia também:

Elastografia Hepática: conheça a evolução no diagnóstico de fibrose!

O que é a Esteatose Hepática?

Esteatose Hepática é o acúmulo de gordura no fígado, gerado pela obesidade. Ela pode ser alcoólica, ou seja, existir devido ao abuso de bebidas alcoólicas, ou não alcóolica, quando não existe histórico de alcoolismo.

Essa é a doença que mais tem demandado o uso da Elastografia do Fígado por Ressonância. Se não for tratada, pode evoluir para um tumor ou para cirrose.

Suas causas também podem ser: hepatites virais, obesidade, drogas, colesterol elevado e diabetes. É sabido que uma a cada cinco pessoas com sobrepeso desenvolve o problema.

Quando não controlada, a doença pode evoluir para a cirrose hepática, que pode ser fatal.

Saiba mais sobre a Hepatite (como tratá-la e preveni-la) neste artigo:

Hepatite: o que é e como tratá-la?

O que é a Fibrose Hepática?

A Fibrose Hepática é uma resposta inflamatória das células do fígado diante de algum problema, como uma hepatite viral. É quando as células não se regeneram como deveriam e são substituídas por um tecido fibroso.

Assim como a Esteatose Hepática, a fibrose também pode evoluir para uma cirrose hepática, aumentando os riscos do paciente desenvolver câncer no fígado. Também pode surgir uma insuficiência hepática, que pode ser fatal. Ela surge quando há alguma agressão ao fígado, como hepatite C ou abuso de álcool. A obesidade é outro fator que aumenta as chances do desenvolvimento da doença.

Por: Dr. Renato Barra / Categoria: Destaque Notícias

13 de janeiro de 2017

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