Cansaço e falta de ar podem ser indicativos de problemas no pulmão, coração e até no cérebro | IMEB

Cansaço e falta de ar podem ser indicativos de problemas no pulmão, coração e até no cérebro

Cansaço e falta de ar costumam aparecer juntos, mas podem ter causas bem diferentes. Pode ser asma, um problema de fôlego que atinge quase 20% dos brasileiros, como pode ser outras doenças que também provocam falta de ar em praticamente todas as atividades do dia a dia!

Respirar é um ato involuntário e inconsciente. É um impulso que faz com que a caixa torácica mude de posição para o ar entrar no pulmão. Depois, o sangue passa para levar oxigênio e retirar o gás carbônico. Esses mecanismos de encher o pulmão e passar o sangue determinam se a pessoa tem ou não falta de ar.

O ar pode faltar pelo excesso de esforço ou porque a troca gasosa não está sendo feita como deveria e chega pouco oxigênio aos pulmões.

De acordo com a médica Jackeline Sampaio, cardiologista e coordenadora do serviço de insuficiência cardíaca do Instituto Nacional de Cardiologia (INC), os sintomas da insuficiência são progressivos. Primeiro, o cansaço aparece em atividades mais pesadas, como subir ladeiras e escadas. “Esses sintomas vão progredindo até que a pessoa tenha dificuldade para caminhar pequenas distâncias e até mesmo em uma superfície plana. Por fim, a dificuldade surge nas pequenas atividades, como tomar banho sozinho e dormir”, detalha a médica.

Algumas causas para a falta de ar:

No cérebro – A falta de ar ocorre quando o comando do cérebro para a respiração não é bem feito ou não é suficiente. Isso pode ocorrer em um tipo de apneia onde o cérebro não consegue transmitir sinais para os músculos da respiração e a pessoa acorda com falta de ar ou tem dificuldades para respirar quando vai dormir. Doenças neurológicas também podem deixar a musculatura do sistema respiratório fraca e o paciente não consegue fazer o esforço para respirar.

No sistema respiratório – Problemas primários deixam os pulmões mais duros e menos maleáveis. Nesse caso, fica mais difícil fazer o movimento para entrar o ar e a troca gasosa também é dificultada. A pneumonia é um exemplo de quando os pulmões estão infiltrados e mais resistentes. Asma e bronquite também levam à falta de ar, mas nesses casos, é uma obstrução (inflamação nos brônquios) que dificultam a passagem do oxigênio.

No coração – A cada batimento cardíaco, metade do volume de sangue vai para o corpo e a outra metade para os pulmões. Quando a bomba de sangue dos pulmões não está funcionando corretamente, ocorre a falta de ar pelas doenças cardíacas, a insuficiência cardíaca, por exemplo. Quando a pessoa se deita, o sangue volta para os pulmões, não consegue passar e acontece a falta de ar. Quando a pessoa levanta, o sangue vai para as pernas, por isso, a falta de ar dormindo e o inchaço nas pernas são sintomas dessa doença.

Existem outras doenças que podem dar falta de ar, a anemia é um exemplo porque o sangue fica fraco e não consegue oxigenar os pulmões como deveria.

Uma dica importante é colocar o corpo sob esforço. Só é possível identificar se a pessoa tem ou não falta de ar quando o corpo está em movimento: subir escada, ir andando até a padaria, brincar com os filhos. Para a falta de ar ocorrer sentado ou em situações muito simples, como escovando os dentes, é porque a doença está muito avançada. Muitos pacientes dizem não sofrer de falta de ar porque não fazem nenhum tipo de esforço, mas isso é preocupante.

Outra dica é notar se o mesmo esforço traz sensações diferentes. É o mesmo cansaço subindo a mesma escada? Ou piorou? Muitos pacientes deixam de realizar tarefas por causa da falta de ar e isso ocasiona um impacto grande na qualidade de vida. Por isso, procurar um médico e dar atenção à falta de ar e a progressão dela é muito importante.

FONTE: http://g1.globo.com/bemestar/

Por: Dr. Renato Barra / Categoria: Destaque Notícias

1 de março de 2017

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