Cientistas descobrem que colesterol 'bom' pode algumas vezes ser ruim
O colesterol é um tipo de gordura presente no organismo que é essencial para o seu bom funcionamento. Basicamente, existem 2 tipos de colesterol, o bom – HDL e o colesterol ruim – LDL. A diferença consiste entre eles consiste em:
- Colesterol bom (HDL) tem a função de retirar o mau colesterol do corpo e levá-lo para o fígado. Ao chegar no fígado, ele será metabolizado e eliminado do organismo.
- Colesterol ruim (LDL) é perigoso, pois leva ao acúmulo de placas de gordura nas paredes internas das artérias, diminuindo o fluxo de sangue para órgãos importantes, como o coração e cérebro, podendo levar ao aparecimento de doenças cardiovasculares como infarto e derrame, por exemplo.
O colesterol ruim é conhecido por LDL, que significa Low Density Lipoprotein, ou lipoproteína de baixa densidade, e o colesterol bom é conhecido por HDL, que significa High Density Lipoprotein ou lipoproteína de alta densidade.
Valores de referência do colesterol
Os valores de referência do colesterol bom e ruim são:
- Colesterol bom (HDL): >60 mg/dl
- Colesterol ruim (LDL): < 130 mg/dl; sendo abaixo de 100 mg/dl em pacientes com alto risco para doença coronariana.
Pode-se avaliar os níveis de colesterol através de um exame de sangue, solicitado pelo médico.
Para manter os níveis de colesterol adequados é importante uma alimentação saudável, pobre em gorduras e em açúcar, e evitar a vida sedentária, praticando exercícios físicos de forma regular. em alguns casos, o médico pode indicar o uso de medicamentos para baixar o colesterol.
O chamado “bom” colesterol pode aumentar os riscos de ataque do coração em algumas pessoas, disseram pesquisadores, numa descoberta que lança novas dúvidas sobre drogas fabricadas para aumentá-lo.
O colesterol de lipoproteína de alta densidade (HDL) é geralmente associado com riscos reduzidos para o coração, uma vez que ele costuma compensar os efeitos de obstrução de artérias ligados à forma de baixa densidade (LDL).
No entanto, algumas pessoas têm uma rara mutação genética que leva a um alto nível de HDL no corpo, e esse grupo, paradoxalmente, apresenta um risco maior para doenças do coração, relataram cientistas no periódico “Science”.
“Os nossos resultados indicam que algumas causas de HDL elevado na verdade aumentam os riscos de doenças do coração”, afirmou o pesquisador Daniel Rader, da Universidade da Pensilvânia. “Essa é a primeira demonstração de uma mutação genética que aumenta o HDL, mas aumenta o risco de doenças do coração.”
Os cientistas descobriram que pessoas com a mutação apresentam um risco relativo maior de ter doenças coronárias, quase o equivalente ao risco causado por fumo.
A descoberta pode ajudar a explicar por que drogas para aumentar o HDL não conseguiram até agora resultar nos benefícios esperados em testes clínicos.
Peter Weissberg, diretor-médico da Fundação do Coração Britânica, que apoiou o estudo, afirmou que a nova pesquisa lança luz sobre um grande enigma e poderia abrir novas fronteiras para a medicina a longo prazo.
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Por: Dr. Renato Barra / Categoria: Destaque Notícias
22 de março de 2016