Doenças hepáticas silenciosas afetam cada vez mais jovens no Brasil

Doenças hepáticas silenciosas afetam cada vez mais jovens no Brasil

Exames de rotina são essenciais para diagnosticar doenças que não manifestam sintomas em estágio inicial, como a esteatose hepática

 

Brasília, 14 de junho de 2018 – “No Brasil, temos uma significativa parte da população obesa e diabética. Isso é ainda mais preocupante porque a maioria destes pacientes são adultos jovens e, por um simples erro alimentar ou de metabolismo, desenvolvem doenças como esteatose hepática”. O alerta é do médico nuclear, Renato Barra, ao comentar a enfermidade que se tornou notícia essa semana, após diagnóstico revelado pelo youtuber Windersson Nunes.

Segundo a Sociedade Brasileira de Hepatologia (SBH), a esteatose hepática – um processo inflamatório crônico do fígado, ocasionado por deposição de gordura – atinge aproximadamente 20% da população. A doença pode ter causas alcoólicas (provocadas pelo consumo excessivo de bebida) e não alcóolicas, como as hepatites virais, diabetes, obesidade e níveis elevados de colesterol e triglicerídeos, sendo capaz de atingir qualquer faixa etária.

No entanto, a maior incidência ocorre entre pacientes acima dos 30 anos. “Nesta faixa etária, há aumento do nível de colesterol e do açúcar no sangue devido ao envelhecimento. Em média, uma em cada cinco pessoas com sobrepeso desenvolve esteatose hepática não alcoólica”, ressalta o médico e diretor do IMEB (Imagens Médicas de Brasília). Em geral, é uma doença benigna, mas, em uma minoria de pacientes, pode evoluir para insuficiência hepática (cirrose).

Silenciosa, a esteatose hepática não causa sintomas. Quando ocorrem, incluem fadiga, perda de peso e dor abdominal. O diagnóstico precoce e o monitoramento de sua progressão são de grande importância, já que esta doença pode ser curada nos estágios iniciais. Para isso, alguns exames não podem deixar de fazer parte da rotina: por exemplo, o paciente pode apresentar alterações em exames de sangue relativos ao fígado, já que a esteatose hepática é a causa mais comum de elevação das enzimas deste órgão.

Além deste exame, explica Renato Barra, existem vários métodos de imagem para detecção de gordura no fígado, como a ultrassonografia, a tomografia computadorizada (métodos mais utilizados na prática clínica) e a ressonância magnética. “A ressonância magnética tem maior sensibilidade e especificidade para detectar a esteatose hepática, ou seja, consegue quantificar corretamente o depósito de gordura no fígado, além de ser não invasivo e dispensar o uso de contraste endovenoso e radiação ionizante”, recomenda.

Assim como em várias doenças, a prevenção da “gordura no fígado” (como a esteatose hepática é popularmente chamada) passa por uma dieta equilibrada. Deve-se evitar o excesso de carboidratos brancos, gorduras e o açúcar e, ainda, a prática de atividade física regular. Em resumo, evitar a obesidade e o diabetes.

Sobre o IMEB – O IMEB (Imagens Médicas de Brasília) é uma das principais clínicas de Medicina Nuclear e Radiologia do Centro-Oeste e atua com excelência na área de diagnóstico por imagem. São dez unidades situadas em regiões estratégicas e de fácil acesso no Distrito Federal. Há 29 anos o Instituto é referência em qualidade no atendimento, certificado pela Norma ISO 9001:2008 e acreditado pela Organização Nacional de Acreditação (ONA), que visam satisfazer as necessidades dos clientes e oferecer segurança na realização de exames e procedimentos.

Leia também: Clínica de Imagem: saiba escolher a melhor para realizar o seu exame

Por: Dr. Renato Barra / Categoria: Saúde e Bem-estar

15 de agosto de 2018

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