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Elastografia Hepática por Ressonância no diagnóstico de fibrose hepática

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A doença hepática crônica, independente da etiologia, determina fibrose hepática; o dano hepático contínuo progride para cirrose e suas complicações, como falência hepática e carcinoma hepatocelular.

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Hepatite: o que é e como tratá-la?

A biópsia ainda hoje é o padrão-ouro na avaliação da hepatopatia crônica, porém é invasiva, dificultando seu uso na avaliação de resposta a tratamento.

Métodos não-invasivos para diagnosticar e quantificar a fibrose hepática estão sendo pesquisados como alternativa à biopsia. Se destacam a elastografia transiente (FibroScan ®) e a elastografia por ressonância (MRE). Ambas avaliam a rigidez hepática por meio da mensuração da propagação de ondas de cisalhamento (shear waves).

A elastografia por ressonância é extremamente rápida, levando menos que 2 minutos para ser realizada. É possível tanto a avaliação qualitativa (visual) quanto quantitativa (kPa). Apresenta boa taxa de reprodutibilidade, com pouca variação entre exames diferentes e intra e inter-observadores.

Elastografia no diagnóstico e estadiamento de fibrose hepática

A MRE pode ser utilizada para detectar fibrose hepática mesmo na ausência de alterações morfológicas ou anatômicas nos métodos convencionais. É a única técnica não invasiva capaz de estadiar ou diagnosticar fibrose moderada com acurácia razoável, segundo uma recente revisão dos métodos de imagem disponíveis.

A rigidez hepática média não apresenta correlação com idade, gênero, índice de massa corporal (IMC) ou grau de deposição adiposa do fígado. Estudos demonstraram boa performance para avaliação de fibrose hepática de várias etiologias, incluindo, hepatite B, hepatite C, com sensibilidade variando entre 96,08% e 100% e especificidade variando entre 91,7% e 100%.

A diferenciação entre esteatose hepática isolada e esteato-hepatite com ou sem fibrose é importante e estudos demonstraram sensibilidade de 94%, especificidade de 73% com acurácia de 93%.

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Elastografia transiente versus Elastografia por Ressonância Magnética

A elastografia transiente (TE), realizada com o aparelho Fibroscan® tem sido muito divulgada e utilizada.

Em relação à TE, a MRE tem muitas vantagens, principalmente seu maior grau de acurácia e maior taxa de sucesso. Outras vantagens incluem uma maior amostragem, melhor penetração no parênquima hepático e a possibilidade de sua realização na presença de ascite e obesidade.

Estudos demonstram performance da MRE igual ou melhor que a do FibroScan®.

Venkatesh SK, et al. J Magn Reson Imaging. 2013 Mar;37(3):544–55.

Venkatesh SK, et al. J Comput Assist Tomogr. 2013 Nov;37(6):887–96.

Bonekamp S, et al. Journal of Hepatology. 2009 Jan 1;50(1):17–35.

Chen J, et al. Radiology. 2011 Jun;259(3):749–56.

Bohte AE, et al. Eur Radiol. 2013 Oct 25.

Por: Dr. Renato Barra / Categoria: Destaque Notícias

2 de agosto de 2016

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