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Fatores de Risco do Câncer de Mama

Um fator de risco é algo que afeta sua chance de adquirir uma doença como o câncer. Diferentes tipos de câncer apresentam diferentes fatores de risco. Alguns como fumar, por exemplo, podem ser controlados; no entanto outros não, por exemplo, idade e histórico familiar. Embora os fatores de risco possam influenciar o desenvolvimento do câncer, a maioria não causa diretamente a doença. Algumas pessoas com vários fatores de risco nunca desenvolverão um câncer, enquanto outros, sem fatores de risco conhecidos poderão fazê-lo.

Ter um fator de risco ou mesmo vários, não significa que você vai ter a doença. Muitas pessoas com a enfermidade podem não estar sujeitas a nenhum fator de risco conhecido. Se uma pessoa com câncer de mama tem algum fator de risco, muitas vezes é difícil saber o quanto esse fator pode ter contribuído para o desenvolvimento da doença.

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O câncer de mama é em parte decorrente de uma série de fatores de risco, como:

Fatores de Risco que não se pode mudar

  • Gênero – Ser mulher é o principal fator de risco para o desenvolvimento de câncer de mama.
  • Idade – O risco aumenta com a idade. Cerca de 12% dos cânceres de mama invasivos são diagnosticados em mulheres com até 45 anos, enquanto cerca de 60% em mulheres acima de 55 anos.
  • Fatores Genéticos – Cerca de 5 a 10% dos casos de câncer de mama são hereditários. A causa mais comum de câncer de mama hereditário é uma mutação herdada nos genes BRCA1 e BRCA2. Mutações em outros genes, embora raras, podem também levar ao câncer de mama hereditário, como, por exemplo, ATM, TP53, CHEK2 (síndrome de Li-Fraumeni), PTEN (doença de Cowden), CDH1, e STK11 (síndrome de Peutz-Jeghers).
  • Histórico Familiar – O risco de câncer de mama é maior entre as mulheres com parentes em primeiro grau (mãe, irmã ou filha) que tiveram a doença. Nesses casos o risco da doença praticamente dobra. Ter dois parentes de primeiro grau aumenta o seu risco cerca de 3 vezes
  • Histórico Pessoal – Uma mulher com câncer de mama tem um risco de 3 a 4 vezes maior de desenvolver um novo câncer de mama. Isso é diferente de uma recidiva.
  • Raça e Etnia – As mulheres brancas são ligeiramente mais propensas a desenvolver câncer de mama do que as negras. No entanto, em mulheres com menos de 45 anos, o câncer de mama é mais comum em mulheres negras.
  • Mamas Densas – Mulheres com mamas densas têm um risco aumentado de câncer de mama em relação as mulheres com mamas menos densas. Uma série de fatores pode afetar a densidade da mama, como idade, estado menopausal, uso de medicamentos, gravidez e genética.
  • Doenças Benignas da Mama – Mulheres diagnosticadas com determinadas condições benignas da mama podem ter um risco aumentado de câncer de mama. As doenças benignas da mama são classificadas de acordo com o risco:
  1. Lesões não-proliferativas – Não estão associadas ao crescimento excessivo do tecido mamário e não parecem afetar o risco de câncer de mama, incluem fibrose e/ou cistos simples, hiperplasia, adenose, ectasia ductal, tumor filoide, papiloma único, necrose, fibrose periductal, metaplasia escamosa e apócrina, calcificações,  tumores benignos, como lipoma, hamartoma, hemangioma, neurofibroma e adenomioepitelioma.
  2. Lesões proliferativas sem atipia – Estas condições mostram o crescimento excessivo das células dos ductos ou lobos e incluem hiperplasia ductal, fibroadenoma, adenose esclerosante, papilomatose e cicatriz radial.
  3. Lesões proliferativas com atipia – Nestas condições, existe um crescimento excessivo das células dos ductos ou lobos, com algumas das células normais não aparecendo. Eles têm um forte efeito sobre o risco de câncer de mama, elevando-o de 3 a 5 vezes. Estes tipos de lesões incluem: hiperplasia ductal atípica e hiperplasia lobular atípica.
  • Menstruação – As mulheres que tiveram menarca precoce (antes dos 12 anos) ou tiveram a menopausa após os 55 anos têm um risco aumentado de câncer de mama. O aumento do risco pode ser devido a uma exposição mais longa a hormônios femininos.
  • Radioterapia Prévia – As mulheres que fizeram radioterapia na região do tórax têm um risco aumentado de câncer de mama.
  • Exposição ao Dietilestilbestrol – Mulheres grávidas que receberam dietilestilbestrol (DES) têm um risco ligeiramente maior de desenvolver câncer de mama. Mulheres cujas mães tomaram DES durante a gravidez também podem ter um risco maior de câncer de mama.

Leia também: Idade para Mamografia: quando realizar o exame e quem deve fazer?

Fatores relacionados ao Estilo de Vida

  • Ter Filhos – As mulheres que não tiveram filhos ou que tiveram o primeiro filho após os 30 anos têm um risco aumentado de câncer de mama. Ter muitas gestações e engravidar jovem reduz o risco de câncer de mama.
  • Controle da Natalidade – O uso de pílulas anticoncepcionais aumenta o risco de câncer de mama em relação as mulheres que nunca usaram. Esse risco volta ao normal após a interrupção do uso dos contraceptivos. Mulheres que pararam de usar os anticoncepcionais há mais de 10 anos não parecem ter qualquer aumento no risco.
  • Reposição Hormonal após a Menopausa – O uso de estrogênio sozinho após a menopausa não parece aumentar o risco de câncer de mama.
  • Amamentação – Alguns estudos sugerem que a amamentação pode diminuir o risco de câncer de mama.
  • Alcoolismo – O uso de álcool está claramente associada a um aumento do risco de desenvolver câncer de mama. O risco aumenta com a quantidade de álcool consumida.
  • Obesidade – Estar acima do peso ou obesa após a menopausa aumenta o risco de câncer de mama. Mas a ligação entre o peso e o risco da doença é complexa. Por exemplo, o risco parece ser maior em mulheres que ganharam peso na idade adulta, e não para aquelas que sempre estiveram acima do peso desde a infância.
  • Atividade Física – Crescem as evidências de que a atividade física na forma de exercício reduz o risco de câncer de mama.

Fatores de Risco pouco claros

  • Dieta e Vitaminas – Muitos estudos têm procurado uma ligação entre o que as mulheres comem e o risco de câncer de mama, mas os resultados ainda são conflitantes. Alguns estudos indicam que a dieta pode desempenhar um papel importante, enquanto outros não encontraram nenhuma evidência de que a dieta influencia o risco de câncer de mama.
  • Produtos Químicos – Algumas pesquisas relatam possíveis influências ambientais sobre o risco de câncer de mama. Mas, até o momento não existe uma relação clara entre o risco de câncer de mama e a exposição a determinadas substâncias químicas.
  • Tabagismo – As evidências sobre a relação do tabagismo e o câncer de mama ainda não são claras.
  • Trabalho Noturno – Alguns estudos sugerem que as mulheres que trabalham à noite, podem ter um risco aumentado de desenvolver câncer de mama. Esta é uma descoberta relativamente recente, e mais estudos são necessários para comprovar essa questão. Alguns pesquisadores acreditam que o efeito pode ser devido a mudanças nos níveis de melatonina, hormônio cuja produção é afetada pela exposição do corpo à luz, mas outros hormônios também estão sendo estudados.

Fatores Controversos

  • Desodorante – Rumores na internet sugerem que os produtos químicos em desodorantes interferem na circulação da linfa, causando toxinas se acumulam no peito, e, eventualmente, levam ao câncer de mama. Com base nas evidências disponíveis, existe pouca ou nenhuma razão para se acreditar nesse risco.
  • Sutiã – Rumores na internet sugerem que os sutiãs causam câncer de mama, obstruindo o fluxo de linfa. Não existe base científica ou clínica para essa afirmação.
  • Implantes Mamários – Alguns estudos mostram que os implantes mamários não aumentam o risco de câncer de mama, apesar dos implantes de silicone poderem causar cicatrizes no tecido. Os implantes tornam mais difícil a visualização do tecido mamário com mamografias convencionais.

Leia também: Câncer de Mama: como identificar? Os 5 sinais mais frequentes

Por: Dr. Renato Barra / Categoria: Notícias

6 de outubro de 2016

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