Frutas, legumes e verduras congelados são saudáveis? | IMEB

Frutas, legumes e verduras congelados são saudáveis?

Muitos erroneamente associam alimentos congelados a baixos níveis nutricionais (Foto: Empir/Tookapic)

Com frequência os consumidores associam os alimentos congelados a uma perda de qualidade e menor nível nutricional. Porém, a verdade é que não existem razões para que uma cenoura congelada seja menos nutritiva que uma fresca.

E se as verduras e legumes passarem pelo processo seguindo os procedimentos recomendados pelas autoridades de vigilância alimentícia, também poderão conservar o sabor e a textura. Mas algo é real: qualquer processamento de alimento sempre faz com que ele sofra alguma alteração.

O congelamento, por exemplo, pode levar à perda de algumas das qualidades organolépticas (cheiro, textura, sabor e cor). No entanto, as perdas serão mínimas se o processo for realizado de forma adequada. Mesmo assim, especialistas recomendam que as pessoas consumam alimentos frescos produzidos na região em que vivem sempre que possível. Se o acesso a produtos frescos – e maduros – colhidos localmente não é possível, é aí que os congelados surgem como uma boa alternativa.

O custo nutricional do transporte
Frutas e verduras geralmente são colhidas antes de chegar ao ponto de maturação.

Ao fazer a colheita antes de elas ficarem totalmente maduras, os agricultores evitam danos durante o transporte até os pontos de comercialização.

Se por um lado há um ganho na conservação dos alimentos, por outro eles não alcançam seu nível nutricional máximo se são colhidos precocemente.

E continuam perdendo nutrientes durante todo no tempo que passam na prateleira do supermercado – ou seja, até o momento de serem consumidos.

Ultracongelamento
As frutas, verduras e legumes que serão congelados geralmente são colhidos em seu ponto certo de maturação. E passam pelo processo de forma quase imediata.

Antes, são mergulhados rapidamente em água fervendo, segundo recomendações da FDA (Food and Drug Administration, ou Agência de Alimentos e Remédios, em tradução livre), a Anvisa dos Estados Unidos, e da Autoridade Europeia de Segurança Alimentar.

As duas instituições também descrevem a técnica de ultracongelamento ideal: os alimentos são congelados o mais rapidamente possível a temperaturas que alcançam os 40 graus negativos, o que leva a uma maior conservação de sabor, textura, cor e cheiro.

Com essa técnica, os micro-organismos potencialmente nocivos são mortos, a vida útil do alimento aumenta, segundo especialistas. Além disso, continua com 100% de seu conteúdo nutricional, afirmam.

Na correria do dia a dia, nunca temos tempo de preparar uma boa refeição completa, e sempre acabamos deixando boa parte das compras do mês estragarem. Para amenizar isso e facilitar o seu dia, a melhor opção é o congelar os alimentos.

Abaixo seguem algumas informações que você deve saber antes de iniciar essa prática.

Etapas do congelamento:

  • Separe alimentos de boa qualidade e limpos;
  • Coloque em embalagens adequadas como potes plásticos, vidro ou sacos plásticos próprios para alimentos em quantidades pequenas, ideais para o consumo de uma refeição, tentando retirar o ar se possível, com uma bombinha específica ou um canudo;
  • Identifique com uma etiqueta contendo data de fabricação e data de validade;
  • Coloque no freezer na temperatura adequada, abaixo de 18ºC;
  • Conserve os alimentos congelados numa temperatura de -18ºC por até 3 meses; Nunca re-congele os alimentos.

Congelamento de frutas:

As frutas devem ser limpas e os caroços devem ser retirados. Armazene as frutas na quantidade exata que você ou sua família consomem. Coloque uma etiqueta com os dados descritos acima e coloque na embalagem. As frutas congeladas devem ser consumidas em preparações como bolos, tortas, vitaminas, sucos entre outros.

Congelamento de hortaliças:

Para congelar hortaliças é necessário usar uma técnica chamada branqueamento, que conserva melhor as características como sabor, cor, textura, além de provocar também uma diminuição na atividade enzimática e na proliferação de bactérias. O branqueamento se refere à lavagem correta das hortaliças, onde devem ser retiradas as partes estragadas. Em seguida, deve-se submergir o alimento em água fervente e rapidamente colocá-lo em água fria, para que ocorra o choque térmico e pare o cozimento.

Congelamento de carnes:

As carnes, bem como aves e peixes, devem ser limpas e as partes não comestíveis (como a gordura excedente) devem ser retiradas. Esses alimentos devem ser armazenados na quantidade em que serão consumidos.

Congelamento de alimentos pré-preparados:

Prepare os alimentos com pouco tempero e não exceda o tempo no fogo, já que os alimentos serão aquecidos novamente.

Após o preparo dos alimentos, coloque-os em embalagens adequadas, na quantidade a ser consumida em uma refeição, em seguida coloque a embalagem do alimento pronto em cima de um recipiente com água fria e gelo. Depois, coloque o alimento no refrigerador e após o resfriamento, coloque no freezer.

Alimentos que não devem ser congelados:

Ovo com casca, maionese, chantilly, iogurte, folhas (alface e etc), pudins em geral, batata, pepino, salsão, creme de leite, queijos cremosos, cremes engrossados com maisena e etc…

Descongelamento:

Os alimentos devem ser descongelados sempre colocando o alimento no refrigerador, em forno de microondas ou em temperatura ambiente por no máximo 4 horas, sempre com a embalagem adequada.

Por: Dr. Renato Barra / Categoria: Destaque Notícias

12 de julho de 2016

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