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Por que a quimioterapia faz o cabelo cair?

A quimioterapia talvez seja uma das consequências acarretadas pelo câncer que mais assusta as pessoas. Afinal, apesar de sabermos da importância do tratamento, sabemos também que seus efeitos colaterais são bastante intensos. A quimioterapia faz o cabelo cair, provoca náuseas, debilidade física e outros efeitos. Mas, apesar disso, ela ainda é muito necessária.

A queda de cabelo é um fator preocupante, principalmente entre as mulheres. O cabelo está diretamente ligado à imagem e à autoestima e toda mulher costuma ter um cuidado especial com ele.

Por que a quimioterapia faz o cabelo cair?

A quimioterapia é a injeção de medicamentos que são distribuídos pelo corpo através da corrente sanguínea, atingindo e atuando em todas as células, tanto nas cancerígenas, quanto nas saudáveis.

As células cancerígenas se desenvolvem com muita rapidez e os medicamentos para o câncer são desenvolvidos para atingir especialmente as células que apresentam reprodução rápida.

Acontece que os folículos pilosos, que são os que produzem o cabelo e os pelos do corpo, também se multiplicam rapidamente. E, por isso, são mais atingidos pelos remédios, ocasionando aqueda dos cabelos e também dos pelos do corpo.

Normalmente o cabelo começa a cair entre 14 e 21 dias após o início da quimioterapia. E nascem novamente em torno de 90 dias depois de terminar o tratamento. Infelizmente o uso de produtos, como shampoos e outros, não impede a queda de cabelo.

Existem alguns protocolos de quimioterapia que não provocam a queda de cabelo como efeito colateral. Mas os tipos mais fortes e comuns de câncer ainda precisam ser combatidos com medicamentos que ocasionam a queda.

O importante é que o lado psicológico do paciente seja trabalhado, de forma que ele entenda que é algo passageiro. E que assim que o tratamento terminar, o cabelo voltará a nascer.

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Scalp Cooling: nova técnica que reduz a queda de cabelo

Para minimizar o efeito da quimioterapia sobre os cabelos, já existem aparelhos que fazem o resfriamento do couro cabeludo enquanto o paciente está recebendo os medicamentos.

A crioterapia contrai os vasos sanguíneos fazendo com que uma quantidade menor de sangue passe pelas partes que estão resfriadas. Isso fará com que diminua também a passagem do medicamento da quimioterapia pelo couro cabeludo, protegendo o folículo capilar e consequentemente, diminuindo a queda do cabelo.

O aparelho, semelhante a um capacete, é colocado na cabeça do paciente enquanto ocorrem as sessões de quimioterapia. Geralmente, é colocado 30 minutos antes do início do procedimento e retirado aproximadamente uma hora após o término da aplicação.

Esse capacete é revestido por um gel resfriado a 4 graus Célsius, causando uma sensação térmica de 12 a 15 graus. Este resfriamento reduz a queda do cabelo.

O paciente pode sentir um pouco de dor de cabeça, pois o aparelho fica bem justo e frio, por ter algo gelado na cabeça durante algumas horas. Mas o incômodo é suportável diante do benefício que pode oferecer.

Queda de cabelo imperceptível

O tratamento não impede a queda em 100%, mas protege grande parte. Pacientes relatam que perceberam uma queda em torno de 10% a 20% dos fios, mas que era imperceptível para outras pessoas.

O uso do equipamento só não é indicado para pacientes com câncer hematológico, câncer de pele ou que apresentem algum tipo de alergia no couro cabeludo. Nestes casos, pode acarretar o retorno da doença para esta parte do corpo.

Por: Dr. Renato Barra / Categoria: Combate ao câncer

21 de agosto de 2018

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