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Coronavírus: especialista esclarece tudo o que se sabe até agora

O mundo inteiro está em alerta com a evolução do novo coronavírus Covid-19. Em todos os jornais e sites de notícia, esse tem sido o assunto mais falado. 

O vírus que afeta o ser humano e causa sintomas semelhantes aos da gripe ou de um simples resfriado, não possui ainda tratamento específico. Além disso, em alguns casos pode levar o paciente à morte. 

Recentemente, depois de cruzar fronteiras e atingir diversos países, 52 casos da doença já foram confirmados no Brasil (dados atualizados em 12 de março de 2020).

Vamos mostrar que não é preciso entrar em pânico e que, com algumas medidas preventivas simples, você pode evitar a contaminação. 

O que são os coronavírus?

Os vírus que surgiram em meados de 1960, formam uma grande família viral. Corona significa “coroa” em italiano e foi nomeado dessa forma por conta das espículas que possui em sua superfície, que remetem ao objeto. 

Quando surgiram, costumavam infectar alguns tipos de animais, como: aves, morcegos, porcos e  camelos. Porém, alguns deles sofreram mutação ao longo dos anos, o que tornou possível a transmissão para a espécie humana. Recentemente, um cachorro também foi diagnosticado com o novo coronavírus, em Hong Kong. 

O vírus pode causar desde um resfriado comum até uma síndrome respiratória aguda.

Algumas epidemias causadas por esse vírus mataram inúmeras pessoas há alguns anos atrás, como a síndrome respiratória aguda grave (SARS, do inglês Severe Acute Respiratory Syndrome) que teve início em 2002, na Ásia, e se tornou uma séria epidemia ao se espalhar pelo mundo e ocasionar várias mortes. 

Ou a síndrome respiratória do Oriente Médio (MERS, do inglês Middle East Respiratory Syndrome) que também causou, em 2013, diversas mortes; e foi ocasionada, também, pelo coronavírus. Entretanto, a SARS e a MERS já estavam controladas até que o novo vírus apareceu.

Existem vários tipos de coronavírus, mas o que tem chamado a atenção do mundo inteiro é justamente o seu novo tipo (Covid-19), cujo número de infectados aumenta rapidamente a cada dia.

Como surgiu o novo coronavírus?

O Covid-19, popularmente conhecido como o Novo Coronavírus, representa uma nova variante do coronavírus. O vírus foi identificado por meio de uma investigação epidemiológica e laboratorial ao surgirem casos de pneumonia de causa desconhecida. 

Há informações de que ele começou a se espalhar na China  e que os primeiros casos foram descobertos em Dezembro de 2019 em um mercado público em Wuhan; seguido de outras cidades, como Shanghai e Pequim. 

Pouco tempo depois, centenas de casos já haviam sido confirmados pelo mundo, impactando países, como: Coreia do Sul, Japão, Tailândia, Irã, Vietnã, Cingapura, Arábia Saudita, Estados Unidos, Itália, França, Rússia e, agora, o Brasil. Além de outros países na Europa, América Latina e Ásia. 

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) atualizados em 12 de março de 2020, já foram confirmados mais de 118 mil casos em 114 países e 4.291 mortes no mundo inteiro. No Brasil, até o momento, 52 casos foram confirmados e há 907 casos suspeitos.

A Organização Mundial da Saúde declarou que há, pela primeira vez, uma pandemia — epidemia de doença infecciosa que se espalha rapidamente entre a população — causada por coronavírus. 

Como o Covid-19 é transmitido?

O que mais tem preocupado as pessoas nesse momento em relação ao coronavírus é a sua transmissão, que é feita de uma pessoa para outra por meio das vias respiratórias (secreções aéreas do paciente infectado) ou por contato com secreções contaminadas.

O vírus é transmitido, principalmente, por meio da tosse, do espirro e do próprio aperto de mão, a depender da capacidade do vírus de se multiplicar no organismo do infectado. 

Quais são os sintomas do novo Coronavírus?

O período de incubação – tempo entre a exposição e a manifestação dos sintomas –  do Covid-19 é de 2 a 14 dias, sendo que os sintomas são semelhantes ao de uma gripe ou resfriado. Acompanhe os principais a seguir:

  • Febre
  • Tosse
  • Congestão nasal
  • Dor de garganta
  • Cansaço e dor no corpo
  • Falta de ar

Acomete, principalmente, idosos com doenças crônicas, crianças e pessoas com baixa imunidade.

Como o novo Coronavírus leva à morte? É perigoso? 

Por mais que a grande maioria dos infectados pelo novo coronavírus consiga se recuperar, algumas pessoas acabam desenvolvendo quadros respiratórios mais graves que atingem os brônquios e os pulmões, provocando pneumonia. Quando essa pneumonia evolui, pode levar o paciente à morte.

Ainda não se sabe ao certo por que a doença evolui dessa forma em certos casos, mas alguns grupos de pessoas estão mais suscetíveis à morte caso contraiam o novo coronavírus. São eles: idosos, crianças e aqueles que já possuem uma doença prévia. 

Recentemente, também se estuda a possibilidade do vírus ser mais agressivo aos homens. Estatisticamente, os homens representam uma maior quantidade de infectados e de óbitos por consequência do coronavírus. Especula-se que o hormônio feminino estrogênio auxilie no controle da infecção viral nas mulheres, além destas serem mais conhecidas pelos cuidados frequentes com a saúde.

Cientistas estimam que a cada mil casos do novo coronavírus, cerca de 2% ou menos resulta em morte. Os fatores estão associados ao gênero, idade, condições de saúde e até mesmo ao sistema de saúde no qual as pessoas estão inseridas.

Como o número de casos assintomáticos ou que apresentam sintomas mínimos e não vão ao médico é muito maior do que os casos confirmados, a taxa de mortalidade da doença ainda é considerada baixa. 

Mesmo sendo uma taxa 10 vezes maior que a da gripe, esse número não é tão assustador quanto a taxa de doenças como a SARS (Síndrome Respiratória Aguda Grave) e a MERS (Síndrome Respiratória do Oriente Médio).

Existe tratamento para o coronavírus? 

No momento, ainda não existe um tratamento específico para contornar a atuação do vírus. 

Investe-se em suporte com medicamentos sintomáticos, no caso de febre e dor. E, em casos mais graves, é indicado o acompanhamento em unidade de terapia intensiva.

Como se prevenir do novo coronavírus?

Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), a melhor forma de evitar a doença é por meio da prevenção, seguindo medidas, como:

  • Manter a higienização das mãos e fazer uso de álcool em gel de grau alcoólico 70%, sempre que estiver fora de casa.
  • Não compartilhar itens de uso pessoal (como copos, talheres, toalhas).
  • Cobrir a boca ao tossir ou espirrar e lavar as mãos em seguida.
  • Evitar ambientes aglomerados, com pouca circulação de ar.
  • Evitar contato respiratório com pessoas doentes.
  • Não visitar países que são áreas de risco, assim como evitar contato com pessoas que estiveram nesses locais recentemente.
  • Fortalecer o sistema imunológico com uma boa alimentação, balanceada e rica em nutrientes; e com um sono de 6 a 8 horas por noite. 
  • Manter sua carteira de vacinação contra a gripe em dia.

Preciso ter medo ou pânico do novo coronavírus Covid-19?

Não é preciso ter medo ou pânico do coronavírus e não há necessidade de preocupações exageradas, mas sim de adotarmos medidas simples de prevenção para que, dessa forma, seja possível evitar o contágio do novo coronavírus Covid-19.

É mesmo necessário evitar sair de casa?

A iniciativa de se evitar aglomerações e a circulação em ambiente públicos, sempre que possível, tem como objetivo conter a disseminação da doença, prevendo a capacidade de atendimento médico em todo o país. Por mais que o contágio do coronavírus por pessoas consideradas saudáveis não apresente risco, a transferência do vírus para bebês, idosos, diabéticos ou outros grupos de risco pode ser fatal.

Para reverter o quadro acelerado de contágio da pandemia, medidas rígidas têm sido adotadas e devem ser seguidas por todos. 

Para preservar a sua saúde e a sua imunidade, independentemente do coronavírus, invista em hábitos saudáveis e mantenha suas consultas, exames e carteira de vacinação sempre em dia. 

Assista também: 7 Mitos sobre o Coronavírus | IMEB

Por: Dr. Renato Barra / Categoria: Coronavírus

12 de março de 2020

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