Atenção! Nosso número (61) 3326-0033 está temporariamente indisponível. Estamos atendendo pelo número (61) 3771-3800

ronco
Por: Dr. Renato Barra

Ronco excessivo pode ser sinal de apneia do sono? Quando investigar

O ronco é um fenômeno comum que pode ocorrer de forma esporádica em muitas pessoas, principalmente durante as fases de sono profundo ou quando se está muito cansado. 

No entanto, quando se torna frequente, alto e persistente, ele pode deixar de ser algo inofensivo para se transformar em um sinal de alerta

Um dos principais problemas de saúde associados ao ronco excessivo é a apneia do sono, uma condição séria que é capaz de comprometer a saúde geral da pessoa. 

Neste artigo, você vai descobrir quando ronco excessivo pode ser sinal de apneia do sono e a importância de investigar o quadro com exames específicos.

Acompanhe!

O que é o ronco e por que ele acontece

O ronco é o som causado pela vibração dos tecidos moles da garganta, como o palato mole e a úvula, geralmente provocado por uma obstrução parcial das vias aéreas superiores durante o sono.

Quando dormimos, a musculatura do corpo relaxa, inclusive os músculos da garganta e da língua. Em algumas pessoas esse relaxamento é maior, o que dificulta a passagem de ar pela região e provoca as vibrações que geram o som característico do ronco.

Em muitos casos, o ronco ocorre de forma ocasional e sem grandes implicações à saúde (devido a uma noite mal dormida, consumo de álcool ou congestão nasal, por exemplo).

No entanto, o ronco crônico e alto pode ser um indicativo de distúrbios respiratórios mais sérios, como a apneia obstrutiva do sono, que geralmente vem acompanhada de sintomas adicionais e exige atenção médica, pois compromete a qualidade do sono e a saúde geral do paciente.

Quando o ronco deixa de ser normal?

Ainda que muitas pessoas convivam com o ronco sem maiores problemas, é fundamental prestar atenção a alguns sinais de alerta que indicam possíveis alterações relacionadas a distúrbios do sono. 

Veja os principais fatores que necessitam de investigação médica:

  • Roncos altos, frequentes e persistentes: se o ronco é constante e alto a ponto de ser ouvido fora do quarto, merece atenção.
  • Pausas na respiração durante o sono: interrupções perceptíveis na respiração, seguidas por engasgos ou suspiros, indicam apneia do sono.
  • Sonolência diurna excessiva: cansaço durante o dia, mesmo após uma noite aparentemente longa de sono, pode ser sinal de sono não reparador.
  • Dor de cabeça ao acordar: comum em pessoas com apneia, devido à baixa oxigenação noturna.
  • Dificuldade de concentração e memória: o sono de má qualidade afeta diretamente as funções cognitivas.
  • Irritabilidade ou mudanças de humor: alterações emocionais podem estar associadas à privação de sono.
  • Acordar com a sensação de sufocamento: a sensação de falta de ar durante a noite é um sintoma clássico da apneia.
  • Pressão alta sem causa aparente: a apneia pode contribuir para o descontrole da pressão arterial.

Muitas vezes, a pessoa que ronca não percebe a gravidade do problema, sendo os familiares ou parceiros que observam o ronco e as pausas respiratórias. 

Por isso, a presença de um ou mais desses sintomas deve servir de alerta para a procura de uma avaliação médica especializada.

O que é apneia do sono e como ela se relaciona com o ronco

A apneia obstrutiva do sono (AOS) é um distúrbio caracterizado por interrupções repetidas da respiração durante o sono, causadas pelo colapso total ou parcial das vias aéreas superiores, que impedem a passagem de ar para os pulmões. 

Cada episódio de apneia pode durar de alguns segundos até mais de um minuto, e pode se repetir centenas de vezes ao longo da noite.

O ronco é um dos principais sintomas da apneia do sono e, muitas vezes, o primeiro sinal observado. Ainda que nem toda pessoa que ronque tenha apneia, a maioria dos pacientes com apneia obstrutiva do sono ronca. 

O som do ronco tende a ser mais alto, irregular e intercalado com momentos de silêncio (pausas respiratórias), seguidos por sons de engasgo ou retomada abrupta da respiração.

Além do barulho, a apneia provoca outros sintomas, como despertar frequente com sensação de sufocamento, cansaço ao longo do dia (mesmo após horas de sono) e queda do desempenho cognitivo e físico, o que compromete a qualidade de vida do paciente. 

Também é importante mencionar que esse problema pode se apresentar em graus variados de severidade, sendo classificado como leve, moderado ou grave, de acordo com o número de episódios de apneia por hora registrados durante o sono.

Quais são os riscos da apneia do sono não tratada

A apneia do sono não tratada pode causar consequências graves para a saúde e aumentar o risco de desenvolvimento de outras doenças, como:

  • Hipertensão arterial: a apneia causa quedas e aumentos repentinos da pressão durante a noite, o que contribui para o surgimento ou piora da hipertensão.
  • Doenças cardiovasculares: maior risco de infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral (AVC), arritmias cardíacas e insuficiência cardíaca.
  • Baixa concentração e desempenho cognitivo: a sonolência excessiva prejudica o raciocínio, a memória e a produtividade.
  • Maior risco de acidentes: especialmente de trânsito e no trabalho, devido à fadiga e lapsos de atenção.
  • Diabetes tipo 2: a apneia pode agravar o controle da glicemia e está relacionada ao desenvolvimento de resistência à insulina, devido à privação crônica do sono.
  • Depressão, ansiedade e transtornos de humor: a má qualidade do sono contribui para instabilidade emocional e distúrbios psiquiátricos.
  • Problemas sexuais: disfunção erétil e diminuição da libido são relatadas em muitos pacientes com apneia.
  • Comprometimento do sistema imunológico: sono inadequado afeta a imunidade, o que aumenta a suscetibilidade a infecções.

Esses riscos reforçam a importância de identificar e tratar de forma adequada a apneia do sono, especialmente quando há sinais clínicos como o ronco excessivo. 

Por isso, o diagnóstico precoce é essencial para evitar complicações a médio e longo prazo.

Quando e por que procurar um exame de diagnóstico por imagem

Se você ou alguém próximo apresenta sintomas como roncos intensos, pausas respiratórias durante o sono e cansaço excessivo ao longo do dia, é fundamental buscar avaliação médica especializada como um otorrinolaringologista ou um pneumologista com experiência em medicina do sono.

O principal exame utilizado para investigar a apneia do sono é a polissonografia. Trata-se de um exame não invasivo que monitora diversas funções corporais enquanto a pessoa dorme, como:

  • Frequência cardíaca;
  • Atividade cerebral (eletroencefalograma);
  • Movimentos musculares;
  • Fluxo de ar pelas vias aéreas;
  • Saturação de oxigênio no sangue;
  • Padrões respiratórios.

A polissonografia pode ser realizada em laboratórios do sono ou, em alguns casos, na própria residência do paciente com equipamentos portáteis. 

Além da polissonografia, em alguns casos podem ser solicitados exames de imagem, como:

  • Tomografia computadorizada, para avaliar a anatomia das vias aéreas superiores;
  • Ressonância magnética, para análise mais detalhada das estruturas cervicais e do crânio;
  • Endoscopia do sono, que é realizada sob sedação para observar, em tempo real, os pontos de colapso das vias aéreas.

Esses exames ajudam o médico a entender as causas estruturais da obstrução e orientar o tratamento mais adequado, que pode incluir desde mudanças no estilo de vida até o uso de aparelhos intraorais, CPAP (pressão positiva contínua nas vias aéreas) ou, em casos específicos, cirurgia.

Como vimos no artigo, o ronco frequente e alto não deve ser ignorado, principalmente se vier acompanhado de outros sintomas como pausas na respiração, cansaço excessivo e dificuldade de concentração. 

Em muitos casos, ele pode indicar a presença de apneia obstrutiva do sono, uma condição que compromete a saúde e a qualidade de vida, além de estar associada a diversos problemas, como hipertensão, doenças cardiovasculares, transtornos cognitivos e emocionais.

Buscar avaliação médica especializada e realizar exames como a polissonografia são medidas essenciais para confirmar o diagnóstico e iniciar o tratamento adequado.

Clínicas como o IMEB, referência no Centro-Oeste para exames de imagem e medicina do sono, oferecem todo o suporte necessário para o diagnóstico completo.

Nossa preocupação é sempre oferecer as tecnologias mais avançadas e um time de profissionais experientes e qualificados, para que seu exame seja realizado com todo o conforto e segurança.

Se você está no Distrito Federal ou Entorno e tem exames de imagem solicitados, clique no link abaixo para agendar sua avaliação e vir cuidar da sua saúde conosco!

Quero agendar meus exames no IMEB

Ebook

Conheça a unidade Buriti

Edifício Buriti

SCLN 116 Bloco H loja 33, Edifício Buriti – Térreo Brasília- DF – CEP: 70710-100

Artigos Recomendados

Sangue na urina: o que pode ser e quais exames ajudam no diagnóstico

Acordar com dor de cabeça: o que pode ser e quando investigar

Como é feito o exame de densitometria óssea e quem deve fazer?