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Nódulo no pulmão: como é descoberto e quando é motivo de preocupação?
Por: Dr. Renato Barra

Nódulo no pulmão: como é descoberto e quando é motivo de preocupação?

Descobrir um nódulo no pulmão durante um exame de imagem pode causar apreensão, especialmente pela associação imediata com o câncer.

No entanto, a realidade é que a maioria desses nódulos não é maligna e muitos são encontrados de forma incidental, sem sintomas

Ainda assim, é essencial investigar cuidadosamente cada caso, pois somente uma avaliação médica detalhada pode esclarecer a origem da alteração.

Neste artigo, você vai entender o que é um nódulo no pulmão, como ele é identificado, quais as causas possíveis e quando ele pode ser motivo de preocupação.

Nódulo no pulmão é sempre câncer?

Como dito anteriormente, a notícia de que foi identificado um nódulo no pulmão geralmente causa ansiedade e medo, principalmente pela associação imediata com o câncer. 

No entanto, é importante entender que a maioria dos nódulos pulmonares não são malignos. Muitos deles são pequenos achados incidentais descobertos em exames de imagem realizados por outros motivos, como uma simples radiografia de tórax de rotina.

Ainda que o câncer de pulmão seja uma possibilidade e deva sempre ser considerado, esses nódulos, muitas vezes, representam cicatrizes de infecções passadas, inflamações ou até mesmo causas benignas como granulomas.

Mesmo assim, eles não devem ser ignorados, pois uma avaliação precisa é fundamental para descartar doenças graves e definir o melhor acompanhamento.

A grande chave para avaliar corretamente um nódulo pulmonar está nos exames de imagem, que não só permitem identificar a lesão e suas características, mas também orientar a conduta médica — seja o simples acompanhamento ou a necessidade de uma investigação mais detalhada, com exames complementares ou biópsias, dependendo do caso.

O que é um nódulo pulmonar e quais suas possíveis causas?

Um nódulo pulmonar é uma pequena massa arredondada ou oval que aparece no tecido do pulmão, geralmente com menos de 3 centímetros de diâmetro. 

Quando o tamanho ultrapassa essa medida, já pode ser chamado de massa pulmonar, o que muda completamente a abordagem clínica.

Na maioria dos casos, esses nódulos são assintomáticos e detectados em exames de imagem, como radiografia de tórax ou tomografia computadorizada, realizados por conta de check-ups, avaliação pré-operatória ou investigação de sintomas inespecíficos.

Apesar de sua aparência, um nódulo pulmonar pode ter diversas origens. Veja abaixo as principais causas:

Infecções

Infecções respiratórias, especialmente as causadas por bactérias, fungos e micobactérias (como a tuberculose), podem deixar cicatrizes ou granulomas que se manifestam como nódulos nos exames de imagem. 

Em geral, essas lesões não crescem com o tempo e costumam ter contornos bem definidos que ajudam na diferenciação por imagem.

Cicatrizes e processos inflamatórios

Certas inflamações nos pulmões, causadas por doenças autoimunes (como artrite reumatoide, lúpus, sarcoidose) ou exposição a poluentes e poeiras, podem gerar áreas de fibrose ou cicatrização que aparecem como nódulos. 

Esses casos são comuns em trabalhadores expostos a sílica, amianto ou outros agentes tóxicos.

Tumores benignos

Alguns nódulos são tumores benignos, como hamartomas, que não representam risco de câncer, têm crescimento lento e muitas vezes não exigem tratamento. 

A análise por imagem ajuda a identificar padrões típicos desses nódulos, como a presença de gordura ou calcificações específicas.

Câncer de pulmão

Mesmo que a minoria dos nódulos pulmonares seja cancerígeno, essa possibilidade não pode ser descartada, especialmente em pessoas com fatores de risco como tabagismo, idade avançada ou histórico familiar de câncer

A avaliação precisa da imagem e, às vezes, a biópsia são fundamentais para diferenciar essas possibilidades.

Veja também: Nefrite: causas, sintomas e tratamentos

Como os exames de imagem ajudam a detectar e avaliar nódulos

Como os exames de imagem ajudam a detectar e avaliar nódulos

Os exames de imagem são fundamentais para detectar, caracterizar e acompanhar os nódulos pulmonares. 

Esses procedimentos oferecem informações visuais sobre o tamanho, contornos, densidade e comportamento dos nódulos ao longo do tempo. 

Confira alguns dos principais exames utilizados:

  • Radiografia de tórax: É a primeira linha na investigação de alterações pulmonares. No entanto, o exame é mais utilizado para identificar nódulos maiores, pois tem limitações para detectar lesões pequenas. Por isso, é muito útil como triagem ou acompanhamento inicial.
  • Tomografia Computadorizada: É o exame de escolha para avaliação detalhada do nódulo, pois permite analisar tamanho, forma, densidade, bordas e localização com muito mais precisão que o raio-X, além de ser capaz de identificar nódulos milimétricos e verificar se houve crescimento.
  • PET-CT (Tomografia por Emissão de Pósitrons com tomografia computadorizada): Indicado para avaliação de nódulos suspeitos de malignidade, o PET-CT detecta o metabolismo da glicose nas células, já que tecidos cancerígenos costumam ter maior captação dessa substância. Também é útil planejar a biópsia e verificar se há outras áreas comprometidas.

Características que indicam maior ou menor risco

A avaliação de um nódulo pulmonar não se limita ao simples fato de ele existir. Certas características ajudam os médicos a classificar o risco de malignidade e definir a conduta adequada. 

Entre os principais aspectos analisados, estão:

Tamanho

Nódulos menores que 6 mm geralmente têm baixo risco de câncer e podem apenas ser acompanhados. Já quando estão entre 6 mm e 8 mm exigem maior atenção, com repetição de exames em poucos meses. Aqueles maiores que 8 mm têm risco aumentado de malignidade e exigem uma investigação mais aprofundada.

Forma e contornos

A forma e os contornos também são um indicativo da gravidade de um nódulo. Contornos regulares, lisos e arredondados geralmente indicam nódulos benignos, enquanto bordas irregulares ou espiculadas (com prolongamentos em forma de espinho) sugerem maior chance de câncer.

Crescimento ao longo do tempo

Os nódulos que permanecem estáveis por mais de dois anos têm menor risco de malignidade, enquanto um crescimento rápido, especialmente em semanas ou poucos meses, levanta suspeita de câncer e precisam ser investigados com maior rigor.

Localização do nódulo 

A localização do nódulo no pulmão também é um importante parâmetro para definir os riscos do problema. Nódulos localizados nas regiões periféricas ou nos lobos superiores do pulmão têm maior chance de serem malignos, enquanto localizações centrais ou múltiplos nódulos exigem investigação mais detalhada.

Quando o nódulo exige acompanhamento ou biópsia?

A decisão entre acompanhar um nódulo pulmonar ou fazer uma biópsia depende de múltiplos fatores, como histórico do paciente, características do nódulo e evolução ao longo do tempo.

Quando trata-se de um nódulo pequeno, de bordas regulares e sem crescimento em exames seriados, os médicos costumam manter apenas o acompanhamento, que pode durar até dois anos, dependendo do risco estimado.

Para isso, são feitas tomografias de controle realizadas em intervalos regulares, entre 3 ou 6 meses, para verificar se o nódulo cresceu, mudou de características ou permaneceu estável.

Já a biópsia pulmonar permite uma análise laboratorial do tecido para diagnóstico definitivo e é indicada quando há alto risco de câncer, com base na forma, crescimento ou PET-CT positivo. 

O procedimento pode ser realizado por punção com agulha guiada por tomografia ou via broncoscopia, dependendo da localização. 

Em casos onde o risco de câncer é alto e a biópsia não é conclusiva, pode-se optar pela remoção do nódulo por videotoracoscopia que, além de diagnosticar, tem poder curativo se o nódulo for um câncer inicial.

É importante salientar que a abordagem adotada sempre busca equilibrar o risco de câncer com o risco de procedimentos invasivos desnecessários, garantindo segurança e precisão no diagnóstico.

Conclusão: o diagnóstico por imagem é o primeiro passo para cuidar da sua saúde pulmonar

Encontrar um nódulo no pulmão pode gerar insegurança, mas é importante lembrar que a maioria desses achados não representa câncer. Ainda assim, toda alteração no pulmão merece atenção médica cuidadosa e acompanhamento adequado.

O diagnóstico por imagem é essencial nesse processo, sendo o primeiro e mais importante passo para compreender a natureza do nódulo. A tomografia computadorizada, em especial, oferece detalhes valiosos que ajudam os médicos a tomar decisões assertivas.

Por isso, se você realizou um exame que apontou um nódulo no pulmão, ou se faz parte de grupos de risco (fumantes, pessoas com histórico familiar de câncer, etc.), não entre em pânico, mas também não ignore.

Procure avaliação médica especializada e siga as orientações sobre a necessidade de acompanhamento ou exames adicionais, pois a detecção precoce é fundamental para o tratamento eficaz, caso seja algo mais sério.

O IMEB é referência no Centro-Oeste em exames de diagnóstico por imagem, como a tomografia computadorizada, radiografia de tórax e PET-CT. 

Nossa preocupação é sempre oferecer as tecnologias mais avançadas e um time de profissionais experientes e qualificados, para que seu exame seja realizado com todo o conforto e segurança.

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