Esquecer o nome de alguém, onde guardou a carteira ou o motivo de ter ido até a cozinha… quem nunca passou por isso, não é mesmo? Esses lapsos de memória costumam fazer parte da vida, especialmente com o passar dos anos.
Porém, quando essas falhas de memória se tornam frequentes, afetam a rotina ou vêm acompanhadas de mudanças no comportamento, podem ser sinais de algo mais sério, como o Alzheimer.
Saber diferenciar o esquecimento comum do envelhecimento daquele que exige investigação médica é essencial para garantir um diagnóstico precoce e um tratamento adequado.
Neste artigo, você vai entender o que é um esquecimento normal e o que pode ser Alzheimer, quais os sinais de alerta e quando é o momento certo de investigar o problema.
Acompanhe!
Quando o esquecimento passa do normal para o preocupante?
Com o avanço da idade, é natural que episódios de esquecimento comecem a fazer parte do dia a dia de muitas pessoas. Quem nunca perdeu as chaves, esqueceu o nome de um conhecido ou demorou para lembrar onde estacionou o carro?
As situações relatadas acima são exemplos que, na maioria das vezes, não representam um problema grave. No entanto, há momentos em que esses lapsos de memória podem ir além do que é considerado normal e sinalizar o início de uma condição mais séria, como o Alzheimer.
A Doença de Alzheimer é um transtorno neurodegenerativo que causa perda cognitiva e de memória, comprometendo atividades do dia a dia do paciente.
Trata-se de uma doença progressiva e que pode apresentar tanto sintomas neuropsiquiátricos como comportamentais. Detectar os sinais desta condição precocemente é fundamental para garantir uma melhor qualidade de vida ao paciente e um planejamento adequado do tratamento.
Mas como saber se aquele esquecimento é apenas natural ou se exige atenção médica? É isso que vamos desvendar a seguir.
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Esquecimentos comuns: parte natural do envelhecimento
À medida que envelhecemos, o cérebro passa por mudanças naturais que podem afetar a memória, especialmente a de curto prazo, o que não significa necessariamente que a pessoa está desenvolvendo Alzheimer ou qualquer outro tipo de demência.
Esquecimentos considerados normais geralmente não interferem nas atividades do dia a dia e não tendem a piorar rapidamente.
Veja alguns exemplos típicos de esquecimentos normais associados ao envelhecimento:
- Esquecer momentaneamente onde deixou os óculos ou as chaves;
- Ter dificuldade temporária em lembrar nomes ou palavras específicas, mas recordar depois de algum tempo;
- Entrar em um cômodo e esquecer o motivo, mas lembrar logo em seguida;
- Esquecer eventos esporádicos ou compromissos, especialmente em dias agitados;
- Precisar de mais tempo para aprender algo novo;
- Repetir histórias ou perguntas de vez em quando, especialmente em momentos de distração;
- Ter lapsos de memória, mas manter a capacidade de resolver problemas cotidianos normalmente.
Esses lapsos geralmente ocorrem em situações de estresse, cansaço ou distração e não costumam interferir nas atividades diárias, assim como geralmente não evoluem para algo mais grave.
Quando os esquecimentos passam a ser frequentes, impactam a rotina e vêm acompanhados de outras alterações cognitivas ou comportamentais, é hora de acender o sinal de alerta.
Sinais que podem indicar Alzheimer ou outra demência

Diferente dos esquecimentos normais, os sinais de Alzheimer são progressivos e interferem no dia a dia da pessoa. Veja quais são os principais sintomas que merecem atenção:
Desorientação no tempo e espaço
Pessoas com Alzheimer podem se perder em locais conhecidos ou não saber em que dia da semana estão, mesmo que já tenham sido informadas recentemente. A desorientação também pode incluir dificuldade em reconhecer o próprio bairro, casa ou esquecer como chegaram a determinado lugar.
Alterações de humor e personalidade
Mudanças súbitas de comportamento, como irritabilidade sem motivo, desconfiança excessiva, apatia ou depressão, podem ser um indicativo precoce da doença. Pessoas com Alzheimer também costumam ficar mais retraídas, ansiosas ou até agressivas, mesmo em situações cotidianas.
Dificuldade para realizar tarefas cotidianas
Atividades que antes eram simples, como preparar uma receita conhecida, pagar contas ou organizar um armário, começam a parecer complicadas, e o paciente pode esquecer etapas importantes ou ter dificuldades para concluir tarefas em que sempre teve domínio.
Problemas de linguagem
Esquecer palavras comuns ou usá-las de forma incorreta com frequência, assim como ter dificuldade para formar frases completas, costuma ser um sinal importante. A pessoa também passa a ter problemas para acompanhar uma conversa ou se perde no meio de uma explicação
Perda de julgamento e tomada de decisões
A pessoa pode demonstrar comportamentos incomuns, como vestir roupas inadequadas para o clima, tomar decisões financeiras sem critério ou confiar em estranhos com facilidade, o que pode colocar sua segurança em risco.
Repetição de histórias ou perguntas
Um dos sinais mais marcantes do Alzheimer é a repetição constante de histórias, informações ou perguntas. Mesmo após ouvir a resposta, a pessoa esquece rapidamente e volta a questionar.
Esquecimento de fatos recentes importantes
Diferente do esquecimento de algo trivial, o Alzheimer pode levar a pessoa a esquecer que teve uma conversa importante, que visitou um parente ou que participou de um evento recente. Esses lapsos são contínuos e não melhoram com o tempo.
Dificuldade com noções visuais
A doença pode afetar a percepção visual, dificultando a leitura, a avaliação de distâncias ou até o reconhecimento de reflexos no espelho, o que torna atividades como dirigir perigosas, mesmo para quem sempre teve boa habilidade ao volante.
Isolamento social
Com a progressão dos sintomas, é comum que o paciente evite interações sociais, sinta-se inseguro ou envergonhado pelas falhas de memória, preferindo se isolar.
É importante ressaltar que a observação do comportamento diário é essencial para perceber as mudanças que merecem avaliação médica. Por isso, estes sinais não devem ser ignorados, especialmente se forem notados por familiares ou amigos próximos.
Como exames de imagem auxiliam no diagnóstico precoce do Alzheimer
O diagnóstico da doença de Alzheimer é clínico, ou seja, feito por meio da análise dos sintomas e da história do paciente.
No entanto, os exames de imagem têm um papel importante na confirmação do diagnóstico e na exclusão de outras causas de perda de memória, como tumores, AVCs, hidrocefalia ou atrofias decorrentes de outras doenças neurológicas.
Entre os principais exames utilizados para detectar alterações cerebrais e monitorar a evolução da doença ao longo do tempo, estão:
Ressonância magnética
A ressonância magnética é um dos exames mais utilizados na investigação de alterações neurológicas. Ela permite visualizar com alta precisão as estruturas cerebrais e identificar atrofias, especialmente no hipocampo — região do cérebro fortemente afetada nas fases iniciais do Alzheimer. Além disso, o exame ajuda a descartar outras condições que podem causar sintomas semelhantes.
Tomografia computadorizada
A tomografia é outro exame importante, especialmente em casos de urgência ou quando pacientes que não podem realizar a ressonância. Ainda que tenha uma resolução menor, o exame é eficaz para identificar alterações estruturais, lesões ou sinais de deterioração cerebral que contribuam para os sintomas do paciente.
Além desses, exames complementares como PET-CT ou SPECT também podem ser solicitados em casos mais complexos para avaliar o funcionamento cerebral em tempo real.
É importante ressaltar que esses exames são seguros, não invasivos e fornecem informações valiosas para os neurologistas elaborarem um plano de cuidado mais adequado. Quando realizados precocemente, podem fazer grande diferença na qualidade de vida do paciente.
Conclusão: investigar é um ato de cuidado com quem você ama
O esquecimento ocasional pode ser algo normal e parte da vida, porém, quando as falhas de memória se tornam persistentes, afetam a rotina e vêm acompanhadas de outros sinais como desorientação, alterações de humor e dificuldades em tarefas simples, é fundamental investigar.
A doença de Alzheimer não tem cura, mas o diagnóstico precoce ajuda a retardar a progressão dos sintomas, melhorar a resposta ao tratamento e preservar a autonomia do paciente por mais tempo.
Consultar um médico neurologista e realizar os exames de imagem solicitados, como a ressonância magnética ou a tomografia, são passos importantes nesse processo.
Portanto, se você tem notado mudanças significativas em alguém próximo — ou em si mesmo —, não espere os sintomas se agravarem. Marque uma consulta com um especialista e agende os exames no IMEB. Lembre-se: cuidar da memória é cuidar do presente e do futuro de quem você ama!
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