As doenças do coração são a principal causa de morte no Brasil. Infarto, AVC, morte súbita e outras doenças cardíacas causam mais de 1.100 óbitos por dia no país, segundo dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia.
Com esses números em mãos, é fácil entender a importância que se deve dar aos exames preventivos e ao tratamento adequado das cardiopatias. Por isso que a cardiologia foi uma das áreas médicas que mais avançaram nos últimos anos.
E dentre os exames que investigam as doenças do coração, um dos mais destacados e completos é a cintilografia miocárdica.
Esse exame é capaz de avaliar o funcionamento do coração e potenciais falhas no músculo cardíaco, através de imagens altamente precisas, sendo um exame fundamental para confirmar suspeitas e esclarecer diagnósticos.
Neste artigo você vai conhecer como é feito o exame de cintilografia miocárdica e quais as suas maiores vantagens.
O que é cintilografia miocárdica? Quais as suas vantagens?
A cintilografia miocárdica é um exame de diagnóstico por imagem, minimamente invasivo, cuja finalidade é avaliar o fluxo sanguíneo nas artérias do coração.
Também conhecido como cintilografia de perfusão do miocárdio, este exame busca detectar possíveis falhas na irrigação do músculo cardíaco.
Por ser extremamente eficaz e de fácil execução, a cintilografia do miocárdio se torna uma opção, na fase em que há alguma suspeita de cardiopatia, para substituir outros exames mais invasivos, como o cateterismo.
As imagens precisas e de excelente resolução geradas pela cintilografia auxiliam o médico a obter um diagnóstico mais seguro e assim direcionar o tratamento de maneira específica para várias doenças, tais como:
- Doença arterial coronariana – Obstrução total ou parcial de uma ou mais artérias coronárias por placas de gordura e coágulos.
- Isquemia miocárdica – Diminuição da passagem de sangue pelas artérias.
- Insuficiência cardíaca – Quando o coração não consegue mais bombear sangue suficiente para o resto do corpo.
- Arritmia cardíaca – Alterações no ritmo dos batimentos cardíacos, seja aceleração ou redução.
- Fibrose miocárdica – Necrose de partes do músculo cardíaco.
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Como é feito o exame de cintilografia miocárdica?
Para obter imagens com alto nível de precisão, o exame de cintilografia miocárdica faz a junção de dois elementos essenciais: o radiofármaco, que é aplicado no paciente, e o aparelho de câmara de cintilação, também chamado de gama-câmara.
O procedimento é dividido em duas fases: a fase de repouso e a fase estresse. A depender da clínica em que o exame é feito, essas fases podem ser feitas no mesmo dia (protocolo de 1 dia) ou em dois dias diferentes (protocolo de 2 dias).
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Fase de repouso
Na fase de repouso, é administrado o radiofármaco no paciente (em geral, injetável, mas sendo possível também por via oral). Os radiofármacos são substâncias da área da medicina nuclear, que se fixam em áreas específicas do corpo, ajudando a identificar alterações nas áreas estudadas.
No caso da cintilografia miocárdica, o radiofármaco mais utilizado é o SESTAMIBI 99mTc. Ao ser aplicado no paciente, esse medicamento se concentra no músculo cardíaco, para que o aparelho possa fazer a captação das imagens.
Após a aplicação, é necessário aguardar de 30 a 40 minutos para que o material se concentre no coração, e então as primeiras imagens são coletadas.
Depois disso, é iniciada a segunda fase do exame: a fase de estresse.
Cintilografia Miocárdica Repouso
Fase de estresse
Na fase de estresse, o paciente precisa ser submetido a uma situação de esforço. Pode ser esforço físico – através de um teste ergométrico – ou esforço farmacológico – quando esse estresse é provocado com o uso de medicamentos.
Assim que a frequência cardíaca do paciente atinge o nível desejado para sua idade, é aplicada a segunda dose de radiofármaco. Novamente é preciso aguardar de 30 a 40 minutos para que se faça a coleta de imagens do coração em estresse.
Por fim, o médico faz a comparação entre as duas imagens – em repouso e em estresse – para avaliar a saúde cardíaca do paciente.
Preparo
O preparo para o exame de cintilografia miocárdica tem relação com a chamada fase de estresse.
Para realizar o exame, é importante que o paciente faça repouso no dia anterior e, caso seja fumante, interrompa o consumo nas últimas 24 horas. Alguns medicamentos também poderão ser suspensos, de acordo com a orientação médica.
Em relação aos cuidados com a alimentação, deve-se evitar a ingestão de certos alimentos 24 horas antes do exame, tais como:
- Café ou bebidas à base de cafeína.
- Chás estimulantes.
- Chocolate.
- Refrigerante.
Também é aconselhado que se faça uma refeição leve não menos que 2 horas antes do exame, e compareça ao local com roupa confortável e tênis para realizar o exercício da fase de estresse.
Indicações e contraindicações
Em geral, a solicitação da cintilografia miocárdica é feita pelo médico para tratamento de pacientes que já têm histórico de doenças no coração ou quando há suspeita de cardiopatias.
Por isso, este exame é indicado quando o paciente apresenta, entre outros casos:
- Fatores de risco para doenças cardíacas.
- Alterações no eletrocardiograma.
- Sintomas de infarto.
- Insuficiência cardíaca.
- Coração transplantado.
Possíveis riscos
Se a fase de estresse for feita com uso de medicamentos (esforço farmacológico), é possível que o paciente sinta alguns efeitos colaterais, como leve dor no peito, enjoo, tontura e alteração da pressão arterial. No entanto, esses sintomas são raros e, quando ocorrem, costumam passar em poucos instantes.
Algumas pessoas podem ficar com receio pelo fato da cintilografia miocárdica fazer uso de substâncias como os radiofármacos. Mas não é preciso se preocupar. As doses aplicadas no paciente são pequenas e controladas, e a quantidade de radiação é mínima e rapidamente eliminada pelo corpo. Tudo é feito de maneira muito segura.
Além disso, é preciso lembrar que o exame é contraindicado para pacientes grávidas ou em fase de amamentação. No entanto, é possível a essas pacientes fazerem o exame, de acordo com a avaliação do seu médico-assistente e do radiologista.
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Juntamente com o PET/CT, a cintilografia miocárdica é um dos exames que fazem parte da área da medicina nuclear, uma especialidade diagnóstica que se utiliza de radiofármacos para obter imagens precisas e com alta resolução de tecidos e órgãos do corpo, ajudando o médico a ter respostas muito mais objetivas sobre sua saúde.
Apesar de os radiofármacos conterem uma quantidade mínima de material radioativo, a medicina nuclear é uma área muito segura, pois as dosagens utilizadas são mínimas controladas, de modo a evitar qualquer risco ao paciente.
Além disso, os procedimentos são sempre realizados por médicos com especialização em medicina nuclear, que é uma formação adicional ao curso de medicina.
O IMEB é referência em medicina nuclear no Centro-Oeste. Somos a única clínica de medicina nuclear e diagnóstico por imagem com a acreditação máxima em excelência pela ONA (Organização Nacional de Acreditação), entidade não governamental e sem fins lucrativos, que certifica a qualidade de serviços de saúde no Brasil, com foco na segurança do paciente.
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