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Elastografia hepática: melhor exame para investigar o fígado

A elastografia hepática é um exame de diagnóstico por imagem essencial para a prevenção e investigação das doenças do fígado. Isso porque esse é um dos únicos procedimentos não invasivos capazes de mostrar, de forma eficiente, o nível de gravidade de certas patologias que podem afetar o órgão.

O exame se mostra ainda mais importante pelo fato das doenças hepáticas raramente apresentarem sintomas, a não ser quando o quadro já está em nível avançado.

Por isso, neste artigo você vai descobrir o que é, como é feito e qual a importância da elastografia hepática.

Acompanhe!

Por que o fígado é um órgão especial?

Homem tocando região do fígado

O fígado é o segundo maior órgão do corpo humano (perde apenas para a pele), sendo peça fundamental em nosso organismo. Isso porque ele é o responsável pela produção de substâncias essenciais para a saúde, ao mesmo tempo em que remove outras que são prejudiciais ao corpo.

Por exemplo, uma das funções mais importantes do fígado é a formação e secreção da bile, que contribui com o processo de digestão e ajuda a eliminar toxinas. O órgão também faz a síntese de proteínas e degradação de hormônios, essenciais para o bom funcionamento do organismo. 

Além disso, participa da produção de substâncias que contribuem para o processo de coagulação do sangue, decomposição do colesterol, manutenção dos níveis de açúcar e composição de medicamentos.

No entanto, diferentemente da maioria dos órgãos, o fígado não costuma dar sinais clínicos de possíveis problemas, ou seja, ele não avisa quando algo está errado. E, ainda que seja acometido por alguma patologia, o órgão é resiliente a ponto de não manifestar nenhum sintoma mesmo após longos anos.

Por isso, algo que costuma acontecer com frequência é o paciente descobrir que está com alguma doença hepática quando ela já se encontra em fase avançada, com sintomas graves, como cirrose, icterícia, ascite e até mesmo encefalopatia portossistêmica (EPS).

Então, para que as doenças do fígado sejam descobertas antes de se tornarem irreversíveis, a elastografia é um recurso fundamental, como veremos a seguir.

Veja também: Elastografia por ecografia – O que é, como é feita e quando é indicada!

O que é elastografia hepática e por que é tão importante?

Além do fígado ser um órgão especial, que não costuma apresentar sintomas quando algo está errado, a não ser quando o problema já se encontra em fase mais avançada, os profissionais de saúde também encontram outra dificuldade para detectar anomalias no órgão.

Isso porque os principais exames disponíveis atualmente para investigar doenças hepáticas não são capazes de confirmar, de forma definitiva, a presença de problemas crônicos no fígado, como cirrose. Dessa forma, esses procedimentos demonstram apenas que há alterações no órgão, mas não seu nível de gravidade.

Alguns exemplos desse tipo de exame são:

  • TGO e TGP: Coletadas através do exame de sangue, a TGO e a TGP são enzimas produzidas em grande parte no fígado, mas a TGO também está presente no coração, músculos, rins e cérebro. Ao apresentar valores alterados, podem indicar problemas hepáticos, mas não é possível determinar se essa é, realmente, a causa da alteração. Portanto, é necessário complementar o diagnóstico para se chegar a um resultado preciso.
  • Ecografia do fígado: A ecografia (ou ultrassonografia) do fígado é um exame de imagem que permite investigar alterações nas enzimas TGO e TGP. No entanto, apesar de grande importância no processo de diagnóstico das doenças hepáticas, a ecografia é capaz de mostrar somente a presença de gordura ou nódulos no órgão.

Mesmo exames com maior nível de precisão, como a tomografia computadorizada e a ressonância magnética, podem não ser capazes de fechar um diagnóstico sobre qual doença acomete o fígado.

Isso porque esses exames não fornecem uma informação crucial para se descobrir qual a seriedade da doença que acomete o fígado: o grau de fibrose hepática, ou seja, qual o estado das cicatrizes que estão acumuladas no fígado em consequência de inflamações crônicas causadas por vírus, uso excessivo de bebida alcoólica ou acúmulo de gordura nas células do órgão.

Para se descobrir o grau de fibrose hepática no paciente, o exame mais eficiente é a elastografia hepática. Trata-se de um procedimento não invasivo, capaz de fornecer uma estimativa precisa da quantidade de cicatrizes existentes no fígado.

Como é feito o exame elastografia hepática?

O exame é rápido e indolor, e não é necessário o uso de nenhum tipo de radiação. Assim, o procedimento pode ser repetido periodicamente quando indicado pelo médico.

?É importante salientar que a elastografia hepática deve ser realizada por um profissional que tenha recebido treinamento específico para o exame e, preferencialmente, tenha experiência na realização do procedimento. Assim, os resultados obtidos serão mais confiáveis e ajudarão o médico a interpretá-los de maneira correta.

Veja também: A importância da alimentação saudável

Quais problemas esse exame pode detectar?

A elastografia hepática é um exame de imagem capaz de detectar diversos problemas no fígado, que são diagnosticados com base no grau de fibrose que o órgão apresenta. Entre eles, podemos citar: 

Hepatite B e C

As hepatites B e C são inflamações no fígado que, se não diagnosticadas e tratadas a tempo, podem desencadear problemas ainda mais sérios, como cirrose, insuficiência hepática e câncer de fígado. Em geral, a hepatite não apresenta sintomas e pode ser contraída por contato sexual ou compartilhamento de objetos cortantes (hepatite C) e exposição a fluidos corporais infectados (hepatite B).

Doença hepática alcoólica

A doença hepática alcoólica é a lesão no fígado causada pelo consumo excessivo de álcool. A enfermidade pode ser desenvolvida devido a fatores genéticos, que afetam o modo como o corpo processa a substância, subnutrição ou presença de outras doenças do fígado, como a hepatite C. Alguns dos sintomas são icterícia, aumento do fígado, sangramento no trato digestivo e deterioração do funcionamento do cérebro.

Esteatose hepática

A esteatose hepática é o acúmulo anormal de gordura no fígado. Pode ser causada por obesidade, consumo excessivo de bebida alcoólica, hepatites, uso de anabolizantes, entre outros. Se não diagnosticada e tratada corretamente, a doença pode evoluir para cirrose, insuficiência hepática (com possível necessidade de transplante) e formação de tumores malignos do fígado.

Hepatite autoimune

A hepatite autoimune é uma doença crônica do fígado, em que o próprio sistema imunológico ataca o órgão, causando inflamação. Quando tratada de forma precoce, a doença pode ser controlada com medicamentos que suprimem o sistema imunológico. 

Colangite biliar primária

A colangite biliar primária é uma doença crônica caracterizada pela inflamação no fígado com fibrose progressiva dos dutos biliares. Se não tratada, os dutos podem ser bloqueados e o fígado é tomado por cicatrizes, causando cirrose e insuficiência hepática.

Para sua saúde, IMEB!

Como vimos ao longo do artigo, a elastografia hepática é um exame fundamental para diagnosticar com precisão a gravidade das doenças do fígado. Isso porque este é o único procedimento não invasivo capaz de identificar o grau de fibrose do órgão.

No entanto, é importante ressaltar que o exame deve ser realizado por profissionais que tenham treinamento específico para o procedimento, a fim de obter um resultado preciso, confiável e seguro para que o médico possa interpretar as informações apresentadas e direcionar o paciente para o melhor tratamento.

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Por: Dr. Renato Barra / Categoria: Doenças do fígado Elastografia Exames

27 de janeiro de 2023

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