Graças ao avanço da medicina, as chances de cura do câncer aumentaram muito, desde que detectado precocemente. Mas ainda há muitas informações que não são conhecidas pela maioria das pessoas, principalmente quando se fala da temida quimioterapia.
Um dos mitos é que muitos dos efeitos colaterais do tratamento de quimioterapia são piores que a própria doença, o que não é bem verdade.
Para esse tratamento, são usados remédios especiais chamados de medicamentos quimioterápicos. Atualmente, a quantidade aplicada está em estudo e as primeiras conclusões são de que doses menores também promovem bons resultados.
Como esses medicamentos são responsáveis pela eliminação de células doentes e de rápida disseminação, eles acabam atingindo também as células saudáveis. Daí o aparecimento dos efeitos colaterais.
Tratamento de quimioterapia: efeitos colaterais
As células saudáveis que podem ser impactadas são as que compõem o sistema digestivo e o sangue, por exemplo. São também aquelas que fazem o cabelo crescer. Por isso, que surgem feridas na boca, queda de cabelos, náuseas, vômitos e dores diversas.
Nem todos os pacientes têm todos os efeitos colaterais. Uns podem apresentar muitos deles, outros nenhum. Isso varia de acordo com os tipos e quantidade de medicamentos aplicados e, também, da capacidade de resistência de cada organismo.
Quando uma pessoa passa pelo tratamento de quimioterapia, ela pode ter os efeitos colaterais durante e até mesmo depois de alguns meses após o término da aplicação. Confira alguns dos efeitos colaterais:
- Anemia;
- Diarreia;
- Constipação;
- Dores variadas;
- Fadiga constante;
- Infecções;
- Infertilidade;
- Feridas ou infecções na boca e garganta;
- Falta de apetite;
- Manchas e mudanças nas unhas e na pele;
- Modificações no sistema nervoso central;
- Modificações no sistema urinário;
- Disfunções sexuais;
- Queda dos cabelos;
- Sangramentos recorrentes;
- Náusea, enjoo e vômitos.
Um dos efeitos colaterais que todo mundo nota, por ser mais aparente, é a queda dos cabelos e dos pelos do corpo. Alguns medicamentos realmente causam a alopecia. Nesses casos, os cabelos voltam a crescer após as aplicações.
A boa notícia é que atualmente existem no mercado toucas térmicas que resfriam o couro cabeludo durante a aplicação, evitando em grande parte a queda dos cabelos.
Outro efeito recorrente é a disfalgia, que compromete a sequência de ações musculares que fazem com que os alimentos, já líquidos, cheguem ao estômago. A dificuldade de deglutir os alimentos, sobretudo se o câncer for na região da cabeça e do pescoço, resulta em dores, engasgos, tosse e vômitos. Para esse desconforto, existem técnicas e remédios que amenizam.
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Cuidados durante o tratamento de quimioterapia
É muito importante que os pacientes tomem certos cuidados durante o tratamento de quimioterapia, principalmente com a alimentação. Quanto mais saudável for, melhor será. Dessa forma, os enjôos, as náuseas e os vômitos têm incidência muito menor.
Igualmente, deve-se evitar a gravidez durante o tratamento, já que os medicamentos podem atingir o embrião durante os primeiros três meses de gestação.
Quanto à fertilização, é melhor se informar com o médico. Se for o caso, existem técnicas laboratoriais para proteger a fertilidade, seja no homem ou na mulher. São elas o congelamento de óvulos, esperma ou embriões.
Vida normal?
Não custa insistir que os sintomas decorrentes do tratamento de quimioterapia são diferentes de paciente para paciente.
Mas, apesar dos efeitos colaterais, é possível ter uma vida praticamente normal. Com o diagnóstico precoce, seguindo os cuidados citados e as orientações dos médicos especialistas, o tratamento de quimioterapia representará o melhor caminho para alcançar a cura do câncer.