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Mãos segurando ilustração de intestino.
Por: Dr. Renato Barra

Câncer de intestino: o que fazer para se prevenir

O câncer de intestino é uma doença silenciosa e que vem crescendo muito em incidência nos últimos anos, inclusive em pessoas mais jovens

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), a estimativa para a incidência de novos casos é de cerca de 45 mil até 2025, sendo as mulheres as mais afetadas.

A seguir, vamos conhecer os sintomas do câncer do intestino e como prevenir esta doença com mudanças simples do dia a dia!

Por que o câncer de intestino é tão perigoso?

Homem com imagem de intestino sobre a barriga.

O câncer de intestino pode afetar tanto o intestino grosso quanto o reto. Também chamado de câncer colorretal, já é considerado um dos mais comuns, ficando atrás apenas do câncer de próstata, pele e mama.

O câncer de intestino tem sido cada vez mais comentado, devido ao grande índice de mortalidade que ele causa. De acordo com o INCA, tivemos quase 20 mil óbitos causados pela doença somente no ano de 2021. 

Verificou-se também que, ao longo de 2022, cerca de 265 pacientes foram internados diariamente em equipamentos de saúde do SUS para tratar as complicações da doença.

Inclusive, diversos atletas e artistas foram diagnosticados com a doença nos últimos anos, como Pelé, Roberto Dinamite e o protagonista do filme Pantera Negra, Chadwick Boseman – já falecidos – e os cantores Conrado, Preta Gil e Simony. 

É importante lembrar que o câncer de intestino tem forte relação com hábitos de vida e alimentares do indivíduo, o que exige mudanças de comportamentos nocivos.

Câncer de intestino: atenção aos sinais

Médica segurando ilustração de intestino

Os sintomas do câncer de intestino não são tão claros e podem ser facilmente confundidos com outros problemas comuns de saúde, o que eleva os riscos. Por isso, o ideal é manter um acompanhamento médico regular, com consultas e exames, especialmente a partir dos 45 anos.

A seguir, alguns sinais que podem indicar a doença e aos quais você deve ficar atento:

  • Alterações intestinais: o indivíduo apresenta situações alternadas de prisão de ventre e diarreia, além de fezes muito compridas e finas.
  • Dor abdominal: esse tipo de desconforto nem sempre é investigado por ser muito comum. Contudo, se persistir por mais de 30 dias, deve ser averiguado.
  • Fraqueza e anemia: o intestino doente não consegue absorver os nutrientes dos alimentos, o que leva o indivíduo à deficiência nutricional e indisposição.
  • Sangue nas fezes: este é um sintoma frequente. Porém, o sangue pode se misturar às fezes, dificultando sua identificação.
  • Perda de peso sem motivo aparente: o emagrecimento acontece mesmo quando o paciente não está fazendo dieta e nem tomando medicamentos.

Além disso, o paciente com câncer de intestino pode perceber a presença de uma massa ou nódulo na região abdominal.

Sabendo que o câncer de intestino é uma doença silenciosa, é fundamental adotar medidas de prevenção e não apenas observar os sinais, já que, em muitos casos, quando os sintomas se intensificam, a doença pode estar em estágio avançado.

Veja também – A importância dos exames de imagem no combate ao câncer

O que fazer para se prevenir?

Vimos que o câncer de intestino está diretamente relacionado aos hábitos adotados no nosso dia a dia. Por isso, é imprescindível desenvolver práticas mais saudáveis para reduzir as chances de incidência dessa doença. 

Confira as dicas:

1. Seguir uma dieta saudável

Dar prioridade para os alimentos naturais, como as frutas, os legumes, as verduras e os grãos integrais, pois são ricos em fibras e estimulam o funcionamento do intestino.

Já a carne vermelha deve ser consumida com moderação, evitando ultrapassar 500 gramas por semana. Esse tipo de carne possui muita quantidade de ferro heme e pode estimular o surgimento de problemas intestinais.

Outro ponto fundamental é reduzir ao máximo o consumo de alimentos processados e ultraprocessados, como linguiça, salsicha, salame, presunto, bacon, mortadela e similares. Além de ricos em gordura, açúcar e sódio, esses itens são pouco nutritivos e possuem poucas fibras.

2. Manter peso saudável

A obesidade é um fator de risco para o câncer de intestino e deve ser combatida com uma dieta saudável e com a prática diária de exercícios físicos.

3. Moderar bebidas alcoólicas

O álcool oxida as células, altera o metabolismo e o funcionamento dos órgãos e favorece a ação dos agentes cancerígenos. Quanto maior o consumo, maior o risco de sofrer com o câncer e suas variações. Consuma com moderação e, quando beber, intercale com água.

4. Não fumar

O cigarro é um fator de risco para vários tipos de câncer, dentre eles o de intestino. Além de rico em substâncias tóxicas, o cigarro estimula a mutação das células e, consequentemente, o surgimento do câncer.

5. Conhecer o histórico familiar

Quem tem casos de câncer de intestino na família deve fazer o rastreio da doença o quanto antes, uma vez que o risco é elevado. A idade recomendada para iniciar a investigação é 45 anos, mas pode ser antecipada de acordo com cada caso.

6. Atividades físicas regulares

O sedentarismo estimula a obesidade e interfere no funcionamento do intestino, além de agravar várias outras doenças, como a hipertensão e o diabetes. Por isso, deve ser combatido com a prática frequente de atividade física.

7. Acompanhamento médico

As consultas de rotina devem ser realizadas com o objetivo de prevenir e antecipar possíveis diagnósticos, o que também possibilita o melhor tratamento. Logo, não deixe de consultar um gastroenterologista ou proctologista.

Como é feito o diagnóstico?

A recomendação é que, a partir dos 45 ou 50 anos – a depender de cada caso – seja feita uma colonoscopia para investigar a presença de pólipos intestinais. A depender dos achados desse exame, o médico pode recomendar sua repetição em intervalos maiores ou menores.

Nos casos suspeitos, é feita a retirada de um pequeno pedaço de tecido lesionado, que será levado para biópsia. O especialista também pode solicitar outros exames, como a ressonância magnética, que traz mais detalhes sobre o tamanho do tumor.

O PET-CT também é um exame de imagem bastante detalhado que, além de facilitar a identificação do estágio da doença, também ajuda a monitorar a evolução e a eficácia do tratamento realizado.

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