Dia de Conscientização sobre o Parkinson: como lidar com a doença? | IMEB

Dia de Conscientização sobre o Parkinson: como lidar com a doença?

No dia 11 de abril, o mundo se une em torno do Dia Mundial da Conscientização da Doença de Parkinson, uma ocasião dedicada a aumentar o conhecimento sobre essa doença neurológica que impacta a vida de milhões de pessoas.

O Parkinson é caracterizado por uma série de sintomas, motores e mentais, que podem ter um impacto significativo na qualidade de vida dos pacientes. Desde tremores e rigidez muscular até dificuldades de equilíbrio e alterações cognitivas, os sintomas podem variar amplamente de pessoa para pessoa. 

Convidamos você a ler o conteúdo a seguir para entender melhor como identificar, lidar e oferecer suporte a quem enfrenta essa condição.

Dia da Conscientização da Doença de Parkinson

No dia 11 de abril, celebra-se o Dia Mundial de Conscientização da Doença de Parkinson, uma ocasião dedicada a incentivar a divulgação de informações sobre essa condição. Descoberta há mais de 200 anos, a Doença de Parkinson é considerada a segunda doença neurodegenerativa progressiva mais comum no mundo, atrás apenas do Alzheimer.

Com o aumento da expectativa de vida e o envelhecimento da população, estima-se que o número de casos de Parkinson possa dobrar até 2040. No Brasil, cerca de 200 mil pessoas convivem com essa enfermidade, segundo dados do Ministério da Saúde.

Todos os anos são realizadas ações de conscientização sobre o Parkinson em todo o planeta, com o objetivo de esclarecer as manifestações da doença e apresentar as possibilidades de tratamento disponíveis.

Por tudo isso, confira as importantes informações que separamos para você nos tópicos abaixo.

Parkinson: como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico da doença é estabelecido com base na história clínica do paciente. Não existe um teste, único e específico, para diagnosticá-la ou preveni-la, mas há algumas avaliações padronizadas, que costumam ser seguidas por especialistas que tratam essa condição – em geral, neurologistas.

Avaliação clínica

Uma avaliação especializada é essencial para identificar os sintomas motores e não motores, como tremores, rigidez, lentidão de movimentos, problemas de postura e equilíbrio, além de distúrbios do sono, cognitivos e emocionais. 

A história familiar também é analisada, bem como a exclusão de outras possíveis causas dos sintomas, como efeitos colaterais de alguns medicamentos. 

Exames complementares

Após essa avaliação, exames complementares costumam ser solicitados para descartar outras doenças e causas para os sintomas, como:

✅Exames de sangue: Apesar de não detectarem a doença, podem ser importantes para descartar outras doenças com sintomas semelhantes, como doenças da tireoide, deficiências vitamínicas, infecções e sífilis.

✅Tomografia computadorizada e ressonância magnética: Os principais exames de imagem para auxiliar no diagnóstico. Ajudam a descartar outras causas dos sintomas, como tumores, AVCs e hidrocefalia. E ainda podem detectar a perda de volume na substância negra, área cerebral afetada na doença de Parkinson.

✅Testes neurológicos: Testes e avaliações neurológicas também fazem parte dessa investigação, analisando a capacidade do(a) paciente de realizar certos movimentos e cumprir tarefas que demandam habilidades específicas, relacionadas às áreas impactadas pela doença.

Como cuidar de alguém com Parkinson?

É fundamental que a família esteja envolvida nos cuidados de alguém diagnosticado com doença de Parkinson, por várias razões. Primeiro, a doença afeta significativamente a vida diária do paciente, tornando atividades básicas como andar, falar e até mesmo comer desafiadoras. Nesse contexto, a presença e o apoio da família auxiliam o paciente a lidar com esses desafios físicos e emocionais.

Segundo, é físico e psicologicamente desgastante para apenas uma pessoa se responsabilizar por todos os cuidados envolvidos. Por isso, quanto mais pessoas se envolverem nesses cuidados, mais leve será a responsabilidade de cada um e mais bem cuidado o(a) paciente será.

Busque conhecimento 

Primeiramente, é importante que os familiares e cuidadores busquem entender melhor a Doença de Parkinson, incluindo seus sintomas, progressão e tratamentos disponíveis. Isso pode ajudar a reduzir a ansiedade e o desconhecimento sobre o que esperar, além de fornecer informações úteis para lidar com os desafios que surgirem. 

Embora ainda não haja cura para a doença de Parkinson, existem tratamentos que podem significativamente melhorar a qualidade de vida do(a) paciente. Esses tratamentos podem incluir medicamentos para controlar os sintomas, terapias de reabilitação para melhorar a mobilidade e a função física, além de medidas de apoio emocionais e psicológicas.

Ofereça apoio emocional

O diagnóstico de Doença de Parkinson é desafiador para o(a) paciente e seus familiares. Oferecer apoio emocional, compreensão e incentivo pode ajudar o(a) paciente a enfrentar os altos e baixos emocionais que acompanham a doença. É aconselhável que tanto a pessoa diagnosticada quanto os membros da família façam terapia. 

Além disso, a doença de Parkinson pode causar alterações no humor e na cognição, como depressão e dificuldades de memória. A família desempenha um papel importante ao oferecer apoio emocional e incentivo durante esses momentos difíceis. 

Ajude com tarefas diárias

É importante oferecer ajuda com tarefas diárias – caso seja necessário –, como preparar refeições, realizar tarefas domésticas ou ajudar com a higiene pessoal. No entanto, é essencial fazer isso de uma maneira que respeite a autonomia e a dignidade da pessoa afetada, evitando subestimá-la ou minar sua independência.

Além da rede privada, pacientes com Parkinson podem encontrar suporte e assistência no SUS, por meio dos Centros Especializados em Reabilitação, destinados a melhorar a qualidade de vida e promover a independência dos pacientes. Estes programas terapêuticos podem incluir, fisioterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional, suporte psicológico e familiar.

Incentive a prática de exercícios

Os exercícios físicos podem desempenhar um papel significativo no gerenciamento dos sintomas da doença de Parkinson. Atividades como caminhada, natação, dança e ioga têm se mostrado especialmente benéficas, ajudando a melhorar a mobilidade, a flexibilidade, o equilíbrio e a coordenação, além de promover o bem-estar geral. 

Participar de programas de exercícios, supervisionados por profissionais qualificados, pode trazer grandes benefícios, desde que o nível de esforço esteja adequado ao quadro funcional da pessoa. 

Proporcione um ambiente seguro

Devido aos sintomas motores da doença, como tremores e dificuldades de equilíbrio, é importante adaptar o ambiente doméstico para garantir mais segurança. Isso pode envolver a remoção de tapetes soltos, a instalação de corrimãos e barras de apoio, evitar de cães e gatos soltos pela casa (que podem fazer a pessoa tropeçar) e a organização dos objetos de uso diário para facilitar o acesso.

Respeite os limites

Embora seja importante incentivar a atividade física e mental, é igualmente importante não sobrecarregar o paciente com atividades além de seus limites. Respeitar os sinais de fadiga e proporcionar períodos adequados de descanso e recuperação é essencial para evitar exaustão e contribuir para o manejo eficaz da doença.

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Se você (ou alguém próximo) está enfrentando essa doença e tem exames de imagem solicitados, conte com o IMEB. Contamos com uma estrutura robusta e profissionais experientes e atenciosos para que você tenha o diagnóstico mais preciso e confiável.

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Por: Dr. Renato Barra / Categoria: Exames de imagem Neurologia

11 de abril de 2024

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