Você sabia que o diabetes traz riscos para praticamente todas as partes do corpo? Altos níveis de açúcar no sangue podem causar danos em diferentes regiões e trazer riscos que vão desde cegueira definitiva a amputação de membros.
Com o objetivo de alertar a população sobre os riscos, o dia 26 de junho é considerado o Dia Nacional do Diabetes no Brasil, doença que coloca o Brasil em 5º lugar no ranking de diagnósticos no mundo.
Pensando em ajudar quem deseja evitar o diabetes, o IMEB preparou este conteúdo com dicas de prevenção. Confira!
Dia Nacional do Diabetes

Tecnicamente conhecida como diabetes mellitus, o popular diabetes é uma doença causada pela elevação crônica dos níveis de glicose no sangue. Isso acontece devido à baixa quantidade e/ou baixa eficiência da insulina, hormônio produzido pelo pâncreas, que não retira adequadamente o açúcar do sangue para ser usado pelos tecidos do corpo.
No Brasil, estima-se que mais de 13 milhões de pessoas vivam com a doença (6,9% da população).
Existem dois tipos de diabetes:
- Diabetes tipo 1 – Doença autoimune, em que o sistema imunológico ataca e destrói as células produtoras de insulina no pâncreas. É geralmente diagnosticado em crianças e adultos jovens e requer injeções diárias de insulina para controlar o açúcar no sangue.
- Diabetes tipo 2 – Ocorre quando o corpo não usa ou produz insulina de forma eficiente. Com isso as células do corpo se tornam resistentes à insulina, e o pâncreas pode não produzir insulina suficiente para compensar essa resistência. Esse tipo de diabetes é causado por questões como excesso de peso, falta de atividade física e maus hábitos alimentares.
Para chamar a atenção da sociedade sobre o tema, a data 26 de junho é reservada ao Dia Nacional do Diabetes, campanha criada para conscientizar a população sobre essa doença crônica, seus fatores de risco, prevenção e tratamento, principalmente para o tipo 2.
Durante a data, são realizadas atividades como palestras, campanhas de conscientização, exames de glicemia gratuitos, entre outras iniciativas, visando a educação da população e a disseminação de informações sobre o diabetes.
O Panorama da Diabetes da OPAS nas Américas, pede aos países que melhorem o diagnóstico precoce, aumentem o acesso a cuidados de qualidade para o controle do diabetes e desenvolvam estratégias para promover um estilo de vida saudável.
Os riscos do diabetes para sua saúde

Como dito acima, o diabetes é uma condição que oferece riscos para praticamente todas as estruturas do nosso corpo; alguns deles extremamente graves. Conheça os principais:
Complicações cardiovasculares
Pessoas com diabetes têm maior probabilidade de desenvolver doenças cardiovasculares, como doença arterial coronariana, ataques cardíacos, hipertensão arterial (pressão alta) e acidente vascular cerebral (AVC).
Neuropatia diabética
A neuropatia diabética é uma condição na qual os níveis elevados de glicose causam danos aos nervos, causando sintomas como diminuição da energia, da mobilidade, bem como outros sintomas referentes à região nas quais os nervos foram afetados. Nas mãos e pés, por exemplo, há dormência, dores e cãibras.
Retinopatia diabética
Outro risco da diabetes acontece nos olhos, por meio da retinopatia diabética. Isso porque a glicose alta pode afetar os vasos sanguíneos dos olhos, resultando em danos à retina, o que pode levar à perda total ou parcial da visão.
Problemas vasculares
A má circulação sanguínea e a neuropatia diabética aumentam o risco de úlceras nos pés, condição conhecida como “pé diabético”. Infecções ou problemas na circulação dos membros inferiores estão entre as complicações mais comuns de quem sofre com diabetes e, em casos graves, pode levar a amputações.
Nefropatia diabética
A nefropatia diabética é outro risco do diabetes. Nesse caso, há uma alteração nos vasos sanguíneos localizados nos rins, o que pode levar o paciente a um quadro de redução progressiva da função renal. Além disso, pode levar à falência dos rins e, consequentemente, a necessitar de hemodiálise ou transplante renal.
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Diabetes: o que fazer para prevenir?

Para o diabetes tipo 1, que tem origem genética, infelizmente não há formas de prevenção, mas de controle. Já para o do tipo 2, a prevenção requer mudanças nos hábitos de vida:
1. Controle do peso
O sobrepeso e a obesidade estão entre os principais fatores de risco para o diabetes tipo 2. Nesse caso, é essencial manter um peso adequado para prevenção da doença.
É preciso adotar uma alimentação balanceada e saudável, com foco em alimentos ricos em fibras, como frutas, vegetais, grãos integrais e proteínas magras. Também é necessário evitar alimentos ultraprocessados, sobretudo por serem ricos em açúcar.
2. Prática regular de atividade física
O sedentarismo pode levar ao sobrepeso, consequentemente, aumenta as chances do indivíduo desenvolver diabetes. Por isso, é importante praticar atividades físicas regularmente – que ajudam a prevenir outras doenças e melhorar a qualidade de vida.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda 150 minutos de atividades intensas por semana – ou 30 minutos, cinco vezes por semana – ou 300 minutos de atividades moderadas – ou 60 minutos, cinco vezes por semana. Essas atividades pode ser caminhadas, corridas, natação, ciclismo, musculação ou a atividade de sua preferência, mas que seja capaz de elevar os batimentos cardíacos.
Além disso, reduzir o tempo sentado ou inativo ajuda a manter o corpo em movimento.
3. Reduzir o consumo de alimentos ricos em açúcar
O consumo frequente (ou em grande quantidade) de alimentos ricos em açúcar ou carboidratos obriga o corpo a produzir grandes quantidades de insulina para retirar essa glicose da corrente sanguínea.
No longo prazo, esse processo pode levar à resistência do corpo à insulina e ao diabetes tipo 2 (como vimos no primeiro tópico).
Confira alguns dos principais cuidados alimentares recomendados:
- Inclua na sua rotina todos os grupos alimentares, como frutas, legumes, grãos integrais, proteínas magras e laticínios com baixo teor de gordura.
- Prefira alimentos com baixo índice glicêmico, pois eles liberam açúcar no sangue de forma mais lenta e gradual, o que evita picos de insulina.
- Evite ou reduza o consumo de alimentos processados, ricos em açúcares, gorduras saturadas e sal, como doces, refrigerantes, salgadinhos, alimentos fritos e fast food.
- Opte por fontes saudáveis de gorduras, como abacate, nozes, sementes e peixes ricos em ômega-3, como salmão e sardinha. Limite o consumo de gorduras saturadas encontradas em carnes gordurosas, laticínios integrais e alimentos fritos.
- Controle o tamanho das porções e evite excessos.
- Beba água como principal fonte de hidratação e limite o consumo de bebidas açucaradas, sucos industrializados e refrigerantes.
- Consulte um nutricionista para obter orientações personalizadas e adequadas à sua condição de saúde e necessidades individuais.
4. Rotina de sono
A falta de sono adequado pode aumentar o risco de desenvolver diabetes tipo 2. A privação de sono tem sido relacionada a alterações metabólicas, incluindo resistência à insulina, aumento da resistência à glicose e disfunção da regulação hormonal do apetite, o que pode levar ao aumento do apetite e à ingestão excessiva de alimentos, principalmente os ricos em açúcar e carboidratos.
O ideal é dormir de 7 a 8 horas de sono de qualidade todas as noites. A higiene do sono é uma das alternativas para as pessoas que têm dificuldade para dormir.
5. Exames de rotina
Realizar exames regulares para monitorar o nível de glicose no sangue é importante para pessoas com predisposição ao desenvolvimento da doença, como histórico de diabetes na família, obesidade e colesterol alto.
O diabetes é uma doença complexa, mas que pode ser evitada ou controlada. Para você se informar ainda mais sobre essa condição, confira o nosso guia gratuito sobre as principais causas e sintomas do diabetes tipo 2, além dos melhores tratamentos disponíveis hoje para controlá-lo.
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