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Dia Mundial da Obesidade: saiba como evitar esse problema!

A obesidade é uma doença metabólica crônica, que atinge mais de um quarto da população adulta brasileira e cerca de um bilhão de pessoas em todo o mundo, incluindo adolescentes e crianças.

Para ajudar na prevenção e tratamento dessa doença, já considerada uma epidemia e que pode causar diversos danos físicos e psicológicos, a Organização Mundial da Saúde instituiu o Dia Mundial da Obesidade, celebrado em março.

Neste artigo, você vai entender quais os riscos da obesidade e descobrir como prevenir ou tratar.

Acompanhe!

Dia Mundial da Obesidade

O Dia Mundial da Obesidade foi instituído pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para ser lembrado durante o mês de março. A data busca incentivar soluções práticas para ajudar pessoas a alcançar e manter um peso saudável, realizar tratamento adequado e reverter o quadro desse problema que afeta milhões de indivíduos em todo o mundo.

Talvez você possa estranhar ver a obesidade ser tratada como “doença”, mas pela quantidade de danos que ela causa em diversas áreas da vida, o próprio Ministério da Saúde já a trata como uma doença com múltiplos fatores.

A obesidade é uma doença crônica, causada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal em níveis que geram prejuízo à saúde. 

Para uma pessoa ser considerada obesa, deve-se observar seu Índice de Massa Corporal (IMC), que é calculado dividindo o peso (em kg) pela altura ao quadrado (em metros). Por exemplo, alguém com 1,60 m e 60 kg fará o seguinte cálculo: 

  • Altura ao quadrado: 1,60 x 1,60 = 2,56.
  • Peso dividido pelo resultado da altura: 60/2,56 = 23,43
  • O IMC é igual a 23.

A obesidade é diagnosticada quando o IMC é maior ou igual a 30 kg/m2. Já pessoas com IMC entre 25 e 29,9 kg/m2 são enquadradas na faixa do “sobrepeso” e já podem apresentar problemas devido ao excesso de gordura. Quando o Índice de Massa Corporal fica entre 18,5 e 24,9 kg/m2, o peso é considerado normal.

?Cabe ressaltar que essa regra não se aplica a pessoas com grande quantidade de massa muscular – como praticantes de musculação – e que, por isso, têm um peso elevado, mas com baixo percentual de gordura corporal.

No Brasil, dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados em outubro de 2020, apontam que mais de um quarto da população adulta é considerada obesa. Isso significa que 26,8% dos brasileiros acima de 20 anos têm obesidade, enquanto 6,7% dos adolescentes também sofrem com a doença.

Já, no mundo, a própria OMS afirma que o número de obesos passa de 1 bilhão de pessoas – 650 milhões de adultos, 340 milhões de adolescentes e 39 milhões de crianças. A organização estima ainda que, até 2025, cerca de 167 milhões de pessoas, entre adultos e crianças, terão problemas relacionados ao excesso de peso ou obesidade.

Por esses números, é possível entender porque a obesidade é considerada hoje uma epidemia global que precisa ser urgentemente combatida.

Principais danos, riscos e limitações da obesidade

Como dissemos, a obesidade é uma doença crônica, que pode ser causada por diversos fatores. 

Em primeiro lugar, vale citar que, em boa parte dos casos, pessoas obesas possuem uma tendência genética ao ganho de peso e que, portanto, precisam manter uma maior atenção aos fatores que levam à obesidade.

O principal fator, que contribui para o estabelecimento do quadro é a má alimentação, principalmente relacionada ao consumo excessivo de gordura e açúcar provenientes de alimentos industrializados e ultraprocessados.

Associado a isso está o sedentarismo, já que a falta de atividade físicas regulares impedem um maior gasto energético, levando ao acúmulo das calorias consumidas em forma de gordura corporal.

A saúde mental é outro fator que deve ser levado em conta quando tratamos da obesidade. Isso porque problemas psicológicos e emocionais, como ansiedade e depressão podem levar a comportamentos alimentares compulsivos.

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Quais os riscos da obesidade?

O excesso de gordura corporal tem o potencial de provocar inúmeras danos ao paciente obeso, que estão relacionados à saúde física (como problemas cardiovasculares ou diabetes), mental e social (estão sujeitas a críticas e julgamentos sociais).

Além disso, a obesidade também traz limitações quanto à mobilidade, fazendo com que simples ações, como caminhar, levantar ou sentar, sejam realizadas com dificuldade.

Os males causados pela obesidade podem reduzir a expectativa de vida da pessoa, já que está relacionada a outros problemas de saúde, como:

  • diabetes tipo 2;
  • hipertensão arterial;
  • colesterol alto;
  • problemas no fígado, por conta do acúmulo de gordura;
  • doenças cardiovasculares, como infarto agudo do miocárdio, arritmia e derrame;
  • dificuldades respiratórias, como apneia do sono;
  • alguns tipos de câncer, como tumores no esôfago, estômago, pâncreas, vesícula biliar, fígado, intestino (cólon e reto), rins e mama, entre outros;
  • problemas articulares, como em coluna ou joelhos;
  • assaduras e dermatites.

Já quando falamos de saúde mental, a obesidade pode ser responsável por desencadear diversos problemas psicológicos e sociais, como:

  • distúrbios alimentares, como anorexia e bulimia;
  • depressão;
  • baixa autoestima;
  • isolamento social.

O que fazer para prevenir e tratar a obesidade

A melhor estratégia para prevenção e tratamento da obesidade, segundo a OMS, está ligada à adoção de um estilo de vida mais saudável e à realização de mudanças comportamentais, que focam em combater o sedentarismo e a alimentação inadequada.

No entanto, é importante ressaltar que – por se tratar de um quadro multifatorial, que envolve questões físicas, hormonais e psicológicas – esse processo deve ser acompanhado por profissionais, como endocrinologista, nutrólogo(a), nutricionista e, em alguns casos, até psicólogo(a).

Esses profissionais vão fazer uma avaliação geral do(a) paciente para mapear quais os fatores que mais influenciam para o problema e traçar estratégias para combater o quadro.

Para alguém que está há anos adaptada a certos padrões alimentares e comportamentais, pode ser bastante desafiador reverter esses hábitos sem ajuda especializada. 

?Caso buscar ajuda médica em serviço privado não seja uma opção acessível para você, os postos de saúde da rede pública estão aptos a oferecer orientação nesse sentido.

As principais maneiras de prevenir e tratar a obesidade passam por:

Alimentação saudável e equilibrada

Este é o primeiro e mais importante passo para tratar ou prevenir a obesidade. A mudança nos hábitos alimentares inclui controlar o consumo excessivo de alimentos – especialmente os industrializados e ultraprocessados – que são ricos em gordura, açúcar e possuem alto teor calórico, como biscoitos, salgadinhos, congelados e embutidos. Os refrigerantes, sucos de caixinha e outras bebidas com grande concentração de açúcar também devem ter um consumo bastante restrito. 

Em vez disso, é fundamental aumentar o consumo de verduras, legumes, frutas, fibras e água. No mesmo sentido, é necessário dar preferência ao consumo de carnes, frangos e peixes assados ou grelhados em vez de fritos

Para isso, novamente é importante ressaltar a importância do acompanhamento profissional, para orientar sobre as melhores opções de alimentos, alimentos mais acessíveis àquela pessoa específica ou mesmo montar uma dieta personalizada.

Atividades físicas

As Atividades físicas são grandes aliadas no combate à obesidade. Exercícios de intensidade moderada, como natação e caminhada, estão entre os mais indicados para acelerar o metabolismo e aumentar o gasto calórico; efeitos fundamentais para a perda de peso e melhora da qualidade de vida.

Em geral, os especialistas recomendam que se faça de 150 a 300 minutos (2,5 a 5 horas) de atividade física com intensidade moderada durante a semana. No entanto, é preciso seguir as orientações do médico e do preparador físico para não exagerar na dose e evitar lesões 

Além das mudanças alimentares e comportamentais, o tratamento da obesidade pode incluir o uso de medicamentos que inibem o apetite ou reduzem a absorção de gorduras.

Esses medicamentos, no entanto, devem ser utilizados somente com a devida orientação médica, já que precisam de acompanhamento regular devido ao risco de efeitos colaterais. 

Em casos mais graves, cirurgias – como a bariátrica – podem ser recomendadas.

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Por: Dr. Renato Barra / Categoria: Doenças cardiovasculares Saúde e Bem-estar

4 de março de 2023

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