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Esquecimento e perda de memória: como investigar?

A memória é uma das funções mais importantes do nosso cérebro. É através dela que conseguimos nos lembrar de fatos e pessoas importantes do passado, assim como de coisas do presente. Com a memória em perfeito estado, também podemos armazenar informações que serão acessadas no futuro. 

No entanto, a memória não é perfeita e pode sofrer alterações ao longo da vida, seja por fatores naturais, como o envelhecimento, ou fatores patológicos, como o estresse ou o Alzheimer.

Neste artigo, você vai entender quando o esquecimento e a perda de memória se tornam um problema e como é feita a investigação dessas condições.

Acompanhe! 

Esquecimento e perda de memória: quando se torna um problema

Idoso preocupado com mão na cabeça

Esquecer de determinados eventos do passado ou mesmo de coisas do presente, como o local onde deixou algum objeto, é um fenômeno normal e de certa forma até benéfico para o cérebro. Imagina como seria ter uma “memória de elefante” e sempre lembrar de tudo? O esquecimento pode até ser um meio para registrar novos aprendizados. Além disso, fatores como envelhecimento, estresse, falta de atenção, questões emocionais e sono podem influenciar na falta de memória temporária.

No entanto, o esquecimento pode se tornar um problema quando é excessivo, ocorre com frequência, interfere no cotidiano ou está associado a outros sintomas neurológicos ou psiquiátricos. Nesses casos, o quadro pode ser um indicativo de perda de memória patológica, geralmente causado por doenças degenerativas (como Alzheimer e Parkinson), traumas cranianos, acidentes vasculares cerebrais (AVC), tumores cerebrais, infecções, deficiências nutricionais, uso de drogas, entre outros.

Alguns sintomas que podem indicar uma perda de memória são:

  • Esquecer informações recentes ou importantes, como nomes de pessoas próximas, datas comemorativas, compromissos, eventos, etc;
  • Repetir as mesmas perguntas ou histórias por diversas vezes;
  • Ter dificuldade para seguir instruções ou realizar tarefas complexas;
  • Ficar confuso ou desorientado em relação ao tempo e espaço, às pessoas ou aos objetos;
  • Apresentar alterações de humor, personalidade, comportamento ou linguagem;
  • Ter dificuldade para reconhecer familiares, amigos ou lugares familiares;
  • Perder ou colocar objetos em lugares incomuns;
  • Depender de lembretes ou de outras pessoas para realizar atividades cotidianas.

>>>> Veja também: Cintilografia Renal: Para Que Serve e Como Funciona o Exame?

Como investigar a perda de memória

Médico consolando paciente idosa.

A perda de memória é um problema que pode ser causado por múltiplos fatores. Por isso, a investigação envolve uma série de procedimentos que buscam identificar a origem, a extensão e a evolução da condição.

Geralmente, o diagnóstico se inicia por meio de um anamnese detalhada, onde o profissional de saúde analisa o histórico médico, familiar, social, ocupacional e educacional da pessoa. Por meio de entrevistas com familiares e com o próprio paciente, informações valiosas, como início, duração e frequência dos sintomas, podem ser obtidas.

O paciente também passa por avaliações neurológicas e neuropsicológicas, com a aplicação de testes para verificar a presença de alterações ou déficits em funções cognitivas, como atenção, orientação, linguagem, raciocínio, memória e percepção.

Além disso, são realizados exames laboratoriais e de imagem, que podem auxiliar no diagnóstico, tanto para a exclusão de outras causas quanto para a confirmação de hipóteses clínicas. Os exames mais comuns para avaliar a perda de memória são hemograma, glicemia, colesterol, hormônios, vitaminas, eletrólitos, tomografia computadorizada (TC), ressonância magnética (RM), eletroencefalograma (EEG), cintilografia de perfusão cerebral (SPECT), etc.

A partir dos resultados dessas avaliações, o médico pode estabelecer um diagnóstico e um plano de tratamento para o paciente, levando em conta suas características individuais, necessidades e as expectativas de cada caso.

O que fazer para preservar a memória

Grupo de amigos jogando bingo.

A memória é uma habilidade que pode ser estimulada e melhorada ao longo da vida. Para isso, é necessário adotar alguns cuidados e hábitos saudáveis. Algumas dicas para preservar a memória são:

1. Manter uma dieta saudável 

Além de ser benéfica para o corpo, uma alimentação equilibrada contribui também para a boa saúde cerebral, com a inclusão de nutrientes como vitaminas do complexo B, ácidos graxos ômega-3, antioxidantes e flavonoides, presentes nos peixes, ovos, leite, queijo, nozes, castanhas, frutas vermelhas, vegetais verdes, chocolate amargo, etc.

2. Praticar atividade física regularmente 

A prática de atividade física regular melhora a circulação sanguínea, a oxigenação e a proteção cerebral, além de reduzir o estresse, a ansiedade, a depressão e o risco de doenças cardiovasculares, metabólicas e inflamatórias, que podem afetar a memória. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), são recomendados pelo menos 150 minutos de exercício moderado por semana, como caminhada, corrida, bicicleta e natação.

3. Ter um sono de qualidade

O sono é fundamental para a consolidação, reorganização e recuperação da memória, além de regular o humor, a atenção, a criatividade e o aprendizado. É recomendado dormir entre 7 e 9 horas por noite, em um ambiente escuro, silencioso, confortável e sem distrações, como celular, televisão e computador.

4. Estimular a mente

Manter a mente ativa e desafiada é essencial para preservar a memória, pois estimula a formação de novas conexões neurais e a prevenção do declínio cognitivo. Para isso, é importante aprender coisas novas, mudar a rotina, ler livros, fazer cursos, tocar instrumentos, falar novos idiomas, jogar jogos de raciocínio lógico, etc.

5. Cultivar relações sociais

Fazer novas amizades, assim como manter contato com familiares, amigos, colegas e vizinhos, promove uma série de benefícios, como a troca de experiências, a empatia e a autoestima, além de reduzir o isolamento, a solidão, o estresse e a depressão, que podem prejudicar a memória.

6. Evitar o consumo de álcool e cigarro

Algumas substâncias, como o álcool, tabaco, drogas ilícitas e até certos medicamentos, podem interferir na formação, retenção e recuperação da memória, além de causar danos cerebrais, dependência e abstinência. Por isso, é recomendado evitar ou moderar o consumo dessas substâncias, e consultar um médico antes de iniciar, suspender ou alterar qualquer medicação.

Quais os tratamentos disponíveis hoje

O tratamento da perda de memória depende da causa, da gravidade e da evolução do problema, e pode envolver diferentes abordagens.

Quando o esquecimento é provocado por uma doença, como estresse ou ansiedade, o uso de medicamentos que tratam a causa subjacente podem ser suficientes para que a memória do paciente retorne ao seu estado normal.

No caso de doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer, além dos medicamentos também podem ser realizadas terapias, que são capazes de estimular, reabilitar, compensar ou adaptar as funções cognitivas, emocionais, comportamentais e sociais do paciente, melhorando a sua qualidade de vida e autonomia. Alguns exemplos são a terapia cognitiva, terapia ocupacional e terapia da música, entre outras.

Além disso, quando a perda de memória está mais acentuada, é possível adotar estratégias que visam organizar informações importantes, como associação, repetição, agenda, alarme ou lista, o que pode facilitar a rotina do paciente e retomar a confiança da memória.

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Por: Dr. Renato Barra / Categoria: Blog

4 de dezembro de 2023

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