A endometriose é uma condição ginecológica crônica que afeta uma em cada dez mulheres no Brasil e causa dor intensa na região pélvica, impactando de forma significativa a qualidade de vida.
A forma mais severa da doença é chamada de endometriose profunda e pode afetar órgãos como intestino e bexiga, o que resulta em sintomas debilitantes e complicações graves. O diagnóstico precoce e preciso da doença é fundamental para o sucesso do tratamento.
Neste artigo, você vai descobrir o que é a endometriose profunda e quais são seus principais sintomas, além de entender a importância do diagnóstico correto e as opções de tratamento disponíveis.
Acompanhe!
O que é a endometriose profunda e como ela se diferencia?
A endometriose profunda é a forma mais severa de endometriose, uma doença que afeta principalmente mulheres em idade reprodutiva e ocorre quando o tecido do revestimento interno do útero, chamado de endométrio, cresce e se desenvolve fora da cavidade uterina.
Normalmente, o endométrio é eliminado de forma natural pelo corpo — por meio da menstruação — após o fim do ciclo menstrual. Contudo, na presença da endometriose, esse processo não ocorre como deveria, o que causa uma inflamação crônica, que pode afetar várias áreas da cavidade pélvica.
No caso da endometriose profunda, a aderência desse tecido que se desenvolve fora do interior do útero atinge estruturas ao redor da bexiga, reto, ovários, trompas e até mesmo da porção final do intestino, ou também podem se conectam à parede abdominal, ao redor do umbigo ou em outros pontos do abdômen inferior.
Diferenças entre endometriose profunda e superficial
A endometriose superficial, também chamada de endometriose peritoneal, apresenta lesões mais leves, que se limitam à superfície dos órgãos. Já na endometriose profunda, como vimos acima, as lesões penetram nas camadas mais internas dos tecidos, causando maiores danos.
Outra diferença importante é a intensidade dos sintomas.
Em muitos casos, mulheres com endometriose superficial podem ser assintomáticas ou apresentar dor leve, enquanto as com a forma profunda geralmente experimentam dor intensa e sintomas gastrointestinais ou urinários, além de um maior impacto na qualidade de vida da paciente.
Principais sintomas da endometriose profunda
Como dissemos anteriormente, os sintomas da endometriose profunda costumam ser mais intensos e são capazes de causar um impacto significativo na vida da paciente. Os principais sintomas da doença são:
Dor intensa na região do útero
Um dos sintomas mais comuns da endometriose profunda é a dor pélvica crônica, que costuma ser centralizada na região inferior do abdômen e na pelve, afetando ambos os lados da região.
Geralmente, a dor se intensifica durante o período menstrual, o que torna simples atividades do dia a dia um grande desafio, desde levantar da cama, andar ou até mesmo trabalhar e se concentrar nas funções rotineiras.
Alterações no fluxo menstrual
Outro sintoma marcante da endometriose profunda é a alteração no fluxo menstrual. Algumas mulheres experimentam sangramento irregular, enquanto outras passam por sangramento entre os períodos ou menstruação extremamente abundante e prolongada.
Em muitos casos, essas alterações vêm acompanhadas por coágulos, o que pode causar ainda mais desconforto. Além disso, o sangramento excessivo pode levar à anemia e ao cansaço extremo, o que agrava ainda mais o impacto da condição na saúde geral da mulher.
Problemas urinários
Quando a endometriose invade a parede da bexiga, podem surgir sintomas urinários, o que inclui dor e dificuldade para urinar, micção frequente e sensação de esvaziamento incompleto da bexiga.
Em casos graves, pode ocorrer a presença de sangue na urina, principalmente durante o ciclo menstrual.
Complicações gastrointestinais
Nos casos em que a endometriose profunda afeta o reto ou o intestino grosso, pode ocorrer sangramento anal, principalmente durante o período menstrual. Esse sintoma costuma ser acompanhado de dor intensa ao evacuar e alteração nos hábitos intestinais.
Dor durante a relação sexual
A dor durante ou após a relação sexual é outro sintoma comum da doença, o que torna a prática dolorosa, desconfortável e afeta a intimidade e o relacionamento do casal. Isso ocorre devido às lesões profundas que afetam ligamentos e estruturas próximas ao útero.
Os sintomas relatados acima não afetam apenas o corpo da mulher, mas também sua saúde mental.
Não são raros os casos de pacientes que relatam fadiga crônica e sintomas de depressão e ansiedade, resultantes da dor constante e da frustração com o diagnóstico tardio ou dificuldades no tratamento.
Além disso, a endometriose profunda pode levar à infertilidade se não tratada adequadamente, visto que a doença pode provocar lesões nas tubas uterinas e nos ovários.
Técnicas de diagnóstico por imagem
O diagnóstico da endometriose profunda é feito por meio de uma extensa avaliação física e ginecológica, que inclui exame de toque, dosagem de marcadores e alguns exames laboratoriais.
Os exames de imagem também desempenham um papel essencial no diagnóstico correto da doença, pois permitem visualizar diferentes órgãos pélvicos com nitidez e riqueza de detalhes.
Uma das técnicas de diagnóstico por imagem mais utilizadas nesses casos é a ultrassonografia transvaginal, um exame simples que utiliza ondas ultrassônicas para captar e analisar imagens dos órgãos internos, como vagina, útero, trompas e ovários.
O procedimento é feito a partir de um aparelho chamado transdutor, que permite identificar lesões em órgãos pélvicos com alta precisão.
Outro exame de imagem muito importante para o diagnóstico da endometriose profunda é a ressonância magnética.
Por meio de campos magnéticos e ondas sonoras, a ressonância é capaz de fornecer imagens altamente detalhadas de tecidos moles, o que torna possível identificar de forma precisa lesões em órgãos como intestinos, bexiga e ligamentos.
Além da ressonância e da ultrassonografia, exames como colonoscopia e cistoscopia podem ser necessários para avaliar o grau de comprometimento do intestino e da bexiga, respectivamente.
Todos esses exames são complementares e, quando utilizados em conjunto, aumentam significativamente a chance de identificar todas as lesões.
Tratamentos para endometriose profunda
Atualmente, existem três tipos de tratamento para a endometriose profunda: terapias medicamentosas, hormonais ou cirurgia. A escolha da melhor opção se dá com base na gravidade dos sintomas, nos órgãos afetados e nos objetivos pessoais da paciente, como alívio da dor ou preservação da fertilidade.
O tratamento medicamentoso é feito com analgésicos e anti-inflamatórios que tem por objetivo controlar a dor causada pela doença. Em casos moderados, esses remédios ajudam a aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida da paciente.
Já as terapias hormonais buscam suprimir a menstruação, reduzir o estímulo ao tecido endometriótico e, consequentemente, o crescimento das lesões.
Geralmente, esse tratamento é feito com anticoncepcionais orais (combinados ou apenas com progestágenos), medicamentos análogos de GNRH (que causam uma menopausa temporária, reduzindo o tamanho das lesões) e DIU com levonorgestrel (que libera hormônios diretamente no útero para aliviar a dor).
Nos casos mais graves, a cirurgia costuma recomendada, especialmente quando a fertilidade está comprometida ou a dor é intratável. O método mais utilizado é a laparoscopia, que permite remover a endometriose de maneira minimamente invasiva.
Em algumas situações, também pode ser necessária a remoção de outros órgãos na região da pélvis que foram afetados pela doença.
A importância do acompanhamento com exames de imagem
Após o tratamento, seja ele medicamentoso, hormonal ou cirúrgico, é essencial manter um acompanhamento regular com o ginecologista para avaliar a eficácia das intervenções e detectar possíveis recidivas, já que a endometriose tem uma taxa alta de recorrência, especialmente em casos de doença avançada.
Nesse sentido, os exames de imagem se mostram ferramentas de extrema importância, pois garantem que quaisquer novas lesões sejam identificadas precocemente.
O IMEB é referência no Centro-Oeste em exames de diagnóstico por imagem, incluindo aqueles utilizados para o diagnóstico e acompanhamento da endometriose profunda, como a ultrassonografia transvaginal e a ressonância magnética.
Nossa preocupação é sempre oferecer as tecnologias mais avançadas e um time de profissionais experientes e qualificados, para que seu exame seja realizado com todo o conforto e segurança.
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