A endometriose é uma condição ginecológica que afeta uma a cada dez mulheres em idade fértil no Brasil, de acordo com estimativas do Ministério da Saúde.
Ainda que seus sintomas possam variar em intensidade, a doença pode impactar profundamente a saúde física, emocional e reprodutiva das pacientes.
Com o avanço dos exames de imagem e maior conscientização sobre o tema, cada vez mais mulheres conseguem obter o diagnóstico e iniciar o tratamento adequado.
Neste artigo, você vai descobrir se a endometriose tem cura, quais são seus sintomas e como os exames de imagem ajudam na sua detecção.
Acompanhe!
O que é a endometriose e como ela afeta o corpo feminino
A endometriose é uma doença ginecológica crônica que ocorre quando o tecido do revestimento interno do útero, chamado de endométrio, cresce e se desenvolve fora da cavidade uterina.
Esse processo causa uma inflamação que pode afetar diferentes órgãos da pelve, como ovários, trompas, intestino, bexiga e até o diafragma.
Durante o ciclo menstrual, esse tecido “fora do lugar” reage aos hormônios da mesma forma que o endométrio do útero: ele se espessa, quebra e sangra.
No entanto, ao contrário do que acontece na menstruação, esse sangue não tem para onde sair, o que gera inflamação, aderências (tecidos grudados entre si), dor intensa e, em casos mais graves, até infertilidade.
Essa condição não afeta apenas o aspecto físico da mulher. Muitas pacientes relatam limitações no trabalho, na vida social e em seus relacionamentos íntimos, além de sintomas como cansaço constante, sensação de inchaço e alteração no humor.
Psicologicamente, o impacto também é sentido, com casos de ansiedade, depressão e frustração, especialmente quando há dificuldade para engravidar.
Afinal, endometriose tem cura? Entendendo o que dizem os especialistas
Apesar dos muitos avanços na medicina moderna, a endometriose ainda não tem cura definitiva. Porém, isso não significa que as mulheres precisam conviver com dor ou outros sintomas de forma contínua.
O que a ciência e os especialistas afirmam com segurança é que existe tratamento eficaz para o controle da doença, capaz de proporcionar grande alívio e melhora na qualidade de vida da mulher.
Os tratamentos variam conforme o grau da doença, os sintomas e o desejo da paciente de engravidar ou não. Algumas opções incluem:
- Tratamentos hormonais, por meio de medicamentos que reduzem ou bloqueiam os hormônios que estimulam o crescimento do tecido endometrial, como pílulas anticoncepcionais, análogos do GnRH e DIUs hormonais.
- Cirurgia, que é indicada em casos mais graves e visa remover as lesões visíveis da endometriose, desobstruir órgãos comprometidos e aliviar as dores.
- Mudanças no estilo de vida, como alimentação equilibrada e atividades físicas regulares, e acompanhamento psicológico fazem parte do controle multidisciplinar da doença.
Dessa forma, ainda que a endometriose não possa ser “curada” de forma definitiva, ela pode ser gerenciada com sucesso, proporcionando bem-estar e até a realização do sonho da maternidade, quando esse é o desejo da mulher.

Sintomas mais comuns e quando suspeitar da condição
A endometriose pode se manifestar de várias formas, o que muitas vezes dificulta o diagnóstico, já que os sintomas costumam ser confundidos com cólicas menstruais normais ou problemas intestinais.
Em alguns casos, os sinais da doença são leves. Já em outros, são extremamente intensos. Entre os principais sintomas, estão:
- Dor pélvica crônica, que pode se intensificar durante o período menstrual;
- Cólica menstrual intensa e incapacitante, que não melhora com analgésicos comuns;
- Dor durante a relação sexual (dispareunia);
- Dificuldade para engravidar (infertilidade);
- Alterações intestinais ou urinárias, como dor ao evacuar, constipação, diarreia, sangramento nas fezes ou na urina, especialmente durante a menstruação;
- Fadiga constante, sensação de inchaço abdominal e desconforto.
É importante ressaltar que a intensidade da dor não está necessariamente relacionada ao tamanho das lesões. Ou seja, mesmo mulheres com poucos focos podem sentir muita dor.
Por isso, ao perceber esses sinais, é fundamental buscar ajuda médica para avaliar a possibilidade de endometriose e realizar os exames necessários.
O papel dos exames de imagem no diagnóstico da endometriose
O diagnóstico da endometriose envolve a análise clínica dos sintomas, o histórico da paciente e exames de imagem que ajudam a visualizar as lesões provocadas pela doença.
Entre os principais exames, dois se destacam:
Ultrassonografia transvaginal com preparo intestinal
Esse exame é uma versão mais detalhada da ultrassonografia tradicional. Com o preparo intestinal (geralmente feito com laxantes ou dieta específica no dia anterior), é possível obter imagens mais nítidas da pelve, o que permite visualizar lesões profundas, principalmente aquelas que afetam o intestino e outras estruturas fora do útero.
Ressonância magnética da pelve
A ressonância é considerada um exame de alta precisão na identificação de lesões endometrióticas profundas, pois permite uma visão ampla da pelve, detectando alterações nos ovários, intestino, ligamentos e bexiga. O exame é especialmente útil em casos mais complexos, quando se planeja uma cirurgia ou quando outros exames não são conclusivos.
Tanto a ressonância quanto a ultrassonografia são exames de imagem não invasivos e fundamentais para mapear a extensão da doença, orientar o tratamento e acompanhar a evolução do quadro clínico da paciente.
A importância do diagnóstico precoce para a qualidade de vida
O tempo entre o início dos sintomas e o diagnóstico da endometriose pode ser longo, e durante esse período a mulher sofre não apenas com os sintomas físicos, mas também com a insegurança, a falta de respostas e o impacto emocional da condição.
Por isso, o diagnóstico precoce é essencial. Quanto antes a doença for identificada, maiores as chances de controlar os sintomas, preservar a fertilidade e evitar complicações mais graves, como aderências e lesões intestinais que em certos casos necessitam de cirurgias emergenciais.
Além disso, o acompanhamento contínuo permite que os tratamentos sejam ajustados conforme a evolução do quadro, melhorando de forma significativa a qualidade de vida da paciente.
Por isso, estar atenta aos sinais do corpo e buscar auxílio médico diante de sintomas persistentes é o primeiro passo para uma conduta terapêutica eficaz.
Como o IMEB pode auxiliar na investigação da endometriose
Diante da complexidade da endometriose e da necessidade de exames específicos e detalhados, contar com uma clínica especializada faz toda a diferença.
O IMEB (Imagens Médicas de Brasília) é referência em exames de imagem de alta precisão por reunir tecnologia de ponta, equipe experiente e protocolos voltados exclusivamente para o diagnóstico de endometriose profunda.
Entre os principais diferenciais do IMEB, podemos destacar:
- Equipamentos modernos e de última geração, que garantem imagens nítidas e detalhadas, essenciais para a detecção de lesões profundas;
- Equipe médica altamente qualificada, composta por radiologistas especializados em imagem da mulher;
- Protocolos específicos de preparo para exames voltados ao diagnóstico da endometriose, como a ultrassonografía pélvica, que aumentam muito a taxa de detecção da doença;
- Atendimento humanizado, com foco no acolhimento e no conforto da paciente, o que é especialmente importante em casos sensíveis como esse;
- Agilidade na entrega dos laudos, o que facilita a continuidade do tratamento com o ginecologista ou especialista.
No IMEB, você encontra uma abordagem completa, precisa e empática para investigar a endometriose com confiança e segurança.
Se você ou alguém próximo apresenta sintomas suspeitos, agendar um exame pode ser o primeiro passo para retomar o bem-estar e a qualidade de vida!