Ter uma doença diagnosticada ainda em seu início é fundamental para a melhora da qualidade de vida do paciente, além de aumentar consideravelmente suas chances de cura.
Para isso, os exames preventivos desempenham um papel de extrema importância, pois permitem a detecção precoce de diversas doenças, antes mesmo de surgir qualquer sintoma físico.
Neste artigo, você vai descobrir qual a importância dos exames preventivos, quando é necessário realizá-los (de acordo com faixa etária) e quais fatores determinam a frequência dos procedimentos.
Acompanhe!
A importância dos exames preventivos para a saúde
A realização de exames preventivos é uma das estratégias mais eficazes para garantir mais qualidade de vida e saúde para pacientes de todas as idades.
Isso porque, os exames preventivos desempenham um papel essencial no diagnóstico precoce de inúmeras doenças, muitas vezes antes do surgimento de qualquer sintoma físico, o que é especialmente relevante em casos de condições graves, como câncer, problemas cardiovasculares e diabetes, onde a detecção inicial pode salvar vidas.
O câncer de mama é um dos exemplos mais notáveis nesse sentido, pois exames como a mamografia são capazes de identificar tumores ainda em estágios iniciais, quando as taxas de cura podem ultrapassar 90%.
Da mesma forma, o exame de Papanicolau consegue detectar alterações celulares precursoras do câncer de colo do útero, o que permite iniciar o tratamento antes do desenvolvimento do tumor.
Além disso, exames de sangue rotineiros podem detectar níveis elevados de colesterol ou glicose, que são indicadores de risco para infartos, derrames e diabetes, possibilitando intervenções preventivas.
Doenças silenciosas, como hipertensão e insuficiência renal, também são diagnosticadas em estágios iniciais por meio de exames preventivos simples, como aferição da pressão arterial e análise de creatinina.
O diagnóstico precoce por meio de exames preventivos também oferece uma melhor perspectiva de tratamento, uma vez que as intervenções iniciais geralmente são menos invasivas, têm menos efeitos colaterais e maior eficácia.
Quais exames preventivos são essenciais?
Veja alguns dos exames preventivos mais importantes de acordo com a faixa etária:
Exames para bebês, crianças e adolescentes
Desde o nascimento, as crianças devem passar por avaliações regulares para monitorar o crescimento e o desenvolvimento. Entre os exames essenciais estão:
Teste do pezinho
O teste do pezinho é obrigatório e deve ser realizado entre o 3° e o 5° dia de vida do bebê para identificar doenças genéticas e metabólicas, como fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito e anemia falciforme, entre outras.
Teste da orelhinha e olhinho
Esses testes devem ser realizados, preferencialmente, entre 24 e 48 horas após o nascimento e têm o objetivo de identificar alterações auditivas e possíveis problemas de visão no bebê.
É importante lembrar que exames de vista e auditivos também devem ser realizados em crianças maiores, afinal, muitas não conseguem relatar dificuldades nessas áreas.
Exames de sangue
Alguns exames de sangue são fundamentais para a prevenção de diversas doenças na infância, como colesterol (exame de perfil lipídico), diabetes (exame de glicemia) e anemia (dosagem de ferro sérico e de ferritina).
Exames de fezes e urina
A análise de fezes e urina de crianças é fundamental para investigar a presença de bactérias, infecções, parasitas e protozoários.
Exames para adultos (20-59 anos)
Nesta faixa etária, o foco é a prevenção e a identificação precoce de fatores de risco, como colesterol alto e hipertensão, assim como o rastreamento de câncer e possíveis doenças crônicas. Alguns exames importantes são:
Mamografia
A mamografia é o principal exame para rastreio e diagnóstico do câncer de mama, condição que se torna bem mais frequente nas mulheres a partir dos 50 anos. Com o diagnóstico precoce, as chances de cura da doença chegam a 90%.
Papanicolau
O papanicolau é um exame essencial para a prevenção do câncer de colo do útero, assim como lesões que podem indicar a presença do papilomavírus humano (HPV).
Exames de próstata
O câncer de próstata é o segundo tipo que mais mata homens no mundo, e o exame para diagnóstico da doença é feito através do toque retal – exame rápido e indolor – e também o PSA, exame de sangue fundamental para detectar precocemente o risco de desenvolver a doença.
Colonoscopia
O exame de colonoscopia tem o intuito de detectar o câncer do intestino e do reto, com o objetivo de identificar sinais na parede intestinal que denunciem alguma irregularidade, como verrugas (que podem ser pré-cancerosas), tumores, doença inflamatória intestinal e outras patologias que afetam a região.
Exames cardiovasculares
Exames cardiovasculares devem fazer parte do check-up preventivo de homens e mulheres após os 40 anos de idade. Entre os mais comuns, estão o eletrocardiograma, o ecocardiograma, a aferição da pressão arterial, os testes ergométricos de esforço, entre outros.
Exames para idosos (60 anos ou mais)
Os idosos necessitam de um acompanhamento mais detalhado para evitar complicações de saúde. Os exames mais importantes nessa faixa etária são:
Densitometria óssea
A densitometria óssea é um exame de imagem utilizado para medir a densidade óssea, ou seja, a resistência e a composição dos ossos, a fim de diagnosticar quadros de osteopenia (perda óssea inicial) e de osteoporose (processo mais avançado), que comprometem a resistência dos ossos e os torna mais propensos a fraturas.
Radiografia de tórax
Este exame é indicado para avaliação da saúde pulmonar, em especial para pacientes que são ou já foram fumantes ao longo da vida. Além de detectar a presença de câncer de pulmão – um tipo bastante agressivo da doença – o exame também pode diagnosticar pneumonias que, em pacientes idosos, costumam ser mais frequentes e mais graves.
Hemograma completo e TSH
O hemograma completo tem a função de avaliar a quantidade e a qualidade das hemácias (ou glóbulos vermelhos), leucócitos (ou glóbulos brancos) e plaquetas, a fim de detectar anemias, infecções, doenças autoimunes, alergias e até mesmo alguns tipos de câncer, como a leucemia.
Já o TSH avalia a quantidade do hormônio tireoestimulante, que é produzido pela hipófise e influencia o funcionamento da tireoide. Com ele, é possível diagnosticar problemas como hipertireoidismo ou hipotireidismo.
Fatores que determinam a frequência dos exames preventivos
Nem todos precisam realizar seus exames preventivos na mesma frequência. Certos fatores pessoais e familiares determinam as necessidades de cada pessoa, como:
Idade
A idade é um dos principais fatores que determinam a frequência dos exames preventivos. Crianças e idosos, por exemplo, precisam de acompanhamento mais regular devido à vulnerabilidade em suas respectivas fases da vida.
Além disso, alguns exames são recomendados de acordo com a idade do paciente. A mamografia, por exemplo, é indicada para todas as mulheres a partir dos 40 anos, segundo a Sociedade Brasileira de Mastologia.
Já os exames de próstata devem ser feitos por todos os homens a partir dos 50 anos, assim como a colonoscopia. Exames cardiovasculares femininos são indicados também aos 50. Para o sexo masculino, a avaliação do coração deve se iniciar aos 40 anos.
Histórico familiar
Pessoas com histórico familiar de doenças, na maioria das vezes, precisam iniciar a realização de exames preventivos ainda mais cedo.
Quem teve quadros de câncer de mama na família deve iniciar o rastreamento por volta dos 35 anos. No caso do câncer de próstata, a idade diminui para 40 anos.
Estilo de vida
Alguns exames também são recomendados conforme o estilo de vida da pessoa. É o caso das avaliações cardiovasculares, que devem começar a partir dos 30 anos para pacientes com obesidade, hipertensão, colesterol alto e diabetes. Assim como o exame de papanicolau, que deve ser realizado anualmente por mulheres com vida sexual ativa.
Como os exames de imagem contribuem para o diagnóstico precoce
Como vimos anteriormente, detectar doenças de forma precoce é uma das medidas mais importantes para salvar vidas e garantir um tratamento eficaz para o paciente. E os exames de imagem desempenham um papel fundamental nesse processo.
Isso porque, procedimentos como tomografia computadorizada, ressonância magnética ou ultrassonografia, permitem identificar alterações estruturais e funcionais no interior do corpo, antes mesmo que os sintomas clínicos se manifestem.
Ao capturar imagens detalhadas de órgãos e tecidos, os exames de imagem possibilitam a identificação de pequenas alterações que muitas vezes passam despercebidas em exames físicos ou laboratoriais rotineiros.
É o caso do câncer de pulmão, que muitas vezes é assintomático em seus estágios iniciais, ou o câncer de mama, que em alguns casos possui nódulos muito pequenos que não são palpáveis durante outros tipos de exame.
Além de diversos tipos de câncer, os exames de imagem também são essenciais no diagnóstico precoce de aneurismas, infarto, acidente vascular cerebral (AVC), insuficiência cardíaca e hepática, entre outras doenças.
As diferentes técnicas de imagem também são úteis no monitoramento contínuo de pacientes com histórico de doenças graves ou condições crônicas, pois permitem aos médicos avaliar a progressão de uma patologia e ajustar os tratamentos conforme necessário.
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