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Por: Dr. Renato Barra

Idade cardíaca da população pode estar até 10 anos mais velha do que deveria

Pesquisa revelou que um a cada cinco homens com 50 anos apresenta condições cardíacas semelhantes a de uma pessoa de 60 anos

Os 50 são os novos 60. Essa é a revelação de um estudo que demonstra que a meia-idade pode ter chegado com muito mais “força” para algumas pessoas. Um estilo de vida baseado pela falta de exercícios físicos e uma dieta balanceada durante metade de um século provocou um envelhecimento precoce da idade cardíaca que está preocupando os médicos.

Segundo uma pesquisa feita pelo Public Health England, que levantou dados de cidadãos britânicos, a cada cinco homens de 50 anos, um apresenta uma idade cardíaca de alguém uma década mais velho.

A análise concluiu que 18% dos homens e 14% das mulheres nessa faixa etária têm o envelhecimento dos corações dez anos mais rápido do que deveriam ter. A avaliação conclui que as elevadas taxas de obesidade, dietas pobres e falta de exercício estão afetando a saúde cardiovascular da população do Reino Unido.

A notícia deve ser encarada com seriedade, já que é a partir dessa idade que a saúde cardíaca sofre uma mudança súbita, aumentando dramaticamente os riscos de ataques cardíacos, acidentes vasculares cerebrais ( AVC ) ou até mesmo parada cardíaca.

Mas não são apenas os mais velhos que devem se preocupar. O estudo, baseado em testes on-line que questionou as pessoas sobre seu peso, altura e estilo de vida realizados em 1,2 milhões de pessoas com mais de 30 anos na Inglaterra, também mostrou que 83% dos homens e 73% das mulheres apresentaram envelhecimento prematuro dos corações.

Todos os meses, mais de 7 mil pessoas na Inglaterra morrem por doença cardíaca ou AVC. Um quarto das mortes acomete pessoas com menos de 75 anos – e a maioria delas poderia ser prevenida.

Problemas

Ter uma idade alta do coração é um marcador preciso para indicar que alguém tem maiores chances de desenvolver outras doenças. Para a literatura médica, esse diagnóstico pode estar associado a um risco aumentado de demência, ataque cardíaco, AVC, doença renal crônica e diabetes.

Por outro lado, fazer mudanças simples, como se ajustar ou melhorar a dieta, pode reduzir esses perigos.

Um dos responsáveis pelo estudo, Jamie Waterall, do departamento de prevenção de doenças cardiovasculares na Public Health England, afirma que é preciso ter cuidado com a saúde independente da idade. “Devemos todos trabalhar para que nossa idade do coração seja a mesma da nossa idade real”, ressaltou.

O professor John Deanfield, que é um consultor sênior da Public Health England e liderou o desenvolvimento do teste acredita que “trata-se de convencer as pessoas de que a saúde do coração realmente importa, e que se elas tomarem medidas no início da vida e sustentarem isso, elas terão um grande benefício vitalício sobre o risco futuro de doença cardíaca “.

A doença cardiovascular, que causa ataques cardíacos e derrames cerebrais, é a principal causa de morte entre os homens e a segunda maior causa de morte em mulheres.

O Heart Age Test, que foi utilizado para este levantamento da idade cardíaca, está disponível nos sites da Public Health England e British Heart Foundation desde fevereiro de 2015.

Fonte: Saúde – iG 

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