A inflamação no intestino é uma condição associada a várias doenças que comprometem o bom funcionamento do sistema digestivo e podem levar a complicações sérias se não tratadas adequadamente.
De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 10 milhões de pessoas em todo o mundo convivem com esse problema, que não tem cura mas pode ser controlado.
Neste artigo, você vai entender o que é a inflamação no intestino e quais são as doenças que causam esse problema, além de descobrir os métodos mais eficazes de diagnóstico e tratamento da condição.
O que é inflamação intestinal?
A inflamação intestinal, conhecida pelo termo técnico Doenças Inflamatórias Intestinais (DII), refere-se a um conjunto de doenças crônicas que afetam o trato gastrointestinal, especialmente o cólon (intestino grosso) e o reto.
Normalmente, o problema ocorre devido a uma resposta exagerada do sistema imunológico, que ataca as células do intestino ao tentar combater o que considera uma ameaça, como algum tipo de irritação ou dano ao revestimento do órgão.
Ainda não se sabe exatamente quais as causas da DII, mas acredita-se que a inflamação está relacionada a fatores genéticos – já que pessoas com histórico familiar da doença possuem maior predisposição para desenvolvê-las – e alterações na microbiota intestinal, como resultado de dietas baseada em alimentos ultraprocessados, com muitos conservantes e aditivos químicos.
Em geral, a inflamação no intestino surge com mais frequência entre o final da adolescência e o início da vida adulta, assim como a partir dos 50 anos.
Os principais tipos de doenças inflamatórias intestinais são a doença de Crohn e a colite ulcerativa:
Doença de Crohn
A doença de Crohn é caracterizada por afetar qualquer parte do trato gastrointestinal, desde a boca até o ânus.
No entanto, é mais comum no cólon e íleo (parte final do intestino delgado). Além disso, a inflamação pode ocorrer em diferentes camadas da parede intestinal, resultando em estenoses (estreitamento) e fístulas (perfurações) em toda região.
Colite ulcerativa
Ao contrário da doença de Crohn, a colite ulcerativa afeta exclusivamente o cólon (intestino grosso) e o reto.
A inflamação ocorre apenas na mucosa, que é a camada mais superficial da parede intestinal, causando úlceras e erosões. Essa condição é caracterizada por surtos de atividade da doença, seguidos de períodos de remissão.
Principais sintomas e sinais de alerta
A inflamação intestinal pode se manifestar por meio de diferentes sintomas, dependendo da gravidade e da localização do problema.
Reconhecer esses sinais de forma precoce é fundamental para que o tratamento seja iniciado rapidamente, e assim evitar complicações graves, como hemorragias, perfurações ou obstruções intestinais.
Os principais sintomas e sinais de alerta para inflamações intestinais são:
Dor abdominal
A dor abdominal é um dos sintomas mais comuns da inflamação intestinal. Ela pode variar de leve a intensa e geralmente está associada à região onde ocorre a inflamação.
Na doença de Crohn, por exemplo, a dor tende a se concentrar na parte inferior direita do abdômen, onde o intestino delgado encontra o intestino grosso. Já na colite ulcerativa, a dor pode ser mais difusa ou localizada na parte inferior esquerda do abdômen, onde está o cólon.
Diarreia crônica
Outro sintoma comum é a diarreia crônica. A inflamação no revestimento do intestino interfere na absorção de líquidos, o que leva a evacuações frequentes e líquidas. Em casos graves, pode haver a presença de sangue e muco nas fezes, o que indica a presença de úlceras no trato intestinal.
Perda de peso, fadiga e febre
A inflamação intestinal também pode provocar perda de peso significativa e fadiga, já que a absorção de nutrientes fica comprometida pois o corpo não consegue processar os alimentos adequadamente. Esse sintoma é um alerta importante, especialmente quando ocorre de forma rápida e sem causa aparente.
Além disso, a inflamação crônica exige muita energia do corpo, o que contribui para a sensação de cansaço extremo. A febre também é um sintoma comum do problema.
É importante ressaltar que os sintomas da inflamação intestinal, em muitos casos, podem ser semelhantes aos do câncer de intestino, já que dor abdominal, perda de peso e sangue nas fezes são comuns a ambas as condições.
A distinção clara entre inflamação e câncer intestinal exige um diagnóstico cuidadoso, geralmente feito por meio de exames de imagem e biópsias.
Exames de imagem para diagnóstico
Os exames de imagem desempenham um papel fundamental no diagnóstico preciso da inflamação no intestino, pois permitem uma visualização detalhada do trato gastrointestinal e ajudam a identificar áreas de inflamação, ulcerações, estreitamentos e outras alterações estruturais.
Entre os exames de imagem mais utilizados para o diagnóstico de inflamações intestinais, estão:
Tomografia computadorizada
A tomografia computadorizada é um exame de imagem que utiliza raios X para criar imagens tridimensionais do corpo. No caso da inflamação intestinal, o procedimento é útil para avaliar a extensão do problema e detectar complicações como abscessos, fístulas ou obstruções intestinais.
Enterorressonância magnética
A enterorressonância, também chamada de Enterografia por Ressonância Magnética (ERM), é um exame moderno usado para visualizar o intestino delgado, principal órgão afetado pela doença de Crohn. Por não fazer uso de radiação, a ERM é uma opção mais segura para o monitoramento contínuo da doença.
Colonografia por imagem
A colonografia por imagem é um método não invasivo para visualizar o interior do cólon e detectar inflamações, pólipos e outras anormalidades na região. As imagens fornecidas por este exame ajudam a diagnosticar e monitorar inflamações intestinais, especialmente quando localizadas no intestino grosso.
Tratamentos disponíveis para inflamações intestinais
O tratamento para inflamação intestinal costuma ser feito pelo gastroenterologista, e o plano terapêutico adotado varia de acordo com a gravidade da doença e a resposta do paciente às diferentes terapias.
Geralmente, os medicamentos são o primeiro passo para tratar inflamações no intestino.
Os mais utilizados são anti-inflamatórios e corticosteroides, que ajudam a reduzir a inflamação no trato intestinal, assim como imunossupressores e imunológicos, que são utilizados para reduzir a atividade do sistema imunológico, prevenindo que ele ataque o próprio intestino.
Como as doenças inflamatórias intestinais são crônicas, ou seja, não têm cura, o uso desses medicamentos é contínuo, uma vez que o tratamento visa controlar a condição.
Os médicos também recomendam a adoção de uma dieta específica, a fim de evitar o consumo de alimentos de difícil digestão ou que contribuam para o aumento da inflamação.
Em casos graves, onde os medicamentos não são capazes de controlar a inflamação ou existem perfurações/obstruções intestinais, a cirurgia pode ser necessária.
O acompanhamento com exames de imagem ajuda a determinar o momento adequado para a cirurgia e a avaliar a eficácia do procedimento.
Monitoramento contínuo e acompanhamento médico
O tratamento da inflamação intestinal não termina com a prescrição de medicamentos ou a realização de cirurgias.
É fundamental um monitoramento contínuo da condição através de exames de imagem regulares e consultas médicas para garantir que o plano terapêutico está surtindo o efeito esperado e prevenir complicações.
Exames como colonoscopia, tomografia e enteroressonância são essenciais para monitorar a atividade da doença ao longo do tempo, e permitem identificar precocemente qualquer complicação, como estenoses (estreitamentos).
O monitoramento constante também ajuda a prevenir eventos adversos graves, como obstruções intestinais, perfurações e câncer de cólon, que têm maior risco de ocorrer em pacientes com inflamação intestinal crônica.
O acompanhamento médico contínuo e a adesão ao tratamento são fundamentais para uma gestão eficaz da doença.
Como o diagnóstico por imagem melhora o prognóstico
O diagnóstico precoce e preciso da inflamação intestinal, especialmente por meio de exames de imagem avançados, é fundamental para um tratamento eficaz e uma melhor qualidade de vida para o paciente.
A capacidade de visualizar o intestino com detalhes permite que os médicos tomem decisões informadas sobre o tratamento, o que reduz a probabilidade de complicações graves e melhora o prognóstico a longo prazo.
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