Desinformação, má interpretação de fatos e generalização de um caso isolado acabam por fazer com que falsas crenças tornem-se verdade. Os estigmas que cercam algumas doenças devem ser desmitificados. Confira algumas dúvidas comuns sobre a saúde masculina:
O câncer de próstata sempre provoca sintomas.
Mito – Na fase inicial, o câncer de próstata não apresenta sintomas. Por isso, a importância dos exames preventivos. Quando o tumor está localizado somente na próstata, o paciente não sente nada. Os sintomas só aparecem quando a doença está em estágio avançado, comprometendo outros órgãos, por exemplo, os ossos, ou sintomas locais, como sangramento pela uretra.
A única doença na próstata é o câncer.
Mito – O câncer é a doença mais frequente na próstata, mas não é a única. Existem outras doenças, como a prostatite, que é a inflamação da próstata e tem como sintomas: febre, ardência e maior frequência urinária. O tratamento é clínico e à base de antibióticos.
A hiperplasia benigna da próstata provoca câncer.
Mito – A hiperplasia é o crescimento benigno da próstata e ocorre em cerca de 70% dos homens com 60 anos ou mais, e em 30% deles exige tratamento com medicamentos ou mesmo cirurgia. Os sintomas da hiperplasia benigna de próstata são jato fino e fraco, aumento da frequência e da urgência para urinar e até mesmo a retenção urinária. Outras complicações podem ser observadas, como cálculos na bexiga, infecções urinárias e perda de sangue pela urina. Enquanto não ocorrerem complicações a doença pode ser tratada com medicamentos que relaxam a próstata e facilitam o ato de urinar. Outros tratamentos podem diminuir o tamanho da próstata. Nos casos em que não respondem ao tratamento clínico ou que evoluem com complicações poderá haver necessidade de cirurgia aberta ou por via endoscópica.
Apenas o Exame de PSA é necessário para verificar se há algum problema na próstata.
Mito – De cada 10 cânceres de próstata, 4 têm valores de PSA considerados normais. Portanto, a dosagem de PSA no sangue não é definitiva para o diagnóstico do câncer e o exame de toque retal é imprescindível.
O câncer de testículo só acomete homens mais velhos.
Mito – O câncer de testículo atinge principalmente homens em idade reprodutiva (jovens e adultos entre 15 e 50 anos). Sua incidência é de 3 a 5 casos para cada grupo de 100 mil indivíduos. Dentre os tumores malignos do homem, 5% ocorrem nos testículos. Quando comparado com outros cânceres que se apresentam no homem, como o de próstata, o de testículo apresenta baixo índice de mortalidade. O fato de ter maior incidência em pessoas jovens e sexualmente ativas possibilita a chance de ser mascarado ou confundido com inflamações dos testículos e dos epidídimos, geralmente contraídas por transmissão sexual.
Todos os homens podem ter disfunção erétil.
Relativo – Segundo dados da Sociedade Brasileira de Urologia, aproximadamente 50% dos homens adultos com mais de 40 anos têm alguma queixa em relação às suas ereções. Estima-se também que 50 a 70% dos casos de impotência ocorrem devido a fatores psicogênicos.
Um dos principais fatores de risco para o câncer de pênis é a prática sexual com diferentes parceiras sem o uso de camisinha.
Verdade – Segundo o Instituto Nacional do Câncer, a utilização do preservativo é imprescindível em qualquer relação sexual, pois diminui a chance de transmissão de DSTs, como, por exemplo, o vírus HPV (papiloma vírus humano). Alguns estudos científicos sugerem a associação entre infecção pelo HPV e câncer de pênis.
Para prevenir o câncer de pênis é necessária a limpeza diária com água e sabão, principalmente após as relações sexuais e masturbação. É fundamental ensinar aos meninos desde cedo os hábitos de higiene íntima, que devem ser praticados todos os dias. A cirurgia de fimose também ajuda na prevenção. A circuncisão é normalmente realizada na infância. Tanto o homem circuncidado como o não circuncidado reduzem as chances de desenvolver este tipo de câncer com bons hábitos de higiene.
FONTE: https://www.oncoguia.org.br