A medicina nuclear tem se consolidado como um campo essencial no diagnóstico precoce e tratamento de diversas doenças, principalmente as de natureza oncológica, cardíaca e neurológica.
Dentro dessa área, os radiofármacos desempenham um papel muito importante, pois combinam substâncias radioativas com medicamentos para alcançar com precisão órgãos e tecidos afetados por diferentes patologias.
Neste artigo, você vai entender o que são os radiofármacos, como funcionam no corpo humano e de que forma ajudam no tratamento de doenças.
Acompanhe!
Definição de radiofármacos
Os radiofármacos são compostos químicos que combinam elementos radioativos com medicamentos para realizar exames diagnósticos, tratamentos terapêuticos e auxiliar em procedimentos cirúrgicos.
Utilizados principalmente na medicina nuclear, os radiofármacos permitem analisar a função de órgãos e tecidos, assim como processos fisiológicos e metabólicos do corpo, por meio de exames de imagem.
Isso significa que é possível avaliar como determinado órgão ou região está funcionando, e não apenas uma imagem estática da área.
Entre esses exames, estão a Tomografia por Emissão de Pósitrons combinada com Tomografia Computadorizada (PET/CT), a Cintilografia e Tomografia Computadorizada por Emissão de Fótons (SPECT), que fornecem uma visualização detalhada do corpo.
Com isso, ajudam médicos a identificar anomalias ainda em seus estágios iniciais, como tumores, doenças cardíacas e neurológicas, antes mesmo que causem alterações anatômicas detectáveis por outros tipos de exames.
Da mesma forma, os radiofármacos também são muito utilizados para o tratamento de doenças de forma direcionada, liberando radiação diretamente no local da patologia, especialmente em casos de câncer, com o objetivo de destruir células doentes sem afetar o tecido saudável.
Como os radiofármacos funcionam no organismo?
Os radiofármacos funcionam de maneira bastante singular no corpo humano, pois apresentam afinidades químicas com determinados tecidos do corpo humano e são projetados para interagir com receptores ou processos biológicos presentes em certos órgãos ou tipos de células.
Após ser administrado no paciente, geralmente por via intravenosa, oral, intracavitária (diretamente na região afetada) ou inalação, os radiofármacos transportam elementos radioativos para o órgão ou tecido a ser diagnosticado ou tratado.
Isso acontece porque quando um tecido do corpo é afetado por determinadas doenças, como o câncer, sua atividade metabólica aumenta, fazendo com que essa estrutura absorva mais (ou menos) de um radiofármaco do que um tecido normal.
Por meio de câmeras especiais, é feita a coleta do padrão de radioatividade do organismo. Essas câmeras criam, então, imagens que identificam o caminho que o radiofármaco percorreu e o local onde se acumula. Isso possibilita a visualização de processos internos que, de outra forma, seriam invisíveis.
No caso do uso terapêutico, os radiofármacos são capazes de se dirigir até o local do tumor, identificar especificamente as células defeituosas e emitir partículas alfa ou beta, que liberam uma quantidade maior de energia na tentativa de destruí-las.
A grande vantagem desse tipo de abordagem é que, ao se identificar com mais precisão as células tumorais, é possível preservar muito mais as células saudáveis do paciente, trazendo menos efeitos colaterais para ele.
Principais radiofármacos utilizados no diagnóstico
Como dissemos anteriormente, os radiofármacos para diagnósticos são empregados em diferentes exames de imagem, como o PET/CT e a cintilografia.
Alguns dos compostos mais utilizados para diagnosticar doenças em estágio inicial são:
FDG (Fluordesoxiglicose)
Um dos radiofármacos mais utilizados na medicina nuclear, especialmente em exames de PET/CT.
O FDG é um análogo de glicose marcado com flúor-18, que se acumula em células defeituosas que têm metabolismo elevado e consomem mais glicose do que as células normais, como é o caso das células cancerígenas.
Por isso, o FDG é extremamente útil na detecção precoce de tumores malignos, além de também ser utilizado no campo da neurologia, a fim de diagnosticar e monitorar distúrbios como o Alzheimer, epilepsia e Parkinson.
Tecnécio-99m
O Tecnécio-99m é o radiofármaco mais utilizado em diferentes exames de cintilografia, como cintilografias ósseas, cardíacas e renais.
Com ele, é possível detectar metástases nos ossos, avaliar a função renal e também a perfusão miocárdica, o que permite diagnosticar infecções ou tumores nos rins, isquemia cardíaca e infartos, entre outros.
Carbono-11 e Índio-111
O Carbono-11 e o Índio-111 também são radiofármacos utilizados em diagnósticos específicos.
Enquanto o Carbono-11 é empregado em estudos de PET para detecção de condições neurológicas, como Alzheimer, o Índio-111 é utilizado na cintilografia para detectar infecções e tumores neuroendócrinos, assim como para avaliar o sistema imunológico.
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Uso terapêutico dos radiofármacos
Os radiofármacos também são aplicados para o tratamento de diversas condições médicas, especialmente câncer e doenças autoimunes.
A radiação emitida pelo elemento atinge diretamente as células-alvo com o objetivo de destruí-las. Por isso, é considerada uma forma de terapia direcionada.
Alguns dos compostos mais comuns destinados à essa finalidade são:
Iodo-131
O Iodo-131 é um radiofármaco terapêutico utilizado principalmente no tratamento de câncer de tireoide e hipertireoidismo.
Ele é absorvido pelas regiões tireoidianas, onde a radiação beta emitida destrói as células doentes. Já a emissão de radiação gama permite monitorar a distribuição do fármaco no corpo, garantindo que a dose terapêutica atinja as células-alvo.
Lutécio-177
O Lutécio-177 é um radiofármaco utilizado no tratamento de certos tipos de câncer, como os tumores neuroendócrinos e o câncer de próstata metastático.
Ele emite radiação beta, que é capaz de destruir células cancerígenas com precisão. Devido à sua eficácia, o Lutécio-177 tem se tornado uma ferramenta essencial no combate a tumores difíceis de tratar.
Estrôncio-89 e Samário-153
Tanto o Estrôncio-89 quanto o Samário-153 são utilizados no tratamento de metástases ósseas, uma condição comum em pacientes com câncer avançado.
Ao se acumularem nos ossos, esses radiofármacos liberam radiação diretamente nas áreas afetadas, ajudando a aliviar a dor e controlar o avanço das metástases. São especialmente eficazes em pacientes com câncer de próstata e mama.
Segurança e avanços no uso de radiofármacos
Apesar do uso de substâncias radioativas, os radiofármacos são empregados de forma controlada, sendo utilizada apenas a dose necessária para análise médica ou tratamento.
Dessa forma, o uso de radiação se mantém sempre dentro das taxas consideradas seguras e não nocivas para o corpo humano, que foram estabelecidas pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN).
Além disso, a maioria dos radiofármacos tem uma meia-vida curta, o que significa que sua radioatividade decai rapidamente e é liberada com facilidade pelo próprio organismo, de forma natural, não permanecendo no corpo por muito tempo.
Também é importante ressaltar que todos os procedimentos envolvidos com radiofármacos são rigidamente monitorados por profissionais especializados, a fim de garantir que a dose de radiação seja administrada de forma precisa e segura.
O contínuo avanço tecnológico na área de radiofarmácia e medicina nuclear é outro fator que contribui para a segurança de pacientes e profissionais de saúde, assim como para a entrega de exames mais precisos e tratamentos mais eficazes.
Equipamentos de última geração, como PET/CT, permitem uma detecção altamente detalhada de doenças, enquanto os avanços na formulação dos radiofármacos garantem uma maior especificidade e menos efeitos colaterais.
Onde fazer seus exames?
Como vimos no artigo, os radiofármacos são ferramentas indispensáveis no campo da medicina nuclear, pois fornecem diagnósticos detalhados e tratamentos direcionados para uma série de doenças, que incluem diversos tipos de câncer, além de problemas cardíacos e neurológicos.
Desde o FDG, utilizado em exames de PET, até o Iodo-131, utilizado no tratamento de câncer de tireoide, esses compostos têm revolucionado a forma como inúmeras condições médicas são tratadas e diagnosticadas.
Vale a pena reforçar também que o uso de radiofármacos é extremamente seguro e segue todos os protocolos e diretrizes estabelecidos por órgãos de regulamentação nacionais e internacionais.
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