A hipertensão arterial, conhecida popularmente como pressão alta, é uma condição crônica que, apenas no Brasil, provoca quase 400 mortes por dia.
Muitas vezes silenciosa, a doença pode causar danos graves ao organismo, aumentando o risco de doenças cardíacas, acidente vascular cerebral (AVC), insuficiência renal e outros problemas de saúde.
Neste artigo, você vai entender o que é a pressão alta, quais as melhores estratégias de vida para gerenciar e prevenir essa condição, e quando buscar ajuda médica.
Acompanhe!
O que é pressão alta?
A pressão alta, também conhecida como hipertensão arterial, é uma condição crônica caracterizada pelo aumento persistente da pressão sanguínea nas artérias, que ocorre à medida que o coração bombeia sangue para o corpo.
Essa elevação sobrecarrega o músculo cardíaco e os vasos sanguíneos, o que pode levar a complicações graves, como infarto, acidente vascular cerebral (AVC) e doença renal.
A hipertensão é frequentemente chamada de “assassina silenciosa”, pois pode ser assintomática durante anos, aumentando o risco de doenças cardiovasculares, como os citados acima, sem sinais evidentes.
Os principais fatores de risco para a pressão alta incluem histórico familiar, idade avançada, obesidade, sedentarismo, consumo excessivo de sal e álcool, tabagismo e estresse.
Os valores da pressão arterial são expressos por dois números: a pressão sistólica (máxima), que ocorre quando o coração se contrai, e a pressão diastólica (mínima), que representa a fase de relaxamento do coração entre os batimentos.
Uma leitura normal gira em torno de 120/80 mmHg. Já a hipertensão é diagnosticada quando esses valores ultrapassam consistentemente 140/90 mmHg.
Além disso, a doença pode ser classificada como hipertensão primária, sem causa específica conhecida, geralmente associada ao envelhecimento e fatores genéticos, e hipertensão secundária, decorrente de doenças como insuficiência renal, distúrbios hormonais ou uso excessivo de certos medicamentos.
Para evitar as consequências da hipertensão, é de extrema importância manter a pressão arterial sob controle. Abaixo, veremos algumas estratégias eficientes para se alcançar esse objetivo.
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Monitoramento da pressão arterial
Como dissemos, a hipertensão muitas vezes é assintomática. Por isso, é fundamental monitorar a pressão arterial regularmente para detectar alterações precoces.
Em geral, esse monitoramento pode ser feito por meio de aparelhos automáticos, pois são fáceis de usar e permitem a medição em casa.
Também é possível fazer a medição em farmácias, já que o serviço está disponível gratuitamente em muitos estabelecimentos, assim como em consultórios médicos, onde o procedimento é realizado por profissionais de saúde, com equipamentos calibrados.
Além da aferição direta da pressão, exames de imagem complementares também podem ser utilizados para avaliar danos causados pela hipertensão em órgãos como coração, rins e cérebro.
A ecocardiografia, por exemplo, é útil para analisar alterações estruturais no coração, enquanto a ultrassonografia renal pode identificar complicações nos rins. Já tomografias computadorizadas e ressonâncias magnéticas são solicitadas para avaliar os efeitos da hipertensão no sistema nervoso central.
Manter um registro das medições e compartilhar os resultados com um médico ajuda a acompanhar a evolução da condição e ajustar o tratamento, se necessário.
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Estratégias dietéticas
A alimentação tem um papel essencial no controle da pressão arterial. Muitas pessoas não sabem, mas uma dieta equilibrada pode reduzir significativamente os riscos associados à hipertensão.
Veja alguns dos alimentos mais benéficos para o controle da pressão arterial:
- Frutas e vegetais são ricos em fibras, potássio e antioxidantes, e ajudam a eliminar o excesso de sódio do organismo.
- Grãos integrais, como aveia, quinoa e arroz integral, auxiliam no controle do colesterol e na saúde do coração.
- Peixes ricos em ômega-3, como salmão, sardinha e atum reduzem a inflamação e melhoram a circulação sanguínea.
- Laticínios com baixo teor de gordura são boas fontes de cálcio, o que ajuda na regulação da pressão.
- Oleaginosas, como castanhas, amêndoas e nozes, são ricas em magnésio, essencial para o relaxamento vascular.
- Ervas e temperos naturais substituem o sal, o que reduz a ingestão de sódio.
Já os alimentos que devem ser evitados são:
- Sal em excesso, encontrado especialmente em alimentos ultraprocessados e embutidos, pois contribui para a retenção de líquidos e o aumento da pressão arterial.
- Gorduras saturadas e trans, que estão presentes em frituras e alimentos industrializados, pois aumentam o risco de doenças cardiovasculares.
- Açúcar em excesso, que contribui para a obesidade e resistência à insulina, fatores de risco para hipertensão.
- Bebidas alcoólicas, quando consumidas em excesso, podem elevar a pressão arterial e sobrecarregar o fígado.
Além disso, a dieta DASH (Dietary Approaches to Stop Hypertension) é uma excelente estratégia alimentar recomendada para hipertensos, pois prioriza o consumo de vegetais, frutas, legumes, grãos integrais, proteínas magras, laticínios com baixo teor de gordura e reduz o consumo de sal.
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Atividade física e estilo de vida
A prática regular de atividades físicas, aliada à mudanças no estilo de vida, é um dos pilares para a prevenção e controle da pressão alta.
Isso porque os exercícios ajudam a reduzir a pressão arterial ao fortalecer o coração e melhorar a circulação, além de contribuir no controle do peso e prevenção da obesidade, um fator de risco para a hipertensão.
Os médicos recomendam pelo menos 150 minutos semanais de exercícios aeróbicos (caminhada, corrida, ciclismo, natação) e a inclusão de atividades de fortalecimento muscular, como musculação moderada.
Pequenas mudanças, como usar escadas em vez de elevadores e caminhar diariamente, também fazem grande diferença.
Outros hábitos importantes para manter o controle da pressão arterial são:
- Gerenciamento do estresse: Práticas como meditação, Yoga e técnicas de respiração profunda ajudam no equilíbrio emocional e redução dos níveis de cortisol.
- Sono de qualidade: Dormir bem regula a pressão arterial e diminui a sobrecarga no coração.
- Evitar o tabagismo: O cigarro contribui para o enrijecimento das artérias e piora a hipertensão.
Em alguns casos, a adoção de hábitos saudáveis não é suficiente para controlar a pressão arterial, sendo necessário o uso de medicamentos prescritos por um médico.
Entre os principais tipos de remédios indicados, estão os diuréticos (ajudam a eliminar o excesso de sódio e líquidos do corpo), betabloqueadores (reduzem a frequência cardíaca e a força das contrações do coração), inibidores da ECA (relaxam os vasos sanguíneos, facilitando a circulação) e os bloqueadores dos canais de cálcio (diminuem a resistência arterial e reduzem a pressão).
É importante ressaltar que o tratamento deve ser seguido conforme orientação médica, pois a interrupção abrupta pode causar efeitos adversos.
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Quando buscar ajuda médica
Ainda que muitas pessoas não apresentem sintomas para a pressão alta, existem alguns sinais que indicam a necessidade de procurar atendimento médico imediato, como:
- Pressão arterial consistentemente acima de 140/90 mmHg.
- Dor de cabeça intensa e persistente.
- Tontura e visão embaçada.
- Palpitações e dor no peito.
- Formigamento nas extremidades.
- Falta de ar
- Inchaço em pernas e tornozelos
A hipertensão pode ser silenciosa, mas seus efeitos são devastadores se não forem tratados. No entanto, com as estratégias corretas o problema pode ser controlado e até prevenido.
Além de manter uma alimentação equilibrada, fazer exercícios físicos regulares e controlar o estresse, é essencial buscar acompanhamento médico e realizar exames periódicos a fim de garantir um diagnóstico precoce e um tratamento eficaz.
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