Especialista do IMEB esclarece dúvidas sobre procedimentos médicos para mulheres que fizeram este tipo de cirurgia plástica
Dados da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica e Estética (Isaps) apontam que o Brasil é o segundo maior mercado de cirurgias plásticas, atrás apenas dos Estados Unidos. Em 2015, foram 1,2 milhões de procedimentos estéticos realizados. Dois anos antes, em 2013, o Brasil liderou o ranking mundial, com 1,49 milhões de cirurgias plásticas. Com 158.950 procedimentos, o implante de silicone nos seios foi o segundo tipo de cirurgia mais feita no Brasil, em 2015, perdendo apenas para a lipoaspiração. Um dos motivos mais apontados entre as mulheres que procuraram este tipo de cirurgia foi a busca pela melhora da autoestima. Mas, apesar desse importante aspecto, na hora de cuidar da saúde algumas dúvidas sobre o implante de silicone podem surgir.
De acordo com o Dr. Filipe Barra, radiologista do Imagens Médicas de Brasília (IMEB), mulheres que possuem próteses de silicone podem realizar todos os exames de imagem mamária sem preocupação. “O risco de um rompimento de uma prótese mamária é mínimo”, diz Barra, esclarecendo uma das dúvidas mais frequentes. Com o avanço tecnológico, os mamógrafos digitais trabalham com uma compressão menor dos seios: apenas o suficiente para a estabilização das mamas na máquina de uma forma que o exame seja feito da melhor maneira possível. No entanto, alguns exames são diferenciados para mulheres que possuem próteses de silicone implantadas.
Na ressonância magnética, por exemplo, protocolos específicos são feitos para avaliar as condições das próteses. Já na mamografia, como algumas pequenas alterações podem ser escondidas pelas próteses, algumas incidências adicionais retiram a prótese do campo de alcance e, com isso, não prejudicam uma possível localização de nódulos e de outras variações. “Praticamente não há prejuízo. A paciente pode ser submetida a biopsias orientadas por imagem e até mesmo cirurgias, sem afetar a integridade das próteses”, completa o radiologista.
DR. FILIPE BARRA
Médico Radiologista do IMEB
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