Mortes por acidente vascular cerebral aumentaram 90% em seis anos no Amapá | IMEB

Mortes por acidente vascular cerebral aumentaram 90% em seis anos no Amapá

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Em 2011, o corretor de empréstimos Emanoel Maciel, hoje com 34 anos, foi alertado por um amigo de que estava piscando com apenas um dos olhos. Ao procurar o hospital, ele foi diagnosticado com ataque isquêmico transitório que lhe causou uma paralisia facial leve. O sintoma, segundo ele, foi um “aviso” para algo mais grave que poderia ter acontecido: o Acidente Vascular Cerebral (AVC).

Também conhecida como derrame, a doença é a segunda que mais mata no país, atrás apenas dos problemas cardiovasculares. A informação é do Conselho Federal de Medicina (CFM), que divulgou um relatório sobre a incidência do AVC no país. O Amapá está no topo do ranking entre os estados com números alarmantes: entre 2008 e 2014, as mortes pela doença aumentaram 89,7% entre os amapaenses.

No caso de Emanoel, as causas que levaram ao ataque isquêmico em 2011 são os fatores mais comuns da doença, como obesidade, sedentarismo, colesterol alto e ingestão de bebida alcoólica em excesso. Para evitar o avanço da doença, o corretor mudou o estilo de vida, dedicando-se ao esporte e à alimentação saudável. As mudanças resultaram na perda de 35 quilos, caindo de 110 para 75 nos primeiros meses de recuperação.

“Eu nem sentia dor, nem nada. Estava no trabalho e um amigo meu viu que eu estava somente piscando de um lado do olho. Era um alerta de algo mais grave. Mudei totalmente. Eu era sedentário, parei com a bebida e comecei a cuidar da saúde, praticando corrida de rua e muay thai durante quatro anos”, falou Emanoel, que não ficou com sequelas.

Internações e mortes no Amapá

O levantamento com o número de casos foi feito pelo conselho baseado em relatórios de neurologistas e neurocirurgiões de todo o país. Os indicadores mostram que 76% dos hospitais públicos brasileiros apresentam infraestrutura pouco adequada para atendimento de AVC.

O aumento de 89,7% no número de mortes no Amapá entre 2008 e 2014 foi, disparado, o maior do país, sendo que o segundo colocado, o Acre, teve alta de 32,6%. Em relação ao número de ocorrências no período, o CFM registrou no estado 2.188 internações com 1.178 mortes, uma letalidade superior a 50%.

Sintomas e tempo para busca de tratamento após derrame (Foto: Arte/G1)

Causas e Consequências

Há dois tipos da doença, segundo o CFM: 85% são isquêmicos, quando há a obstrução de um vaso sanguíneo, provocada pelo acúmulo de placas de colesterol, reduzindo a circulação no cérebro; e o hemorrágico, quando acontece a ruptura de um vaso sanguíneo, com sangramento na região cerebral.

Segundo o conselho, o paciente que sofre um AVC, além do risco de morte, pode ficar com sequelas, como dificuldades para se locomover, falar, paralisia em um dos lados do corpo e perda de algumas funções neurológicas.

Apesar do alto índice de casos, 90% dos derrames podem ser evitados com prevenção, de acordo com especialistas.

O AVC acontece com mais frequência em pessoas acima dos 60 anos, mas qualquer um pode ter, inclusive crianças. Em 2014, morreram 99.385 brasileiros por consequências de AVC, uma média de 11 vítimas por hora.

Leia também: Má alimentação: consequências, riscos e doenças que pode causar.

FONTE: http://g1.globo.com/ap/amapa/noticia/

Por: Dr. Renato Barra / Categoria: Destaque Notícias

8 de agosto de 2017

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