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Pet/CT
Por: Dr. Renato Barra

Como a correção de movimento no PET/CT melhora a precisão diagnóstica?

A precisão no diagnóstico é fundamental para a medicina moderna, especialmente em casos de suspeita de câncer, doenças cardíacas ou neurológicas, e o PET/CT (Tomografia por Emissão de Pósitrons combinada com Tomografia Computadorizada) é uma das ferramentas mais importantes nesse processo. 

No entanto, a qualidade das imagens pode ser comprometida por pequenos movimentos, como a respiração ou os batimentos cardíacos. 

Felizmente, com o avanço das tecnologias de correção de movimento, essa interferência pode ser minimizada, o que permite um diagnóstico mais confiável e detalhado. 

Neste artigo, você vai entender a importância desse exame e como a correção de movimento no PET/CT melhora a precisão diagnóstica. 

Acompanhe!

O que é PET/CT e como ele funciona?

O PET/CT é um dos exames de imagem mais avançados, completos e eficazes tanto para o diagnóstico precoce de inúmeras doenças — especialmente câncer e tumores — quanto para acompanhar a evolução dessas condições.

Esses resultados são obtidos por meio da utilização de recursos da medicina nuclear e da radiologia e combinam duas modalidades distintas de exames: o PET e a CT.

O PET (Positron Emission Tomography, em inglês) é a tomografia por emissão de pósitrons. Através das imagens geradas por esse procedimento, é possível identificar alterações metabólicas e funcionais em órgãos e tecidos do corpo. 

Já a CT (tomografia computadorizada em inglês) utiliza raios-X para captar imagens detalhadas das estruturas anatômicas da área examinada.

Ao contrário de outros exames de imagens, como a própria tomografia e a ressonância magnética, que só conseguem identificar lesões tumorais quando estas afetam anatomicamente o organismo, com a PET/CT é possível diagnosticar essas doenças ainda em seu estágio inicial, por meio da atividade metabólica das células.

Para realizar o exame, o paciente recebe, por via intravenosa, uma substância chamada radiofármaco. O traçador mais comum utilizado neste exame é o FDG-18F, um material semelhante à glicose.

Após ser aplicado, o radiofármaco circula pelo corpo do paciente e se concentra em maior quantidade nos locais onde o metabolismo é mais intenso e há maior consumo de glicose.

As células cancerígenas, por exemplo, se caracterizam por absorver mais açúcar que células normais. 

Após algum tempo de ação do radiofármaco, é iniciado o processo de obtenção das imagens.

 O exame de PET identifica as áreas do corpo onde o consumo de glicose é maior, enquanto a tomografia computadorizada observa, com imagens extremamente precisas, o local, a forma e as dimensões dos órgãos afetados. 

A sobreposição dessas duas imagens gera uma terceira, que mostra as áreas possivelmente comprometidas de forma mais luminosa no resultado. 

Quanto mais intenso for o brilho das imagens, maior é a atividade metabólica de um tumor ou inflamação, indicando assim o nível de gravidade da doença.

O PET/CT é utilizado, principalmente, na área de oncologia, sendo indicado para pacientes com alta suspeita de câncer ou que já foram diagnosticados com a doença. 

O exame ainda é indicado em casos de doenças neurológicas ou psiquiátricas, como epilepsia, demência e tumores cerebrais, além do diagnóstico e o estudo do avanço de doenças neurodegenerativas, como Alzheimer e Parkinson.

Também pode ser utilizado para avaliações cardiológicas, como em doenças inflamatórias do coração ou viabilidade miocárdica.

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O impacto do movimento nas imagens diagnósticas

Exame de PET/CT

O movimento do paciente durante o exame PET/CT, mesmo que mínimo, pode causar distorções nas imagens capturadas, o que pode ser  desafiador especialmente no caso de exames em regiões do corpo que estão em constante movimento, como o tórax e o coração.

Movimentos involuntários, como o simples ato de respirar, o ritmo dos batimentos cardíacos ou pequenos ajustes de postura, podem resultar em imagens borradas, distorcidas ou desalinhadas, o que impacta diretamente na precisão do diagnóstico.

Quando esse tipo de movimento interfere nas imagens, a qualidade do resultado fica comprometida, já que lesões podem parecer maiores ou menores do que realmente são, ou até mesmo gerar a impressão de que uma área saudável está comprometida. 

Um tumor, por exemplo, pode parecer maior ou em uma localização diferente devido ao deslocamento das estruturas anatômicas durante o exame. 

Além disso, a detecção de pequenos nódulos ou inflamações fica comprometida, pois as imagens borradas podem mascarar sinais sutis da doença.

Imagens desfocadas, sobrepostas ou com pouca nitidez são capazes de levar a diagnósticos equivocados ou à necessidade de repetição do exame, retardando assim o início do tratamento adequado e trazendo consequências negativas à qualidade de vida do paciente.

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Tecnologias de correção de movimento

Para diminuir o impacto do movimento nas imagens, o desenvolvimento de softwares avançados de correção de movimento tornou-se essencial.

Esses softwares utilizam algoritmos complexos que analisam as distorções causadas pelos movimentos do paciente durante a aquisição das imagens e corrigem automaticamente quaisquer desvios.

Alguns sistemas, inclusive, são capazes de registrar e ajustar as imagens em tempo real, garantindo que as imagens capturadas tenham o máximo de precisão.

Os algoritmos de ajuste em tempo real são responsáveis por processar as imagens enquanto o exame está sendo realizado. Assim, é possível detectar pequenas mudanças de posição ou movimento e fazer os ajustes necessários para alinhar as imagens de forma correta. 

No caso de áreas do corpo particularmente afetadas pela respiração ou pelo batimento cardíaco, como o tórax e o coração, existem tecnologias específicas que sincronizam a captura das imagens com o ciclo respiratório ou cardíaco do paciente. 

Por exemplo, a aquisição das imagens pode ser ajustada para ocorrer durante a expiração, quando há menos movimento, ou em momentos específicos do ciclo cardíaco, quando o coração está em uma fase de menor atividade.

O uso dessas tecnologias de correção de movimento permite melhorar a clareza das imagens e garantir que os resultados reflitam com exatidão a condição do paciente.

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Benefícios da correção de movimento para a precisão diagnóstica

Com a correção de movimento no exame de PET/CT, é possível identificar tumores e lesões com maior precisão, especialmente em regiões móveis como o tórax, o abdômen e o coração. 

Nódulos pequenos ou localizados em áreas de difícil visualização são detectados com mais clareza, o que aumenta a chance de um diagnóstico precoce e, consequentemente, de um tratamento mais eficaz.

A precisão diagnóstica proporcionada pela correção de movimento também impacta diretamente no planejamento e na eficácia da abordagem terapêutica adotada pelos profissionais de saúde. 

Quando os médicos têm acesso a imagens mais nítidas e com alto nível de detalhamento, podem planejar terapias direcionadas de forma mais eficiente, seja para cirurgias, radioterapia ou tratamentos sistêmicos como a quimioterapia.

O uso de tecnologias de correção de movimento também reduz a probabilidade de erros no diagnóstico causados por imagens borradas ou distorcidas. 

Assim, é possível diminuir a demanda por exames repetidos, o que economiza tempo e recursos, além de reduzir a exposição do paciente à radiação desnecessária.

Aplicações clínicas e exemplos práticos

A correção de movimento no PET/CT tem mostrado resultados promissores na precisão diagnóstica em diversas áreas médicas, especialmente em condições como câncer, doenças cardíacas e neurológicas. 

Ao melhorar a qualidade das imagens e eliminar distorções causadas por movimentos involuntários, como respiração e atividades cardíacas, essa tecnologia possibilita diagnósticos mais seguros e tratamentos mais eficazes.

Por exemplo, no diagnóstico de câncer de pulmão, a correção de movimento permite a detecção precisa de tumores ainda em seu estágio inicial, o que aumenta consideravelmente as chances de sucesso do tratamento. 

Em pacientes com doenças cardíacas, a correção de movimento ajuda a identificar áreas de isquemia com maior clareza, permitindo intervenções mais eficazes. 

Já em condições neurológicas, como a epilepsia, a tecnologia é capaz de facilitar a localização de áreas específicas com atividade anormal, auxiliando no planejamento de cirurgias.

Com os avanços contínuos na correção de movimento, o PET/CT se apresenta como uma ferramenta indispensável na medicina moderna, pois proporciona diagnósticos mais precisos e melhores resultados para os pacientes. 

No entanto, para obter o melhor, mais preciso e confiável resultado com este exame, é fundamental que você se atente para o local onde irá realizá-lo. 

O IMEB é referência em exames de medicina nuclear como, como PET/CT e cintilografia. 

Oferecemos aos nossos pacientes as melhores e mais modernas tecnologias disponíveis, além de um time de profissionais experientes e atenciosos, para que você tenha sempre o diagnóstico mais seguro e confiável.

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