O câncer de pele é o tipo de câncer mais frequente no Brasil, sendo responsável por cerca de 30% de todos os tumores malignos no país. O Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima que mais de 220 mil pessoas foram diagnosticadas com a doença apenas em 2023.
Dividido em câncer de pele não melanoma (o tipo mais comum) e câncer de pele melanoma (com menor incidência, porém mais agressivo), a doença costuma afetar pessoas acima dos 40 anos, ainda que também atinja indivíduos mais jovens.
Neste artigo, você vai descobrir quais as causas, sintomas e fatores de risco do câncer de pele, assim como entender como é feito o diagnóstico e tratamento da doença. Além de receber dicas importantes sobre como se prevenir desse problema.
Acompanhe!
Introdução ao câncer de pele
O câncer de pele é uma das formas mais comuns de câncer e afeta milhões de pessoas em todo o mundo. A doença se origina a partir do desenvolvimento anormal e descontrolado das células cutâneas.
O câncer de pele pode ser classificado de duas formas: melanoma e não melanoma, que também pode ser dividido em diferentes tipos, sendo os mais frequentes o carcinoma basocelular e o carcinoma espinocelular. Veja:
Melanoma
O melanoma é o tipo mais grave de câncer de pele. Ele se desenvolve a partir dos melanócitos, células responsáveis pela produção do pigmento que dá cor à pele, chamado melanina. Este tipo de câncer pode surgir em qualquer parte do corpo, mas é mais comum em áreas expostas ao sol, como rosto, braços e pernas.
Caracterizado por manchas ou pintas que mudam de cor, tamanho ou forma e podem sangrar ou formar crostas, o melanoma tem maior probabilidade de se espalhar para outras regiões do corpo, o que o torna potencialmente letal.
Carcinoma Basocelular
O carcinoma basocelular (CBC) é o tipo mais comum de câncer de pele, com cerca de 80% dos casos. É considerado o tipo menos agressivo da doença, e origina-se nas células basais, encontradas na camada mais profunda da epiderme.
O CBC aparece como nódulos ou lesões peroladas, geralmente em áreas expostas ao sol, como rosto e pescoço. Cresce de forma lenta e raramente se espalha para outras partes do corpo, mas pode causar danos aos tecidos locais se não for tratado adequadamente.
Carcinoma Espinocelular
O carcinoma espinocelular (CEC) é o segundo tipo mais comum de câncer de pele e se desenvolve nas células escamosas, que compõem a maior parte das camadas superiores da pele.
O CEC costuma crescer mais rápido que o carcinoma basocelular e pode se disseminar para outros órgãos se não tratado. Aparece como nódulos avermelhados, lesões escamosas ou feridas que não cicatrizam.
É importante ressaltar que a detecção precoce do câncer de pele é fundamental para um tratamento eficaz, já que as chances de sucesso são altas quando o tumor é identificado ainda nos estágios iniciais.
Com exames preventivos e visitas regulares ao dermatologista, é possível identificar mudanças suspeitas antecipadamente, o que permite intervenções rápidas, eficientes e menos invasivas.
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Causas e fatores de risco
O desenvolvimento do câncer de pele é influenciado por uma combinação de fatores ambientais e genéticos. Entre as principais causas da doença, estão:
Exposição excessiva ao sol
A exposição excessiva ao sol sem proteção é a principal causa de câncer de pele. Isso acontece porque os raios ultravioletas (UV) são os maiores responsáveis por danificar o DNA das células da pele, acelerando o crescimento de mutações que podem resultar em câncer.
Histórico familiar
A predisposição genética desempenha um papel importante no risco de desenvolver câncer de pele. Pessoas com histórico familiar de melanoma ou outras formas de câncer de pele têm uma maior probabilidade de desenvolver a doença. Por isso, o monitoramento regular é essencial para essa parcela da população.
Pele clara
Pessoas com pele clara, sardas, cabelos claros ou ruivos, olhos claros ou albinos têm um risco maior de desenvolver câncer de pele, já que possuem menos melanina e, por isso, estão mais sensíveis ao sol e aos raios ultravioleta.
Sintomas de alerta para o câncer de pele
Identificar de forma precoce os sintomas do câncer de pele é essencial para evitar complicações mais graves. Para isso, é preciso conhecer bem seu corpo e estar atento a alguns sinais de alerta, como:
Lesões suspeitas, mudanças em pintas e manchas na pele
O câncer da pele pode se assemelhar a pintas, eczemas ou outras lesões benignas. Por isso, lesões, manchas, sinais ou nódulos que não cicatrizam, coçam, sangram, mudam de aparência (cor, tamanho e textura) ou crescem rapidamente devem ser avaliados por um dermatologista.
Assim como lesões de aparência elevada e brilhante ou feridas com bordas assimétricas, que também podem ser um sinal que exija maior atenção
No mesmo sentido, mudanças em pintas existentes ou o aparecimento de novas pintas podem ser sinais de câncer de pele e necessitam de investigação imediata.
Regra ABCDE
Uma metodologia útil que pode ajudar na identificação do câncer de pele é a chamada Regra do ABCDE, onde o paciente pode observar certas características e alterações de manchas e pintas em seu próprio corpo:
- A letra A vem de Assimetria: Um lado da pinta ou manchas é diferente da outra.
- A letra B se refere à Borda: A pinta possui bordas irregulares ou borradas.
- A letra C se refere à Cor: A pinta tem variedade de cores ou mais de um tom.
- A letra D vem de Diâmetro: A mancha ou feridas é maior que 6 mm (aproximadamente o tamanho de uma borracha de lápis).
- A letra E se refere à Evolução: Mudança na cor, forma, tamanho ou aparência ao longo do tempo.
É importante salientar que apenas o autoexame não é suficiente para detectar o problema. Ao surgir qualquer sinal suspeito, procure um dermatologista para obter um diagnóstico preciso.
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Exames de diagnóstico por imagem
Os exames de imagem são ferramentas essenciais para o diagnóstico precoce do câncer de pele, já que ajudam a identificar e avaliar lesões suspeitas de maneira precisa e não invasiva.
Um dos principais exames utilizados para esse tipo de câncer é a dermatoscopia, um procedimento que amplifica a imagem da pele e permite visualizar camadas e estruturas de forma mais profunda. Com isso, o médico consegue avaliar possíveis sinais de câncer de pele com maior precisão.
Caso sejam encontrados indicativos de tumores, pode ser solicitada uma biópsia para confirmar ou descartar o diagnóstico, além de identificar se a mancha ou o sinal na pele é benigno ou maligno.
A partir dos resultados da biópsia, outros exames podem ser solicitados, como a tomografia computadorizada (TC), ressonância magnética (RM) e tomografia por emissão de pósitrons (PET-CT), a fim de avaliar a extensão do câncer, verificar se ele se espalhou para outras partes do corpo e auxiliar na escolha da melhor forma de tratamento.
Tratamentos disponíveis para o câncer de pele
O tratamento do câncer de pele varia de acordo com o tipo, localização e estágio da doença. Em geral, as opções terapêuticas incluem cirurgia, radioterapia, quimioterapia e técnicas mais recentes, como imunoterapia e terapia alvo.
A cirurgia oncológica é a opção de tratamento mais indicada para a doença. Nela, é feita a remoção completa da lesão e de uma margem de pele saudável ao redor para garantir que todas as células cancerígenas sejam eliminadas.
Existem várias técnicas cirúrgicas, como a excisão simples, a cirurgia de Mohs (eficaz para carcinomas basocelulares e espinocelulares) e a criocirurgia.
Já para quadros em que o câncer está mais avançado, é maligno ou se encontra em áreas de difícil acesso cirúrgico, o tratamento também pode envolver radioterapia e quimioterapia para destruir as células cancerígenas.
Outras abordagens, como a imunoterapia (que estimula o sistema imunológico do paciente para combater o câncer) e a terapia alvo (que utiliza medicamentos para atacar especificamente as células cancerígenas sem afetar as saudáveis), são mais utilizadas quando o paciente não responde aos tratamentos tradicionais.
Prevenção e importância do acompanhamento médico
A prevenção é a melhor estratégia contra o câncer de pele. Medidas preventivas e acompanhamento médico regular são essenciais para reduzir o risco e detectar a doença precocemente.
Dessa forma, as principais recomendações para evitar a doença são:
- Uso regular de protetor solar: Utilize filtro solar com FPS 30 ou mais alto diariamente, mesmo em dias nublados.
- Evitar exposição solar excessiva: principalmente entre 10h e 16h, quando os raios UV são mais intensos.
- Uso de roupas de proteção: Vista roupas que cubram a pele, chapéus de abas largas e óculos de sol com proteção UV.
- Evitar camas de bronzeamento: A radiação UV artificial também aumenta o risco de câncer de pele.
- Autoexames regulares: Verifique a própria pele regularmente para identificar mudanças ou lesões suspeitas.
Além disso, é importante realizar visitas regulares ao dermatologista, especialmente para pessoas com maior risco, e fazer os exames preventivos e de acompanhamento solicitados pelo médico.
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