Vacinas para mulheres: quais são e a sua importância
As vacinas para mulheres são essenciais, sendo a maneira mais segura e eficiente de se proteger contra doenças infecciosas. Essas doenças, causadas por vírus ou bactérias, podem deixar sequelas permanentes ou mesmo levar ao óbito quando não tratadas de forma precoce.
Muitas pessoas associam as vacinas à infância, mas a verdade é que a imunização é crucial durante toda a vida. Especialmente no caso das mulheres, a vacinação é capaz de prevenir certos tipos de câncer e também proteger gestantes e recém-nascidos de diversas doenças.
Neste artigo, você vai descobrir quais são as vacinas que as mulheres precisam tomar, assim como entender a importância da vacinação por toda a vida.
Acompanhe!
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A importância das vacinas para mulheres
Consideradas um dos maiores avanços da medicina em toda sua história, as vacinas são a principal medida de proteção contra uma série de doenças infecciosas que podem ser fatais se não tratadas.
No entanto, muitas pessoas acreditam que a vacinação é um cuidado que se limita à infância, o que não é verdade. Ainda que as principais vacinas sejam administradas durante os primeiros anos de vida, o reforço e a atualização vacinal são extremamente importantes por toda a vida, inclusive na terceira idade.
Isso porque, conforme envelhecemos, nosso sistema imunológico fica mais enfraquecido e se torna menos eficiente na luta contra doenças. Além disso, fatores como gravidez, exposição a novos ambientes e outros problemas de saúde podem aumentar o risco de contrair certas patologias causadas por vírus ou bactérias.
Mesmo assim, nos últimos anos o Brasil vem enfrentando uma queda significativa nas taxas de imunização. De acordo com dados do Ministério da Saúde, menos de 59% dos cidadãos brasileiros estavam devidamente imunizados em 2021. No ano anterior, esse índice era de 67% e, em 2019, estava em 73%.
O próprio órgão federal afirma que o patamar ideal de pessoas com a cobertura vacinal atualizada deveria ser de 95%.
Um dos motivos dessa queda é o relaxamento das pessoas devido a erradicação ou redução na taxa de contaminados por algumas doenças, como sarampo, poliomielite e rubéola. Porém, em certos casos essa atitude acaba causando o efeito contrário: a falta de vacinação abre espaço para o ressurgimento de problemas que antes estavam controlados.
Um exemplo disso é o retorno do sarampo, uma doença viral altamente contagiosa que pode causar complicações graves, como pneumonia, encefalite e até mesmo o óbito. Entre 1990 e 2000, o Brasil registrou mais 175 mil casos da infecção. Em 2016, a doença foi eliminada do país, mas dois anos depois voltou a registrar um grande número de casos, até uma nova redução em 2022.
A febre amarela é outro exemplo de doença que voltou a registrar mais casos por conta da baixa cobertura vacinal. Transmitida por mosquitos vetores e capaz de causar complicações renais e hepáticas graves, a infecção teve mais casos no Brasil entre 2016 e 2018 (2.000 notificações e 670 óbitos) do que nos 55 anos anteriores (1.150 casos e 407 mortes de 1960 a 2015).
A vacinação na fase adulta também é fundamental no enfrentamento de possíveis novas ameaças, como foi o caso recente da pandemia de COVID-19, que mostrou a necessidade da imunização de pessoas de todas as faixas etárias para a proteção individual e de toda a comunidade.
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9 tipos vacinas para mulheres
Manter a carteira de vacinação atualizada é essencial para prevenir doenças e evitar o risco de complicações sérias. Veja quais são as vacinas que as mulheres precisam tomar:
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HPV (Papilomavírus humano)
O HPV é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) que se caracteriza pelo surgimento de lesões em partes úmidas do corpo, como colo do útero, vagina, vulva, ânus e êsofago. A doença é responsável por 70% dos casos de câncer de colo do útero, e as vacinas são a melhor forma de prevenção. Na rede pública, a vacinação é ofertada para todas as meninas entre 9 e 14 anos, assim como para pessoas imunossuprimidas até os 45 anos. Mulheres entre 15 e 45 anos conseguem se imunizar pela rede privada.
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Hepatite A e Hepatite B
As hepatites A e B são doenças causadas por vírus e transmitidas através do contato com fluidos corporais ou ingestão de alimentos contaminados, assim como por relações sexuais sem proteção. A vacina da hepatite A só está disponível na rede privada, e por isso muitas mulheres não estão imunizadas contra essa infecção.
Já a vacina da hepatite B é aplicada no primeiro ano de vida, em três doses. Mas, se você tem dúvidas se tomou ou não a vacina, não há qualquer problema em repetir a imunização, que é feita de forma gratuita nos postos de saúde.
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Tríplice bacteriana (dTpa)
A vacina tríplice bacteriana protege contra três doenças graves que podem levar ao óbito: tétano, difteria e coqueluche. A vacinação é realizada ainda na infância, aos 2, 4 e 6 meses, com doses de reforço aos 15 meses e 5 anos, assim como na adolescência e fase adulta.
A imunização contra essas doenças é altamente recomendada para gestantes, pois assim o bebê nasce com os anticorpos passados pela mãe, e devem ser feitas a cada gestação, a partir da 20ª semana de gravidez.
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Tríplice viral
A vacina tríplice viral oferece proteção contra sarampo, caxumba e rubéola, três doenças virais altamente contagiosas e potencialmente graves. A tríplice viral está disponível na rede pública e é aplicada em duas doses antes do primeiro ano do bebê.
Entretanto, é possível receber a vacina já na fase adulta. Vale a pena ressaltar que a vacinação da tríplice viral não é recomendada para gestantes e pessoas imunossuprimidas.
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Influenza
A vacina influenza imuniza contra a gripe, uma doença viral que pode causar consequências graves e até mesmo levar ao óbito, especialmente grupos de alto risco, como gestantes, idosas e pacientes com o sistema imunológico comprometido.
Por isso, a vacinação é oferecida anualmente e de forma gratuita para esse grupo, em primeiro lugar. Depois, o imunizante fica disponível para todas as pessoas a partir dos 6 meses de idade.
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Covid-19
Da mesma forma que ocorre com a vacina da gripe, o imunizante contra o coronavírus é distribuído anualmente para crianças, gestantes, idosas e pacientes imunossuprimidas, entre outras. Para quem não se enquadra nesses critérios, é importante se atentar para aproveitar as sobras que ocorrem nas campanhas do governo.
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Pneumocócica
A vacina pneumocócica protege contra infecções causadas pela bactéria Streptococcus pneumoniae, que causa pneumonia, meningite, septicemia e otite. Mulheres com fatores de risco, como idade avançada ou doenças crônicas — a exemplo da asma — devem ser imunizadas.
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Febre amarela
A vacina contra a febre amarela é recomendada para todas as mulheres de qualquer região do país, especialmente em casos de viagens para lugares com maior incidência da doença. Segundo o Ministério da Saúde, apenas uma dose da vacina é necessária. Já a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBim) recomenda duas doses, com intervalo de 10 anos entre elas.
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Herpes zoster
O herpes zoster é uma infecção viral causada pela varicela, o mesmo vírus que provoca catapora. A imunização contra a doença só está disponível na rede particular e é recomendada para adultos saudáveis com mais de 50 anos e pessoas acima dos 18 anos com algum tipo de comorbidade.
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Por: Dr. Renato Barra / Categoria: Saúde da mulher
28 de março de 2024