Você sabia que, no Brasil, 40% dos adultos e 20% de crianças e adolescentes apresentam colesterol alto? Esses são números divulgados pelo Ministério da Saúde.
É fundamental estar atento aos níveis do colesterol no sangue, já que essa condição pode aumentar o risco de doenças cardiovasculares, que são a principal causa de mortes no mundo, superando inclusive o câncer e os acidentes de trânsito.
Continue lendo para descobrir como identificar quando o seu colesterol está elevado e quais medidas podem ser tomadas, tanto evitar que isso aconteça quanto para tratar, se for preciso.
Boa leitura!
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Quando o colesterol é considerado alto? E o que fazer?

A hipercolesterolemia é uma condição na qual os níveis de colesterol no sangue estão elevados, o que representa um risco significativo para a saúde cardiovascular.
É importante citar que o colesterol é responsável por várias funções no organismo, como produção de hormônios e de vitamina D. Além disso, faz parte da formação de ácidos biliares, substâncias que auxiliam na digestão das gorduras que ingerimos.
Quando falamos em colesterol, basicamente nos referimos ao colesterol LDL (lipoproteína de baixa densidade), ao colesterol HDL (lipoproteína de alta densidade) e ao VLDL. Conheça cada um deles:
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Colesterol LDL
O colesterol LDL – popularmente conhecido como colesterol ruim – é uma combinação de colesterol com lipoproteínas de baixa densidade. Em excesso, pode se depositar nas paredes das artérias, formando placas de gordura que aumentam o risco de obstrução do fluxo sanguíneo, levando a problemas como infarto e acidente vascular cerebral (AVC).
Por isso, é fundamental manter os níveis de LDL abaixo dos níveis de referência, a fim de prevenir doenças cardiovasculares. Em valores de referência, o colesterol LDL deve estar abaixo de 130 mg/dL.
É importante destacar que esses valores podem variar, segundo o histórico médico e os fatores de risco individuais. Para pessoas com alto risco cardiovascular – obesos, idosos ou com histórico de doença cardíaca – a recomendação é manter abaixo de 70 mg/dL.
Apesar de haver um componente genético envolvido na elevação do colesterol, níveis elevados de colesterol LDL costumam ter relação com o consumo excessivo de gorduras saturadas e trans, presentes em produtos ultraprocessados.
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Colesterol HDL
Por outro lado, o colesterol HDL – popularmente conhecido como colesterol bom – e desempenha um papel importante na saúde cardiovascular. Atua como um “agente de limpeza” nas artérias, pois remove o colesterol LDL e impede seu acúmulo nas paredes dos vasos sanguíneos.
Ao passar pelas artérias, o HDL retira as placas de gordura e transporta-as de volta ao fígado para serem processadas e eliminadas do corpo. Esse processo ajuda a reduzir o risco de obstrução das artérias e, consequentemente, de doenças cardiovasculares.
Manter os níveis de colesterol HDL elevados é fundamental para a saúde cardiovascular. Recomenda-se que os níveis de HDL estejam acima de 40 mg/dL. Quanto mais alto for o nível de HDL, menor será o risco de desenvolver doenças cardiovasculares.
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Colesterol VLDL
Há também a lipoproteína de densidade muito baixa (VLDL), uma partícula lipídica que desempenha o papel de transporte de triglicerídeos no sangue. Assim como o colesterol LDL, a fração VLDL está associada ao aumento do risco de doenças cardiovasculares, quando presente em níveis elevados.
A VLDL é produzida no fígado e contém principalmente triglicerídeos, uma forma de gordura armazenada como energia. Quando seus níveis estão elevados, há um aumento na quantidade de triglicerídeos circulantes no sangue, o que pode contribuir para o acúmulo de placas de gordura nas artérias.
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Quais os riscos do colesterol alto

O colesterol alto, quando não controlado, pode trazer diversos riscos à saúde, principalmente relacionados ao sistema cardiovascular.
A principal consequência é o acúmulo de placas de gordura nas artérias, um processo conhecido como aterosclerose. Essas placas podem endurecer e estreitar as artérias, dificultando o fluxo sanguíneo e aumentando o risco de:
✅Doença arterial coronariana (DAC): ocorre quando as placas de gordura se acumulam nas artérias coronárias, que irrigam o coração. Isso pode levar a angina (dor no peito), infarto do miocárdio e outras complicações graves.
✅Acidente vascular cerebral (AVC): também conhecido como derrame, acontece quando as placas de gordura bloqueiam o fluxo sanguíneo para o cérebro. Pode causar danos cerebrais permanentes, paralisia e até mesmo a morte.
✅Doença arterial periférica (DAP): essa condição afeta as artérias das pernas e pode causar dor, cansaço e, em casos graves, gangrena.
✅Pressão alta: o colesterol alto pode contribuir para o desenvolvimento de hipertensão arterial.
✅Doença renal: o acúmulo de placas de gordura nas artérias renais pode prejudicar o funcionamento dos rins.
✅Problemas na visão: outra possível consequência é o aumento do risco de doenças oculares graves, como degeneração macular relacionada à idade.
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Sinais e sintomas do colesterol alto
O colesterol alto é um problema que não apresenta sinais ou sintomas. Em alguns casos, a condição só é notada após o crescimento da placa ateroma estreita que entope as artérias provocando a má circulação sanguínea.
Outros sintomas podem está relacionado a doenças cardiovasculares é cansaço, dor de cabeça, dor no peito, palpitação e falta de ar. Esses sinais são fortemente relacionados aos níveis altos de colesterol.
A única maneira de saber o diagnóstico é por meio do exame de sangue.
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O que é possível fazer?

Além de evitar alimentos ricos em gordura saturada e trans, como os industrializados, e adotar um estilo de vida saudável, com exercícios regulares e controle do peso, é importante considerar outros fatores que podem afetar os níveis de colesterol.
O estresse, a predisposição genética e o envelhecimento também podem contribuir para um aumento do colesterol ruim (LDL) e diminuição do colesterol bom (HDL). Portanto, é essencial buscar um equilíbrio entre esses aspectos e seguir as orientações médicas para manter a saúde cardiovascular em dia.
Manter o hábito de fazer avaliações regulares da saúde, com consultas e exames de rotina também é uma medida importante. Além de permitir a identificação precoce do problema, o médico poderá orientar sobre as mudanças necessárias no estilo de vida, dieta e, se necessário, prescrever medicamentos para normalizar o colesterol.
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