A pressão alta é uma doença crônica – ou seja, sem cura – que altera a pressão que o sangue exerce sobre as artérias, com potencial de causar uma série de condições e doenças (algumas delas graves), que podem levar a óbito.
Por isso, é fundamental estar atento aos riscos da hipertensão arterial, que é considerada uma “doença silenciosa”, já que não costuma dar sinais de sua presença.
Neste artigo você vai conhecer os principais perigos da pressão alta e, principalmente, como se proteger de todos eles!
Dia Nacional de Prevenção e Enfrentamento à Hipertensão Arterial
Celebrado no dia 26 de abril, o Dia Nacional de Prevenção e Enfrentamento à Hipertensão Arterial foi instituído pela Lei 10.439, para conscientizar a população sobre a importância do diagnóstico, riscos e tratamento da hipertensão arterial, doença que atinge milhões de pessoas em todo o mundo.
Conhecida popularmente como “pressão alta”, a patologia é uma condição em que a pressão do sangue nas artérias está elevada de forma contínua, superando os níveis considerados normais. Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 38 milhões de pessoas no Brasil sofrem com a doença. É mais prevalente em mulheres (27,3%) que em homens (21,2%).
A prevenção inclui investir em bons hábitos e em qualidade de vida, como uma alimentação equilibrada (com baixo consumo de sódio), prática regular de atividade física, consumo controlado de álcool e evitar o tabagismo.
Além disso, é importante aferir a pressão arterial regularmente e buscar acompanhamento médico o quanto antes, caso seja identificada a condição, a fim de iniciar o tratamento.
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Os riscos da hipertensão arterial
Segundo o Ministério da Saúde, 90% dos casos de hipertensão são herdados geneticamente. Porém, hábitos ruins ajudam a desencadear ou piorar a doença.
Em alusão ao Dia Nacional de Prevenção e Enfrentamento à Hipertensão Arterial, o IMEB preparou este conteúdo com informações importantes sobre o tema.
A maioria das pessoas conhece os riscos da hipertensão arterial para o coração, porém essa condição pode trazer sequelas para diversas outras áreas do corpo. Veja!
1. Doenças cardiovasculares
A hipertensão faz com que o coração tenha dificuldade para bombear o sangue pelo organismo, exigindo um esforço maior para realizar esse processo. Uma das principais consequências desse maior esforço do coração é a insuficiência cardíaca, também conhecida como “coração fraco”, que é quando o órgão perde sua capacidade plena de trabalho, levando a inúmeros sintomas.
Além disso, a hipertensão arterial é fator de risco para outras doenças cardiovasculares, tais como:
- Aterosclerose (acúmulo de placas de gordura no interior dos vasos sanguíneos).
- Infarto (falência de músculos do coração, devido à falta de oxigênio).
- Angina (dor no peito, na região do coração, indicativa de infarto).
- Arritmias cardíacas (alterações no ritmo e na velocidade dos batimentos cardíacos).
- Acidente vascular cerebral (extravasamento de sangue no cérebro).
2. Problemas renais
A hipertensão arterial é um importante fator de risco para o desenvolvimento de doenças renais. Quando a pressão arterial está elevada, as artérias que levam sangue aos rins sofrem danos e podem ficar mais estreitas.
Isso pode prejudicar a função dos rins, pois o órgão não consegue filtrar o sangue adequadamente e eliminar toxinas maléficas à saúde, causando doenças renais crônicas e, até mesmo, falência dos rins — com necessidade de diálise e transplante. Além disso, pode agravar doenças renais preexistentes.
3. Problemas oculares
Outro risco da hipertensão alta é para a saúde dos olhos. Nesse caso, as paredes dos vasos sanguíneos que irrigam a retina podem ser danificadas, gerando outras complicações graves aos olhos. Esse quadro, pode causar:
- Edema do nervo óptico (o nervo óptico se incha, devido à pressão excessiva).
- Retinopatia hipertensiva (danos nos vasos da retina).
- Neuropatia óptica (lesão do nervo óptico devido à obstrução da chegada de sangue).
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4. Complicações na gravidez
A pressão alta é uma das complicações mais graves durante a gravidez, podendo causar sérios riscos para a mãe e para o bebê. Ela é conhecida como hipertensão gestacional e pode ser classificada em duas categorias:
- Hipertensão gestacional: elevação da pressão arterial após a 20ª semana de gestação, sem a presença de proteína na urina ou outros sinais de pré-eclâmpsia.
- Pré-eclâmpsia: elevação da pressão arterial após a 20ª semana de gestação, associada à presença de proteína na urina ou outros sinais, como inchaço excessivo, dor de cabeça intensa, alterações visuais, dor abdominal, entre outros.
- Eclâmpsia: ocorrência de convulsões, pressão arterial elevada e presença de proteína na urina.
O tratamento da hipertensão gestacional e da pré-eclâmpsia depende da gravidade da condição. Em casos leves, pode ser necessário apenas o monitoramento cuidadoso da pressão arterial e dos sintomas.
Em casos mais graves, pode ser necessário o uso de medicamentos para baixar a pressão arterial, repouso, indução do parto ou até mesmo uma cesariana de emergência.
5. Problemas cognitivos
A pressão alta também gera danos cognitivos, como alterações na memória, concentração e raciocínio. Isso porque, os microvasos da região do cérebro acabam sendo afetados por anos em que a doença está em atividade, causando esses e outros sintomas.
6. Problemas sexuais
Nos homens, a doença pode causar danos nas artérias que levam sangue ao pênis e são responsáveis pela ereção, levando a quadros de disfunção erétil. Homens com pressão arterial elevada apresentam um risco muito maior de problemas relacionados à função sexual e precisam ser acompanhados por cardiologista e urologista, em caso de problemas desse tipo.
7. Problemas ósseos
Outro risco da hipertensão arterial é o envelhecimento ósseo, que aumenta as chances de fratura, mesmo em pequenos impactos. Por causa disso, é importante avaliar se o paciente com pressão alta tem sinais de osteoporose e outras doenças ósseas.
Pressão alta: o que fazer para prevenir e tratar
- Pratique atividades físicas diariamente.
- Reduza o consumo de sódio (sal) na alimentação, dando preferência a temperos naturais e não adicionando mais sal nos alimentos após o preparo.
- Limite o consumo de bebidas alcoólicas.
- Reduza, ao mínimo possível, o consumo de alimentos ultraprocessados, como salsicha, mortadela, biscoitos recheados, entre outros.
- Controle a ingestão de frituras.
- Monitore o nível de açúcar no sangue, afinal, a diabete é fator de risco para a hipertensão.
- Não fume.
- Busque uma rotina de vida menos estressante.
- Caso tenha hipertensão diagnosticada, tome medicações corretamente.
- Monitore a pressão arterial regularmente.
Finalmente, um dos cuidados mais importantes: mantenha as consultas e exames regulares, especialmente o check-up cardiológico, caso tenha mais de 40 anos. Um acompanhamento médico adequado vai te ajudar a prevenir a ocorrência do problema ou mantê-lo controlado, sem levar aos riscos citados acima.
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