Questões genéticas, hormonais e ambientais fazem com que as mulheres tenham mais predisposição para apresentar alguns tipos de doenças e alterações de saúde.
Esse fato faz com que elas precisem estar mais atentas a certos cuidados no dia a dia ou mesmo acompanhamento profissional.
Em referência ao mês das mulheres, listamos abaixo as doenças mais comuns em mulheres, juntamente com dicas e orientações sobre os cuidados preventivos e curativos para cada uma.
Vamos nessa?
Dia Internacional da Mulher
O mês de março é um período em que as questões relativas às mulheres ganham mais evidência. A data foi instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1977, mas sua origem remonta à época da Primeira Guerra Mundial.
Isso porque neste mesmo dia, mas em 1917, milhares de mulheres russas foram às ruas do país exigindo melhores condições de trabalho e igualdade de gênero.
Além disso, as russas também pediam pelo fim da fome e da guerra, que assolavam o mundo naquele período. Outras manifestações marcantes pelos direitos das mulheres também foram realizadas em outras partes do mundo, como nos Estados Unidos (1957).
Dessa forma, o Dia Internacional da Mulher é uma homenagem às lutas e conquistas das mulheres ao longo da história.
No entanto, essa é uma luta que ainda está longe de acabar, e o Brasil é um grande exemplo disso.
Segundo relatório do Fórum Econômico Mundial, de 2020, o país ocupa a 92ª posição em um ranking que mede a igualdade de gênero com outras 153 nações. Se o recorte for feito apenas na América Latina, o Brasil ocupa a 22ª posição entre 25 países da região.
Veja também: A importância da alimentação saudável
As doenças mais comuns nas mulheres
Veja abaixo quais são as doenças mais comuns nas mulheres:
Câncer de mama
O câncer de mama é caracterizado pelo crescimento desordenado de células anormais da mama e é o segundo tipo de câncer com maior incidência entre mulheres em todo o mundo. A doença é mais frequente a partir dos 40 anos.
Para se prevenir do câncer de mama, é importante manter uma alimentação saudável, praticar atividades físicas regulares, manter um peso corporal adequado, não fumar e evitar ou reduzir o consumo de bebidas alcóolicas.
Exames preventivos também são fundamentais para detectar precocemente a presença de tumores na região, o que aumenta as chances de cura em mais de 95%.
Diagnóstico
Nesse sentido, a mamografia é o principal exame de rastreamento das mamas para identificar o câncer de mama. Esse exame de imagem fornece imagens detalhadas e de alta resolução para identificar calcificações, lesões, nódulos e assimetrias.
Câncer do colo do útero
O câncer do colo do útero é um dos tumores malignos mais frequentes na população feminina e está relacionado, principalmente, à infecção pelo HPV (papilomavírus humano), que são diversos tipos de vírus capazes de infectar a pele ou as mucosas.
O HPV pode se manifestar por meio de verrugas que podem aparecer no colo do útero, vagina, vulva, região pubiana, perineal, perianal, ânus, laringe e êsofago, além de lesões subclínicas (não visíveis ao olho nu), que não apresentam sintomas ou sinais e, geralmente, são percebidas apenas durante a realização de exames ginecológicos.
Caso não sejam tratadas, essas lesões podem se transformar em câncer.
Diagnóstico
O diagnóstico da doença é feito pelo ginecologista, por meio de exame pélvico e da história clínica. A análise da vagina, colo do útero, útero, ovário e reto, é realizada por exames de imagem e avaliação com toque vaginal e retal.
No entanto, a principal estratégia para detectar a doença e fazer o diagnóstico precoce das lesões é o papanicolau, exame indicado para mulheres entre os 25 e 64 anos.
Endometriose
A endometriose é uma doença que costuma surgir em mulheres em idade fértil. É caracterizada pelo crescimento anormal das células do tecido que reveste o útero (endométrio).
Em condições normais, essas células deveriam ser expulsas após a menstruação. No entanto, neste caso elas se movimentam no sentido contrário e voltam para os ovários ou cavidade abdominal, onde se multiplicam e sangram, causando fortes dores durante o período menstrual ou nas relações sexuais.
Além disso, cerca de 40% das mulheres com endometriose se tornam inférteis.
Diagnóstico
Por ser uma doença de difícil diagnóstico, é fundamental realizar consultas regulares com ginecologista, a fim de detectar possíveis sintomas de forma precoce.
A endometriose costuma regredir naturalmente com a chegada da menopausa, já que a produção dos hormônios femininos caem com o fim dos ciclos menstruais. O tratamento inclui medicamentos para suspender a menstruação e, em casos mais graves, até mesmo cirurgia.
Síndrome do ovário policístico
A síndrome dos ovários policísticos é um distúrbio hormonal caracterizado pela formação de cistos nos ovários, causando aumento do órgão. Além disso, a doença provoca menstruação irregular e aumento na produção de testosterona, que é o principal hormônio masculino.
Com maior incidência em mulheres com idade entre 30 e 40 anos – ainda que possa atingir pessoas abaixo dessa faixa etária –, a síndrome do ovário policístico pode provocar, em casos mais graves, diabetes, doenças cardiovasculares, infertilidade e câncer do endométrio.
Diagnóstico
O diagnóstico da doença é feito por meio de avaliação clínica dos sintomas apresentados pela paciente, assim como exames de sangue para dosagem de hormônios e ultrassom transvaginal. Por se tratar de uma doença crônica, o tratamento visa reduzir os sintomas.
Veja também: Cisto no útero e ovário policístico – Quais as diferenças?
Depressão
A depressão é um transtorno psicológico caracterizado por tristeza profunda, perda de interesse ou prazer, sentimentos de culpa ou baixa autoestima, assim como distúrbios do sono e do apetite, cansaço e falta de concentração.
Estudos apontam que o risco de depressão em mulheres é duas vezes maior do que em homens. Fatores biológicos e sociais podem ajudar a explicar esses dados, que englobam desde as grandes mudanças hormonais que as mulheres apresentam ao longo da vida até a jornada dupla (ou tripla) de trabalho entre casa, carreira profissional e estudos.
Diagnóstico
A depressão é uma doença silenciosa e não existe um exame específico capaz de diagnosticar o quadro. Para identificar o transtorno, o profissional observa as queixas relatadas pelo paciente e seu histórico familiar e individual. Para isso, é fundamental reconhecer os sinais e sintomas da depressão, que podem variar conforme cada caso.
O tratamento para a doença é realizado em conjunto por psicólogo(a) e psiquiatra e pode variar dependendo dos sintomas e sua intensidade. Em geral, a depressão é tratada com uso de medicamentos, psicoterapia ou uma combinação entre as duas opções.
Saiba mais: Depressão – Entenda mais sobre a doença e como tratar
Doenças autoimunes
As doenças autoimunes são aquelas em que o próprio sistema imunológico do(a) paciente reconhece estruturas saudáveis do organismo como estranhas e passa a atacá-las.
Alguns exemplos desse tipo de patologia são:
- lúpus;
- artrite;
- fibromialgia;
- esclerose lateral amiotrófica (ELA);
- esclerose múltipla
- polimialgia reumática;
- alopecia areata;
- vitiligo
- psoríase.
Normalmente, as doenças autoimunes costumam afetar mais mulheres que homens. Uma explicação para este fenômeno pode estar em um receptor de estrógeno localizado em células de defesa do corpo.
Diagnóstico
O diagnóstico desse tipo de doença é feito através de avaliação médica detalhada, que inclui a história clínica da paciente associada a exames físico, laboratorial e de imagem.
Por se tratar de uma condição crônica, o tratamento das doenças autoimunes tem o objetivo de evitar maiores sequelas e aumentar a qualidade de vida das pacientes.
Enxaqueca
A enxaqueca é outro tipo de doença que atinge mais mulheres que homens. Neste caso, as crises costumam afetar de 3 a 5 vezes mais a população feminina.
A doença é caracterizada pela intensa dor de cabeça, que vem acompanhada muitas vezes de náuseas, vômitos, tonturas e sensibilidade à luz, ao som e até mesmo ao cheiro.
Um dos motivos para a enxaqueca ser mais frequente em mulheres é a grande variação hormonal causada pela menstruação, uso de anticoncepcionais, gravidez e menopausa. Além disso, o estresse e a ansiedade de uma rotina sobrecarregada também podem ser a causa da doença.
A prevenção e tratamento da enxaqueca envolve mudanças nos hábitos alimentares – adotando uma alimentação saudável e balanceada – e também atividades físicas. Em momentos de crise, o uso de analgésicos deve ser realizado sob orientação médica.
Infecções urinárias
A infecção urinária é uma infecção que pode atingir diversas partes do trato urinário, como rins, ureteres, bexiga e uretra. Os principais sintomas da doença são ardência ao urinar, necessidade frequente de fazer xixi, urina turva, dor na parte inferior das costas, febre, entre outros.
Um dos principais motivos para a infecção urinária acometer mais mulheres é a anatomia feminina. Isso acontece pelo fato da mulher ter uma uretra mais curta e próxima ao ânus, o que favorece a contaminação da bexiga por bactérias localizadas nas regiões anal e vaginal. Além disso, a gravidez e a pós-menopausa são fatores que aumentam a proporção do desenvolvimento da doença.
O tratamento para a infecção urinária inclui uso de antibióticos, e o melhor método para a prevenção da doença é a ingestão frequente de água. Além disso, é importante não segurar a urina por longos períodos.
Veja também: Hidratação no verão – Veja por que esse hábito é essencial
Anemia
A anemia é definida como a deficiência de hemoglobina (glóbulos vermelhos) no sangue, causada pela carência de um ou mais nutrientes.
No entanto, a principal causa da doença é a falta de ferro. Mulheres em fase de reprodução, gestantes, lactantes, meninas adolescentes e crianças são os grupos mais afetados pela anemia.
O diagnóstico de anemia ferropriva (como é conhecida a anemia causada pelo ferro) é realizado por meio da análise clínica dos sintomas da paciente e exames laboratoriais de sangue.
Na maioria dos casos, a anemia é tratada com a ingestão de alimentos ricos em ferro, como carne vermelha, folhas verdes-escuras, leguminosas e grãos.
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