6 doenças que acometem mulheres no mercado de trabalho | IMEB

6 doenças que acometem mulheres no mercado de trabalho

Segundo a edição Women in Business 2018: saindo da teoria, para a prática, publicada pela agência Grant Thornton, de 2017 para 2018, o número de mulheres em cargos de liderança cresceu 75% ao redor do mundo. Sendo que, no Brasil, 29% das empresas apresentam mulheres em postos de chefia, o que significa mais que a média global de 24%.

Mesmo com todas as responsabilidades profissionais, a mulher nunca deixou de lado seus deveres com a casa e a família. 

Ela corre contra o tempo para agradar seus gestores, o marido, os filhos, além de se comprometer com uma série de atividades. 

E por acumularem tanto trabalho e obrigações, as mulheres são as principais vítimas das doenças ocupacionais como: ler, dort, síndrome de burnout, depressão, ansiedade, gastrite, enxaqueca, entre outras. Acompanhe a leitura para conhecer cada uma dessas doenças.

LER

A LER (Lesões por Esforço Repetitivo) talvez seja a mais conhecida das doenças ocupacionais. É causada pelo movimento prolongado e repetitivo. Com o passar do tempo, ela reduz significativamente a capacidade do indivíduo para o trabalho, levando até à aposentadoria por invalidez.

Por ser uma doença de lenta progressão, muitas vezes, ela passa despercebida, só sendo notada quando em estágio avançado.

Prevenção: é indicado fazer pausas para o descanso durante o trabalho e fazer ginástica laboral.

DORT

Os Dort (Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho) atingem, preferencialmente, as mulheres e são ocasionados pela contínua postura inadequada. Podem causar dor crônica que, se não tratada, tem grandes chances de agravar e levar a invalidez da pessoa.

A doença é caracterizada pelas condições inadequadas em que a função laboral é realizada.

Prevenção: para combater a doença é recomendado praticar exercícios físicos, promovendo o fortalecimento dos músculos e o cuidado com a postura. Dessa forma, as chances de sofrer desse mal são muito menores e os riscos podem ser controlados.

Síndrome de Burnout

A síndrome de Burnout ou esgotamento profissional é caracterizada como uma espécie de depressão devido à fadiga, podendo atingir todas as áreas. 

Acontece quando o corpo e a mente estão esgotados e dão um basta. A pessoa acometida sente um cansaço devastador e uma absoluta falta de energia.

No ambiente de trabalho, a motivação é substituída pela irritação, diminuição de concentração, desânimo e sensação de fracasso. Profissionais que recebem uma grande carga de trabalho e responsabilidade são os mais sujeitos a essa síndrome. Por exemplo, os profissionais da saúde. 

As mulheres são mais atingidas pela doença, pois há a expectativa de que elas realizem, além das suas funções no trabalho, também o serviço doméstico em casa. 

Todas essas obrigações viram uma bola de neve, afetando não só física, mas emocionalmente e, se isso não for tratado, o corpo e a mente entram em um verdadeiro colapso. 

Prevenção: primeiramente, não seja workaholic. Não permita que o seu trabalho tome todo o seu tempo, tenha um tempo reservado para momentos de lazer. Se sente que está desmotivada no seu trabalho ou que faz mais do que deveria e não é recompensada por isso, procure novas chances no mercado. E claro, cuide do seu estilo de vida, alimente-se bem, pratique atividades físicas e durma o necessário para recuperar todas as energias gastas do dia.

 

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Enxaqueca

A enxaqueca também é um outro mal que atinge uma grande quantidade de mulheres no trabalho e tem um impacto considerável na produtividade. 

Em uma crise de enxaqueca a pessoa sente dor pulsátil, dor de um lado da cabeça, com intensidade moderada a forte e agravamento da dor com a atividade física, barulho e exposição à luz.

A enxaqueca tem diversas causas e as principais delas são: sobrecarga física e mental, estresse e falta de sono. O excesso de trabalho é um gatilho no momento em que causa a sobrecarga mental ou física. Dedicação exagerada aliada à falta de cuidado com a saúde é um cenário que estimula o surgimento da enxaqueca.

Todos esses fatores são bem comuns na vida de muitas mulheres que precisam se virar em mil para resolver todas as responsabilidades profissionais e domésticas. 

Prevenção: mantenha seu ritmo de trabalho estável para que você não precise trabalhar até tarde para cumprir prazos ou concluir tarefas. Tente manter um horário regular para comer, dormir, fazer exercícios, trabalhar e relaxar. Mais uma vez, os momentos de lazer são muito importantes! 

Ansiedade

A ansiedade também afeta mais mulheres que homens devido a pressão criada pelos inúmeros papéis impostos à mulher – como trabalho, maternidade, violência e relacionamentos.

O transtorno de ansiedade é caracterizado como uma sensação constante de preocupação, de incapacidade e medo. Fisicamente, a pessoa pode apresentar náuseas, falta de ar, taquicardia e problemas de sono, e, se o quadro se agravar, pode até ter um ataque de pânico e nem conseguir sair de casa.

A ansiedade pode vir também acompanhada da depressão. Esses sintomas aparecem mais em mulheres, pois elas estão em constante estado de alerta. Portanto, procurar uma ajuda psicológica é primordial!

Prevenção: se no seu trabalho você percebe alguns desses sintomas, comece a ficar atenta! Não deixe que o estresse do trabalho prejudique a sua saúde mental, esteja em acompanhamento psicológico para tratar caso sinta os primeiros sintomas e evitar o desenvolvimento desse transtorno.

Gastrite

A gastrite também pode ser ocupacional! Muito comum em profissionais que trabalham com metas e prazos ou quem trabalha à noite, já que não dorme e nem come nos horários adequados.

A gastrite é definida como uma inflamação no estômago e, se não for tratada, pode levar a problemas mais graves. Os sintomas de todas as gastrites são: mal-estar, queimação, indigestão, gases, inchaço no abdome, arrotos e até vômito.

No ambiente de trabalho, o desconforto abdominal pode vir acompanhado de dores de cabeça, o que prejudica ainda mais concentração mental e a disposição física.

Prevenção: adotar hábitos alimentares saudáveis, evitando alimentos como refrigerante, café, chocolate, fritura e comidas muito gordurosas. E claro, buscar medidas para diminuir o estresse do dia a dia no trabalho e em casa.

Todas essas doenças ocupacionais são oriundas de uma má qualidade de vida por conta da escassez de tempo e acúmulo de obrigações somadas, muitas vezes, ao ambiente corporativo inadequado, à insatisfação com o emprego, aos baixos salários e/ou às horas extras trabalhadas.

 

Portanto, é necessário se cuidar!

 

Vá ao médico se suspeitar de qualquer uma dessas doenças.

 

Tenha como uma de suas prioridades os momentos de lazer entre a família e amigos. Não deixe que sua vida se resuma a trabalho!

 

E claro, invista em hábitos saudáveis, mantenha suas consultas e exames de rotina sempre em dia!

 

Para ajudá-la ainda mais nesse cuidado, confira abaixo o material que preparamos com os exames que toda mulher deve fazer por faixa etária:

Exames que toda mulher deve fazer por faixa etária

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Saúde da mulher: exames além da mamografia

Por: Dr. Renato Barra / Categoria: IMEB Mulher

15 de abril de 2020

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