Muitas pessoas acreditam que o infarto sempre vem acompanhado de sinais claros, como dor no peito ou falta de ar. No entanto, uma parcela importante dessas ocorrências surge de forma silenciosa, sem qualquer sintoma evidente.
Os chamados infartos silenciosos são um grande perigo justamente porque passam despercebidos até causar danos graves ao coração. A boa notícia é que exames de imagem modernos permitem identificar alterações cardíacas precoces, mesmo em pacientes assintomáticos.
Neste artigo, você vai descobrir como exames de imagem ajudam a prevenir infartos silenciosos, quem deve realizá-los e por que a prevenção é a chave para evitar complicações graves e salvar vidas.
Acompanhe!
Você sabia que é possível identificar riscos de infarto mesmo sem sintomas?
Você sabia que muitos infartos acontecem sem que a pessoa perceba qualquer sintoma antes? Esse tipo de evento é conhecido como infarto silencioso e, infelizmente, é mais comum do que se imagina.
De acordo com estudos recentes, cerca de 20% dos infartos são silenciosos, ou seja, acontecem sem dor no peito, falta de ar ou qualquer outro sinal típico que possa servir de alerta.
Diante dessa realidade, a medicina preventiva tem se tornado cada vez mais essencial, e os exames de imagem são grandes aliados nesse processo.
Eles permitem visualizar alterações no coração e nas artérias coronárias antes mesmo que o paciente apresente qualquer queixa, ajudando a identificar riscos e evitar complicações graves. Em muitos casos, um exame feito no momento certo pode salvar uma vida.
O que é um infarto silencioso?
O infarto silencioso ocorre quando uma parte do músculo cardíaco sofre isquemia (falta de oxigênio) devido à obstrução parcial ou total de uma artéria coronária.
A grande diferença é que esse processo acontece sem os sintomas clássicos — como dor intensa no peito irradiando para o braço esquerdo, falta de ar, suor excessivo ou tontura — o que dificulta o diagnóstico e o tratamento em tempo hábil.
Muitas vezes, a pessoa só descobre que teve um infarto depois de fazer um exame de rotina ou após o surgimento de complicações como arritmias, insuficiência cardíaca ou até mesmo a morte súbita decorrentes do evento anterior.
Esse tipo de infarto é mais comum em grupos de risco, como pessoas com diabetes, idosos, mulheres e indivíduos com histórico familiar de doenças cardíacas.
A ausência de sintomas não significa que o infarto foi leve. Pelo contrário: os danos ao músculo cardíaco podem ser graves e permanentes, elevando o risco do surgimento de outros problemas no coração.
É exatamente por isso que a prevenção, por meio de exames de imagem, é fundamental. Ao detectar alterações precoces, é possível iniciar tratamentos preventivos, melhorar o estilo de vida e evitar consequências mais graves.
Veja também: Pontada no coração: causas e o que fazer?
Principais fatores de risco que merecem atenção
Existem algumas condições que aumentam de forma significativa o risco de infarto, seja ele silencioso ou não. Os principais fatores de risco que exigem acompanhamento médico são:
- Hipertensão arterial (pressão alta);
- Colesterol alto (principalmente LDL elevado);
- Diabetes mellitus;
- Histórico familiar de doenças cardíacas;
- Sedentarismo e obesidade;
- Tabagismo;
- Estresse crônico;
- Idade avançada (acima de 55 anos para homens e 65 para mulheres).
A presença de um ou mais desses fatores deve servir como alerta para que seja iniciado um acompanhamento cardiológico, mesmo que a pessoa esteja assintomática.
Quais exames podem detectar alterações cardíacas antes de um infarto
Graças aos avanços da tecnologia médica, diversos exames de imagem permitem avaliar a saúde cardiovascular com alta precisão. Veja os principais exames indicados para prevenir infartos silenciosos:
Angiotomografia coronariana
A angiotomografia coronariana é um exame de imagem não invasivo que utiliza tomografia computadorizada associada a contraste iodado para visualizar as artérias coronárias com alta resolução.
Com esse exame, é possível detectar placas de gordura e cálcio nas artérias (antes mesmo que causem obstruções severas), avaliar o grau de obstrução arterial e estimar o risco de eventos cardiovasculares nos próximos anos.
A angiotomografia é especialmente recomendada para pacientes com risco intermediário, que não apresentam sintomas, mas têm fatores como colesterol alto, hipertensão e histórico familiar.
Cintilografia do miocárdio
A cintilografia do miocárdio avalia a perfusão sanguínea do músculo cardíaco, ou seja, verifica se o sangue está chegando de forma adequada a todas as partes do coração.
O exame é feito com o uso de radiofármacos e pode ser realizado em repouso e durante o esforço físico (ou simulação com medicamentos). Também é indicado para pessoas com múltiplos fatores de risco e aqueles com sintomas atípicos, como cansaço sem causa aparente.
Além de avaliar o grau de comprometimento da irrigação miocárdica, a cintilografia verifica danos prévios causados por infartos antigos e é útil para guiar o tratamento de pacientes com suspeita de doença arterial coronariana.
Ecocardiograma
O ecocardiograma é um exame de ultrassonografia do coração, que permite visualizar o funcionamento das válvulas cardíacas, a contração do músculo do coração e a presença de áreas enfraquecidas ou lesionadas (o que pode indicar um infarto antigo).
É um exame simples, indolor e acessível, sendo parte importante da avaliação cardiológica rotineira, especialmente em pacientes com hipertensão, diabetes ou que apresentaram alterações no eletrocardiograma.
Veja também: Nefrite: causas, sintomas e tratamentos
Diferença entre prevenção e rastreamento cardiovascular
É muito comum imaginar que só se deve procurar um cardiologista ao sentir dor no peito ou algum tipo de desconforto. No entanto, existe uma grande diferença entre prevenção e rastreamento cardiovascular.
A prevenção se refere ao conjunto de medidas adotadas para evitar o surgimento da doença, o que inclui alimentação saudável, prática de exercícios, controle da pressão e do colesterol, e exames periódicos para avaliar o risco do surgimento de doenças do coração.
Já o rastreamento cardiovascular é indicado para detectar alterações precoces e silenciosas em pessoas assintomáticas, mas com algum fator de risco, como hipertensão, diabetes ou colesterol alto, assim como para pessoas com histórico familiar de doenças cardíacas. O objetivo é identificar lesões nas artérias antes que causem sintomas ou eventos graves.
Muitos infartos poderiam ser evitados se mais pessoas realizassem exames de imagem como parte de um programa de rastreamento individualizado, prescrito por um cardiologista.
A detecção precoce permite iniciar tratamentos eficazes, como o uso de medicações ou mudanças no estilo de vida, antes que ocorra um evento cardíaco.
Quem deve fazer esse tipo de avaliação e com que frequência
Nem todo mundo precisa fazer exames cardíacos de imagem com frequência, mas alguns perfis devem ficar mais atentos e buscar orientação médica. Confira as recomendações gerais:
Pessoas saudáveis, sem sintomas ou fatores de risco
- Avaliação clínica e exames básicos a partir dos 40 anos.
- Medição regular de pressão arterial, colesterol e glicemia.
- Consulta com clínico geral ou cardiologista conforme necessidade.
Pessoas com fatores de risco (hipertensão, colesterol alto, diabetes, histórico familiar)
- Avaliação cardiológica anual.
- Se houver histórico familiar de infarto precoce, iniciar a avaliação aos 35 anos.
- Exames complementares, como ecocardiograma ou cintilografia, conforme recomendação médica.
- Rastreio com exames de imagem a depender da idade e histórico.
Homens a partir dos 45 anos e mulheres a partir de 50 anos
- Início do rastreamento cardiovascular, mesmo sem sintomas.
- Frequência dos exames conforme perfil individual de risco.
Pessoas com sintomas leves e atípicos (cansaço, palpitações, falta de ar leve)
- Avaliação médica imediata.
- Exames de imagem conforme investigação.
É importante ressaltar que em todos os casos, o acompanhamento com um cardiologista é fundamental para definir quais exames são indicados, a frequência ideal e os cuidados necessários.
Conclusão: prevenir é mais eficaz (e mais barato) que tratar
A saúde do coração precisa ser tratada com prioridade. Infartos silenciosos representam um desafio à saúde, pois muitas vezes passam despercebidos e deixam sequelas graves.
Felizmente, hoje a tecnologia e a medicina preventiva permitem identificar riscos antes que o problema aconteça — e isso faz toda a diferença.
Afinal, é melhor descobrir uma obstrução precoce e tratá-la com medicamentos e mudanças no estilo de vida do que lidar com as consequências de um infarto.
Investir em exames de imagem e acompanhamento médico é uma forma inteligente de cuidar de si mesmo. Além de aumentar as chances de evitar um problema cardíaco, a prevenção reduz custos com internações, cirurgias e tratamentos prolongados.
Se você tem algum fator de risco ou está na faixa etária indicada, não espere pelos sintomas. Procure um cardiologista e agende sua avaliação cardiovascular no IMEB. Prevenir ainda é o melhor remédio — e também o mais eficaz.
O IMEB é referência no Centro-Oeste em exames de diagnóstico por imagem, como angiotomografia coronariana, cintilografia do miocárdio e ecocardiograma.
Nossa preocupação é sempre oferecer as tecnologias mais avançadas e um time de profissionais experientes e qualificados, para que seu exame seja realizado com todo o conforto e segurança.
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