Exames possibilitam prevenir problemas cardíacos | IMEB

Exames possibilitam prevenir problemas cardíacos

Tomografia de Coronárias, como o Escore de Cálcio e a Angiotomografia de coronárias, estimam o risco de infartos e ajudam na prevenção

Infarto, ataque cardíaco ou parada cardíaca é quando o fluxo de sangue do músculo cardíaco é bloqueado, como por um entupimento de artérias. O problema pode danificar o músculo permanentemente ou até matá-lo, sendo considerado bastante grave. 

Não é à toa que as doenças cardiovasculares estão no topo da lista de doenças que mais matam no mundo. No Brasil, elas são responsáveis por 30% das mortes, sendo o infarto a principal causa. 

Felizmente, com um check up anual, o cardiologista pode identificar risco de doenças cardíacas e iniciar um tratamento para prevenir o problema. Essa bateria de exames pode ser feita com diferentes tipos de procedimentos, desde exames de sangue a Tomografia de Coronárias, como o Escore de Cálcio e a Angiotomografia de coronárias – tudo vai depender do paciente e de seu histórico. 

Exames amigos do coração 

Um em cada três adultos morre devido a doenças cardiovasculares. Mas a avaliação cardíaca precoce – e constante – pode retardar esses quadros e até evitar que eles aconteçam. 

Pessoas com histórico familiar de doenças cardiovasculares devem frequentar um cardiologista anualmente a partir de 30 anos de idade. Quem não tem predisposição genética pode esperar até os 40 anos para começar check up anual. 

Já na consulta clínica, é possível que o médico realize o exame de eletrocardiograma, que pode ser feito no próprio consultório. O paciente fica em repouso durante sua realização. Ele registra os batimentos cardíacos naquele momento e pode avaliar se a pessoa está apta a praticar atividades físicas de baixo impacto, por exemplo, uma caminhada diária. 

Segundo cardiologistas, um eletrocardiograma bem interpretado pode evitar problemas cardiológicos em até 90% das vezes. 

Pode ainda ser pedido um teste ergométrico, que verificará as reservas cardíacas, principalmente no caso de a pessoa manifestar vontade de fazer atividades físicas de maior impacto, como corrida ou natação. Trata-se de um exame em que a pessoa é colocada para caminhar (e depois correr) em uma esteira. 

Ele pode ser feito em conjunto com o ecocardiograma, que nada mais é do que uma ultrassonografia do coração para verificar suas medidas. Esse exame pode diagnosticar uma hipertrofia, ou seja, quando o coração aumenta de tamanho. 

Se todos esses exames apresentarem resultados dentro da normalidade, a pessoa tem alta e deve voltar ao médico apenas no ano seguinte. Agora, se eles apresentaram algum problema, o profissional deverá solicitar outros exames, como a cintilografia e o cateterismo. 

Para a cintilografia, é preciso injetar um isótopo radioativo na veia do paciente. Assim, o exame mostrará imagens tridimensionais, possibilitando ver como está a irrigação cardíaca – e se existem áreas alteradas, ainda que sejam bem pequenas. Apresentando alteração (ou sintomas de infarto), pode ser necessário realizar a cineangiocoronariografia (cateterismo). 

O cateterismo é realizado por meio da introdução de um cateter nas artérias coronárias e injeção de contraste, que possibilita ver a vascularização de todo o coração. 

Tomografia Computadorizada das artérias coronárias 

Existem ainda as Tomografias Computadorizadas das artérias coronárias, realizadas para obter imagens de raio x ao redor do paciente. Ela possibilita a construção de imagens em 3D, visualizando as artérias por completo. Seus resultados são tão explícitos quanto os do cateterismo, só que esse exame atua sem ser invasivo, sendo, portanto, mais seguro para o paciente (e mais rápido). 

Existem dois tipos de Tomografias Computadorizadas das artérias coronárias: O primeiro é o Escore de Cálcio, que detecta e quantifica a calcificação nas artérias do coração. Quantificando a calcificação das artérias coronárias, ele determina o risco de o paciente sofrer infarto ou angina nos próximos anos, mas deve ser associado sempre às taxas de colesterol, diabetes e hipertensão. Para o Escore de Cálcio, não é necessário uso de contraste iodado. O segundo tipo é a Angiotomografia de coronárias que evidencia as obstruções destas artérias. Para esse exame, é necessário injetar contraste iodado na veia. Assim, o paciente deve estar em jejum de 4 horas, interromper 24 horas o uso de metformina e ter sua frequência cardíaca um pouco reduzida. Já outros medicamentos estão liberados. Pacientes alérgicos ao contraste ou com insuficiência renal não podem realizar esse exame. 

No geral, esses exames são bastante seguros e seus níveis de radiação estão dentro do permitidos e são comparáveis aos da cintilografia.

Por: Dr. Renato Barra / Categoria: Destaque Notícias

13 de abril de 2017

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