Julho Amarelo: mês da luta contra as hepatites!
As hepatites virais são problemas de saúde pública em todo o mundo, sobretudo pelas formas de contaminação que envolvem falta de higiene sanitária. Ou, também, pela maioria dos infectados conviverem anos com a doença, sem saber, podendo infectar outras pessoas.
Além disso, as hepatites virais podem evoluir para outras condições médicas graves, como o câncer de fígado.
Por isso, para alertar a população sobre a importância da prevenção e da testagem nos casos de exposição, julho é o mês dedicado a falar sobre o tema no Brasil e no mundo.
Entenda melhor a seguir!
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Julho Amarelo: mês da luta contra as hepatites
Instituído no Brasil em 2019, o Julho Amarelo é o mês de conscientização e luta contra as hepatites virais, inflamações causadas por vírus classificados pelas letras A, B, C, D e E. Em todo o mundo, 290 milhões de pessoas vivem com hepatite viral sem saber que estão contaminadas.
Durante o mês de julho, diversas ações são realizadas para conscientização sobre as hepatites virais, como palestras, campanhas de vacinação, testes rápidos para diagnóstico, distribuição de materiais informativos e outras ações para disseminar conhecimento sobre a prevenção e os cuidados relacionados às hepatites.
A campanha visa informar a população sobre as hepatites, promover a prevenção, o diagnóstico precoce e o tratamento adequado dessas doenças, que têm números assustadores, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS):
- Hepatite B – Estima-se que cerca de 257 milhões de pessoas estejam infectadas pelo vírus da hepatite B em todo o mundo, resultando em aproximadamente 887.000 mortes anualmente.
- Hepatite C – Globalmente, estima-se que 71 milhões de pessoas vivam com a hepatite C crônica, com mais de 399.000 mortes registradas anualmente.
- Hepatite A e E: Estima-se que existam aproximadamente 1,4 milhão de casos de hepatite A anualmente em todo o mundo, enquanto a hepatite E é responsável por cerca de 20 milhões de infecções agudas.
- Hepatite D: Estima-se que cerca de 15-20 milhões de pessoas estejam infectadas pelo vírus da hepatite D.
Portanto, é fundamental que as pessoas conheçam os fatores de risco, adotem práticas de prevenção e busquem orientação médica caso apresentem sintomas de infecção pelo vírus da hepatite ou tenham sido expostas ao vírus.
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O que é a hepatite e quais os seus riscos?
As hepatites virais são inflamações do fígado causadas por diferentes tipos de vírus, denominados de A a E. Esses vírus têm características distintas e são transmitidos de maneiras diferentes.
As hepatites virais podem variar em gravidade, desde infecções agudas autolimitadas (que se resolvem espontaneamente) até infecções crônicas (que persistem por mais de seis meses) e podem levar a complicações, como cirrose hepática e câncer de fígado.
No Brasil, as hepatites virais mais comuns são causadas pelos vírus A, B e C. A seguir, veja algumas informações básicas sobre os principais tipos:
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1. Hepatite A
Também conhecida como hepatite infecciosa, é transmitida principalmente por meio da ingestão de água ou alimentos contaminados por fezes de uma pessoa infectada. Além disso, podem ocorrer surtos em áreas com condições sanitárias e de higiene pessoal precárias.
Outro meio de transmissão é a prática sexual anal, que propicie o contato fecal-oral desprotegido. Geralmente, é uma infecção aguda, mas não leva à hepatite crônica.
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2. Hepatite B
Este problema no figado ocorre principalmente por relações sexuais desprotegidas, mas pode tambem ser transmitida da mãe para o filho durante a gestação ou parto. Pode ser uma infecção aguda ou crônica, a hepatite B aumenta o risco de cirrose hepática e câncer de fígado.
A maioria dos casos não apresenta sintomas, sendo que o paciente recebe o diagnóstico anos após a infecção.
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3. Hepatite C
A transmissão da HCV ocorre principalmente pelo contato direto com sangue contaminado no compartilhamento de agulhas, procedimentos invasivos com objetos não devidamente esterilizados – como alguns usados em manicures – que tenham entrado em contato com o vírus.
A hepatite C pode ser crônica ou aguda, porém, aproximadamente 60% a 85% dos casos se tornam crônicos, podendo evoluir para cirrose hepática. A maioria das pessoas infectadas não apresenta sintomas.
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4. Hepatite D
Também chamada de Delta, é uma infecção que ocorre em conjunto com a hepatite B. A transmissão ocorre de maneira semelhante à hepatite B, principalmente por relações sexuais sem preservativo e compartilhamento de objetos de higiene pessoal e perfuro-cortantes.
A hepatite D crônica é considerada a forma mais grave de hepatite viral crônica. Por causa disso, o paciente tem chances aumentadas de desenvolver cirrose.
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5. Hepatite E
É transmitida principalmente por meio da ingestão de água ou alimentos contaminados, sobretudo em regiões com infraestrutura sanitária precária.
Geralmente, é uma doença aguda, mas pode ser grave em mulheres grávidas. De todo modo, não é tão comum no Brasil.
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>>> Leia também: Hepatite: como é feito o diagnóstico?
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Formas de prevenção das hepatites virais
Cada hepatite viral tem formas particulares de transmissão, por isso, cada tipo terá um protocolo de prevenção com ações diferentes e/ou similares.
Contudo, essas medidas podem incluir:
- Vacinação para prevenir as hepatites A e B;
- Uso de preservativo em todas as relações sexuais, especialmente em casos de parceiros sexuais desconhecidos ou de risco, incluindo sexo oral e anal;
- Manter uma boa higiene pessoal, não esquecendo de lavar as mãos depois de usar o banheiro;
- Evitar o compartilhamento de objetos de higiene pessoal, como lâminas de barbear, escovas de dentes e alicates de unha;
- Evitar a construção de fossas próximas a poços e nascentes de rios;
- Ao fazer tatuagens, piercings, acupuntura ou qualquer procedimento que envolva o uso de agulhas ou instrumentos perfurantes, certificar-se de que sejam utilizados materiais esterilizados e descartáveis;
- Cozinhar bem os alimentos antes de consumi-los.
>>> Veja também: Cintilografia Do Miocárdio: Como é Feita, Riscos, Preparo e Indicações?
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Como é feito o diagnóstico das hepatites virais?
O diagnóstico das hepatites virais é feito por meio de exames de sangue, que detectam os marcadores virais e outros exames para avaliar a função hepática.
Nesse sentido, os testes de detecção de antígenos e anticorpos são usados para identificar a presença de antígenos virais ou anticorpos produzidos pelo sistema imunológico em resposta à infecção.
Há ainda um teste pouco conhecido, mas que tem sido visto como um dos mais importantes no diagnóstico das hepatites virais. Trata-se da elastografia hepática; exame que é capaz de identificar alterações na textura do fígado, que outros exames de imagem não podem.
A realização da elastografia hepática deve ser conduzida por profissionais com treinamento especializado, garantindo assim resultados precisos, confiáveis e seguros para que o médico possa interpretar as informações e direcionar o paciente para o tratamento.
Nesse sentido, o IMEB é uma instituição reconhecida por oferecer exames de diagnóstico por imagem de alta qualidade, incluindo a elastografia hepática.
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Por: Dr. Renato Barra / Categoria: Doenças do fígado Elastografia
7 de julho de 2023