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Por: Dr. Renato Barra

Amamentação e exame de contraste: tire suas dúvidas!

Uma dúvida comum de muitas mães durante o período de amamentação é: fazer exame de contraste oferece risco pro meu filho?

Seja tomografia, ressonância magnética, radiografia ou qualquer outro exame de diagnóstico por imagem que possa envolver contraste, essa é uma grande preocupação — e compreensível.

Se você também está com isso na cabeça, continue lendo este artigo. Vamos esclarecer os principais pontos que envolvem a amamentação e o exame de contraste, para que você possa tirar esse peso da consciência.

Acompanhe!

O que é e como funciona o contraste?

O contraste é frequentemente utilizado no dia a dia da medicina em exames de diagnóstico por imagem — você com certeza já deve ter feito um, certo?

Ele nada mais é que uma substância inserida no corpo que torna mais clara e nítida a visualização de órgãos ou regiões específicas no resultado do exame.

Sem ela, a imagem sairia escura e o médico não iria conseguir analisar o resultado do seu exame para dar um diagnóstico preciso.

Ficou mais claro o conceito agora?

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A forma mais comum de inserir a substância nos nosso organismo é sendo injetada via endovenosa (nas veias, artérias ou articulações), para entrar em contato direto com o sangue e ter um efeito mais rápido.

Mas o contraste também pode ser ingerido via oral, retal ou vaginal, se for o caso.

Para entender melhor sobre o assunto, os tipos de contraste e suas indicações, assista ao vídeo curto abaixo.

Afinal, fazer exame de contraste durante a amamentação oferece risco pro meu filho?

Para começar, não se preocupe: é considerado seguro para o bebê que você realize exames de contraste durante a amamentação.

O principal ponto que preocupa as mães é o fato de, após fazer um exame de contraste, a substância permanece no corpo por um curto período de tempo.

Durante esse período, um pouco do contraste pode sair junto com o leite materno e ser absorvido pelo organismo do bebê, mesmo que minimamente, na região do trato gastrointestinal (TGI)*.

*essa região é conhecida como a porta de entrada de nutrientes no nosso corpo, sendo dividido em TGI superior (boca, faringe, esôfago e estômago) e TGI inferior (intestinos delgado e grosso).

Os debates sobre as consequências disso caso o bebê ingira leite materno nesse período são diversos, mas até hoje só foram relatados casos de reações consideradas leves (como alguma pequena alergia).

Ou seja, não existem casos registrados de complicações graves por conta disso.

Outro detalhe: interromper ou não a amamentação depois de um exame de contraste?

Essa questão deve ser discutida diretamente com o seu médico, pois pode depender do tipo do contraste. De qualquer forma, a ANVISA já define que a amamentação pode ser mantida normalmente após o exame, sem problemas.

Ok?

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Esclareça outras dúvidas fundamentais sobre amamentação e exame de contraste

– A quantidade de contraste liberada pela mama e absorvida pelo bebê varia de acordo com o tipo do contraste?

Não. Os contrastes mais utilizados em exames de diagnóstico por imagem (bário, iodo e gadolínio) são semelhantes nesse quesito.

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– Qual a porcentagem que é liberada pela mãe e absorvida pelo bebê de cada tipo de contraste?

Quando os contrastes são injetados via endovenosa, as porcentagens são:

  • Contraste à base de Iodo: menos de 1% é liberado no leite materno e apenas 0,01% é absorvido pelo bebê, não oferecendo riscos;
  • Contraste à base de Bário ou Gadolínio: apenas 0,04% é liberado pelo leite materno e somente 0,0004% absorvido pelo bebê, sem riscos.

– Essas porcentagens são semelhantes caso seja feito um exame de contraste diretamente no bebê, via endovenosa?

Não, as porcentagens seriam bem maiores. Nesses casos, a porcentagem máxima permitida para injetar diretamente no bebê é de 1% para contrastes de iodo e 0,25% para contrastes de bário ou gadolínio.

Ficou mais claro a questão da amamentação e do exame de contraste para você? Esperamos que sim.

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