Tontura constante: causas e o que fazer?

Tontura constante: causas e o que fazer?

A tontura constante é um sintoma que interfere profundamente na qualidade de vida, além de causar desconforto e preocupações. A sensação de instabilidade costuma ser acompanhada por outras ocorrências como vertigem, desequilíbrio, náusea e até desmaio. 

As causas da tontura incessante são diversas e muitas vezes esse pode ser o primeiro indício de problemas de saúde mais graves que necessitam de atenção médica.

Neste artigo, você vai descobrir quais são as principais causas da tontura constante, como é feito o diagnóstico do problema e os tratamentos recomendados para eliminar esse desconforto. 

Acompanhe!

Principais causas de tontura constante

A tontura é um sintoma bastante incômodo, que muitas vezes afeta a qualidade de vida da pessoa. Quando ocorre de forma constante, pode ser sinal de um problema de saúde mais grave, como veremos a seguir:

Labirintite 

A labirintite é uma inflamação do labirinto, estrutura localizada no ouvido interno responsável pelo equilíbrio. Essa condição pode ser desencadeada por infecções virais ou bacterianas e é uma das causas mais comuns de tontura constante. 

Além da tontura – que pode durar dias ou semanas, dependendo da gravidade da inflamação -, a labirintite provoca vertigem, perda de audição em um dos ouvidos, zumbido e, em casos graves, náusea e vômito

Vertigem

Vertigem é a sensação de que o ambiente ao redor está girando, mesmo quando a pessoa está parada. 

Ela pode ser causada por problemas no ouvido interno, como a vertigem posicional paroxística benigna (VPPB), onde ocorre o deslocamento de pequenos cristais de cálcio dentro dos canais do ouvido interno, o que interfere na percepção do equilíbrio.

Além disso, outras condições como a doença de Ménière e a enxaqueca vestibular também podem causar vertigem e, consequentemente, tontura constante.

Enxaqueca

A enxaqueca é uma condição neurológica que, além de dores de cabeça intensas e latejantes, pode causar tontura prolongada, com duração de horas ou até mesmo dias, dependendo da intensidade do episódio. 

A enxaqueca vestibular, um dos subtipos da doença, também provoca vertigem e desequilíbrio. Outros sintomas da enxaqueca incluem sensibilidade à luz e ao som, náusea e visão embaçada. 

Esclerose múltipla

A esclerose múltipla é uma doença autoimune crônica que afeta o sistema nervoso central e provoca a degeneração da mielina, substância que reveste as fibras nervosas. Com isso, a comunicação entre o cérebro e o resto do corpo é interrompida. 

Um dos sintomas da esclerose múltipla é a tontura, especialmente quando ocorrem lesões no tronco cerebral, onde os sinais de equilíbrio são processados. Além da tontura, a doença pode causar fraqueza muscular, problemas de visão e dificuldades de coordenação.

Hipotensão

A hipotensão, ou pressão arterial baixa, é outra causa comum de tontura constante, já que o cérebro deixa de receber oxigênio suficiente.

Essa tontura surge especialmente ao mudar de posição rápido ou ficar muito tempo em pé, e muitas vezes vêm acompanhada de vista embaçada e até desmaio. Normalmente, a hipotensão súbita ocorre devido a desidratação, perda significativa de sangue, problemas cardíacos ou uso de certos medicamentos. 

Arritmias

Arritmias cardíacas são irregularidades nos batimentos cardíacos e também podem causar tontura constante, já que o coração deixa de bombear sangue de forma eficaz e o fluxo de oxigênio para o cérebro é reduzido.

Esse tipo de problema requer atenção médica imediata, pois pode ser um sinal de alguma doença cardíaca grave.

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Quando procurar ajuda médica

Sentir tontura de forma ocasional não deve ser motivo de grandes preocupações, mas se o sintoma surge constantemente, é importante buscar a avaliação de um profissional de saúde para descartar condições mais sérias, como as citadas acima.

Caso a tontura seja acompanhada por outros sinais, como dor de cabeça intensa, perda de consciência, dificuldade para falar, visão dupla, dor no peito, ou fraqueza súbita em um lado do corpo, é fundamental procurar ajuda médica imediatamente

Esses sintomas podem ser um indicativo de condições graves, como derrame, Acidente Vascular Cerebral (AVC), problemas cardíacos ou distúrbios neurológicos, que necessitam de intervenção urgente.

Como a tontura pode ser um sintoma de muitas condições diferentes, a identificação correta da causa é determinante para prevenir complicações. Nesse sentido, o diagnóstico preciso é essencial para que o tratamento seja iniciado de forma adequada. 

Para isso, o médico costuma solicitar uma série de exames de imagem e testes de função para avaliar as possíveis causas do problema.

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Exames de imagem para diagnóstico

Exames de imagem para diagnóstico de tontura constante

Os exames de imagem desempenham um papel importante na investigação das causas da tontura constante, especialmente quando se suspeita de problemas neurológicos ou cardiovasculares. Os mais frequentes são:

Ressonância magnética

A ressonância magnética é uma ferramenta poderosa para detectar alterações no cérebro e no ouvido interno que podem ser a causa da tontura constante. 

O exame utiliza campos magnéticos e ondas de rádio para criar imagens detalhadas de tecidos moles, o que permite a visualização de lesões, tumores, inflamações ou outras anomalias que podem afetar o equilíbrio.

Tomografia computadorizada

A tomografia computadorizada é outro exame de imagem muito utilizado para investigar as causas da tontura, já que é capaz de gerar imagens transversais do corpo que proporcionam uma visão clara e detalhada de estruturas ósseas e vasos sanguíneos. 

Com isso, é possível detectar fraturas no crânio e problemas nos seios da face que podem contribuir para a tontura, além de identificar possíveis bloqueios que afetam o fluxo sanguíneo para o cérebro.

Além disso, também podem ser solicitados exames específicos para avaliar o sistema cardiovascular, como o eletrocardiograma (útil para monitorar o ritmo cardíaco e detectar arritmias) ou ecocardiograma (para avaliar a função do coração).

Já para investigar o ouvido interno, o médico costuma recomendar alguns testes de equilíbrio, como a eletronistagmografia ou o teste de impulso cefálico, que são realizados para avaliar o funcionamento do labirinto e diagnosticar condições como vertigem ou labirintite.

Tratamentos e cuidados

Para deixar de sentir tonturas constantes é necessário primeiro tratar a causa do problema. Após o diagnóstico preciso da condição que provoca tonturas, o médico pode indicar o procedimento terapêutico mais adequado. 

Quando a tontura é causada por labirintite, vertigem ou enxaqueca, o tratamento geralmente é feito por meio de medicamentos que buscam aliviar os sintomas, como anti-histamínicos, corticosteroides, beta-bloqueadores e sedativos. 

Se a causa do problema for hipotensão, costuma-se recomendar um aumento na ingestão de líquidos, uso de meias de compressão para melhorar a circulação sanguínea e, em alguns casos, medicamentos para elevar a pressão arterial.

Já no caso de arritmias, o tratamento varia de medicamentos para regular o ritmo cardíaco ao implante de dispositivos como marcapassos, dependendo da gravidade da condição.

Além do tratamento médico, alguns cuidados adicionais ajudam a reduzir a frequência e a intensidade da tontura, como manter-se bem hidratado, evitar o consumo excessivo de cafeína e álcool, e adotar uma dieta equilibrada

Em certos casos, a fisioterapia ou a terapia ocupacional podem ser recomendadas para melhorar o equilíbrio e a coordenação, especialmente em pacientes com problemas neurológicos.

Independente da causa da tontura constante, é essencial fazer o acompanhamento regular com um profissional de saúde e realizar exames periódicos a fim de monitorar a eficácia do tratamento e detectar qualquer mudança na condição do paciente. 

Isso é ainda mais importante no caso de pacientes portadores de doenças crônicas, como esclerose múltipla ou cardiopatias, onde o controle contínuo é essencial para evitar complicações.

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Por: Dr. Renato Barra / Categoria: Bem-estar Dicas de saúde

4 de setembro de 2024

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