Apesar de não estar entre os tipos de câncer mais comentados, o tumor cerebral responde por uma grande parcela de mortes em nosso país.
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), cerca de 4% das mortes por câncer no Brasil estão relacionadas aos tumores cerebrais. Pode parecer pouco, mas se pensarmos no volume total de pessoas, trata-se de uma quantidade alarmante.
Para se ter uma ideia, a estimativa é de que mais de 11 mil novos casos de câncer no cérebro e sistema nervoso central sejam diagnosticados por ano no Brasil.
Neste artigo vamos trazer as informações essenciais, que você precisa saber, relacionadas à prevenção e aos cuidados.
Acompanhe!
O que é um tumor cerebral?
Trata-se de células do nosso corpo, que se modificam e passam a se reproduzir de forma descontrolada; neste caso, no cérebro.
E aqui se incluem tanto os tumores benignos quanto os malignos, os quais são inclusive classificados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 4 diferentes graus, sendo o grau 1 mais benigno, e o grau 4 mais maligno.
A depender da região cerebral em que isso ocorre, o tipo de tumor pode ser identificado de diferentes formas. Por exemplo, caso ocorra na meninge (membrana que envolve o cérebro), é identificado como um meningioma. Caso ocorra nas células gliais do cérebro, é identificado como um glioma. E assim por diante.
Outra característica dos tumores cerebrais é que, pelo fato do cérebro ter diferentes tipos de células (responsáveis por diferentes funções), os sintomas vão depender do tipo das células afetadas. Ou seja, um tumor cerebral próximo à área que controla a fala, trará sintomas relacionados à fala. Numa área que controle a visão, trará sintomas visuais.
Existe ainda a possibilidade de tumores cerebrais surgidos em outras áreas do corpo, como mamas ou pulmões e que podem se deslocar para o cérebro, as chamadas metástases. Esta é, inclusive, a principal causa de tumores na cabeça.
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Primeiros sinais e sintomas de um tumor na cabeça
Os primeiros sintomas de um tumor na cabeça têm a ver com o aumento de pressão provocado por essa massa dentro da caixa craniana.
Como sabemos, a estrutura óssea da cabeça é toda preenchida pelo cérebro e não se expande. Assim, caso se desenvolva um tumor ou mesmo um sangramento (em caso de traumas) dentro dessa região fechada, isso vai provocar um aumento de pressão no cérebro (hipertensão intracraniana).
Isso já é suficiente para causar sintomas como dores de cabeça, náuseas e vômitos.
Além disso, os sinais e sintomas provocados por um tumor cerebral vai depender da localização em que ele se desenvolver. Caso o paciente desenvolva um tumor na área do cérebro que controla a fala, ele começa a ter alterações de fala. Caso seja numa área relacionada aos movimentos, é possível que ele apresente dificuldade de movimentação. E assim por diante.
Finalmente, outro sintoma comum nos casos de tumor cerebral são as crises convulsivas. Pacientes sem histórico desse problema que, em algum momento da vida, passam a apresentar convulsões, devem ser investigados quanto à possibilidade de um tumor cerebral.
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Como diagnosticar tumores cerebrais?
A principal forma de diagnóstico de tumores cerebrais são os exames de imagem. Confira abaixo os principais.
Ressonância magnética cerebral
A ressonância é considerado o melhor exame para esse tipo de investigação, devido à sua precisão e grau de detalhamento sendo, por isso, uma das alternativas mais utilizadas para diagnosticar tumores na cabeça e eventuais sinais de metástase (espalhamento da lesão para outras áreas).
Por meio desse exame, é possível avaliar tanto o cérebro quanto a medula espinhal. Esse exame é possível ser feito com ou sem o uso de contraste; substância usada para dar mais clareza e precisão às imagens. Saiba mais neste artigo.
Angiorressonância
Outro exame que é um grande aliado na investigação de tumores cerebrais é a angiorressonância, sendo importante para avaliar especificamente as estruturas dos vasos sanguíneos e a circulação do sangue em veias e artérias.
É útil tanto para investigação do tumor quanto para direcionar o procedimento cirúrgico de retirada do câncer, pelo neurocirurgião.
Ressonância magnética funcional
Como dito acima, a depender da área em que se desenvolva o tumor, ele pode afetar diferentes funções do corpo. Nesse sentido, costuma ser muito útil a realização da chamada ressonância magnética funcional.
Trata-se do mesmo exame de ressonância, mas sendo solicitado que o paciente realize atividades e movimentos específicos durante a avaliação. Assim, é possível aos médicos identificarem quais áreas do cérebro são ativadas, de acordo com o movimento que o paciente faz.
Por meio desse exame, é possível avaliar quais áreas do cérebro estão sendo afetadas pelo tumor, além de direcionar o planejamento da cirurgia, indicando aos médicos quais áreas devem ser preservadas.
Raio X do tórax
Você deve estar se perguntando: por que fazer um exame do tórax para investigar o cérebro?
Como dito acima, a maior parte dos tumores cerebrais são secundários a células neoplásicas de outras regiões do corpo – especialmente dos pulmões – que se espalharam pela corrente sanguínea e foram parar no cérebro.
Por isso, é comum os médicos avaliarem outros órgãos em busca de esclarecimento da origem do câncer cerebral.
Tomografia computadorizada cerebral
Menos precisa que a ressonância magnética, mas também útil em alguns casos, a tomografia computadorizada (ou TC) é mais uma das opções que podem ser usadas para investigar casos de tumor cerebral.
Sua grande vantagem sobre a ressonância está no fato de que a tecnologia da tomografia permite avaliar também estruturas ósseas da cabeça, que também podem estar sendo afetadas pelo tumor; coisa que a ressonância magnética não consegue fazer bem.
Angiotomografia
A exemplo da angiorressonância, que investiga os vasos e o fluxo sanguíneo cerebral por meio de uma ressonância, a angiotomografia realiza uma investigação semelhante, mas se utilizando da tomografia computadorizada.
Apesar de menos precisa, ela pode trazer informações diferentes em relação ao tumor, sendo uma alternativa que também pode ser utilizada.
PET/CT ou PET Scan
Considerada uma revolução nos exames de imagem, a chamada tomografia por emissão de prótons permite avaliar regiões do corpo – como o cérebro – em busca de sinais de lesão tumoral, mostrando alterações nessas regiões, antes mesmo que as células cancerígenas se desenvolvam.
Utilizando-se de técnicas da medicina nuclear e da radiografia, esse exame permite avaliar tanto alterações anatômicas quanto metabólicas, ou seja, a atividade das células.
Para sua saúde, IMEB!
Neste artigo, você conheceu mais sobre tumores na cabeça, um problema que afeta mais de 11 mil pessoas no Brasil todos os anos.
Viu também que os exames de imagem são as principais ferramentas para investigação, diagnóstico e tratamento desse tipo de lesão tão perigosa.
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