Alimentação Saudável: 9 mitos e o que funciona de verdade
Quando o assunto é alimentação saudável, deve-se tomar muito cuidado com as informações difundidas na internet, redes sociais ou mesmo entre amigos. Afinal, existe muito “conhecimento” enganoso que com o tempo passa a ser tratado como verdadeiro. Por isso, é essencial pesquisar em fontes confiáveis.
Neste artigo, vamos desvendar 9 mitos comuns sobre alimentação, que você deve parar de acreditar e também vamos te mostrar o que realmente funciona para ter uma alimentação saudável e equilibrada.
Acompanhe!
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9 mitos sobre alimentação que você deve parar de acreditar
As pessoas estão cada vez mais preocupadas em cuidar da alimentação, seja para terem mais saúde, seja para buscarem um corpo mais estético. Nessa busca, no entanto, alguns mitos acabam se estabelecendo e virando regras. Confira alguns deles:
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Alimentos integrais não engordam tanto
Alimentos integrais, como pães, massas, arroz e cereais, têm a mesma quantidade de calorias e carboidratos que os refinados. A diferença é que possuem mais fibras, vitaminas e minerais.
Porém, apesar das fibras contribuírem para a digestão e a saciedade, elas não reduzem as calorias. Assim, exagerar no consumo de alimentos integrais pode engordar tanto quanto (ou até mais) que as versões refinadas.
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Dietas da moda garantem perda de peso permanente
Muitas dietas da moda prometem resultados rápidos e milagrosos, mas a maioria delas são restritivas, desequilibradas ou insustentáveis. Isso significa que esse tipo de regime alimentar pode até funcionar no curto prazo, mas não garante perda de peso permanente, já que eliminam água e massa muscular, mas não gordura.
Além disso, esse tipo de dietas pode provocar efeito sanfona, deficiências nutricionais e alterações hormonais, metabólicas e psicológicas.
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Eliminar carboidratos é a chave para emagrecer
Eliminar carboidratos é um erro, pois são a principal fonte de energia para o organismo e essenciais para o bom funcionamento do corpo e do cérebro.
De fato, os carboidratos simples (açúcar, farinha branca, doces, arroz branco, pão francês) são rapidamente absorvidos e elevam os níveis de glicose no sangue, favorecendo o acúmulo de gordura. No entanto, os carboidratos complexos (alimentos integrais, grãos, vegetais, cereais) fornecem fibras e nutrientes essenciais, além de proporcionar mais saciedade.
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Comer à noite causa ganho de peso
Mais importante do que o horário de comer é o que se come e o quanto se come. Dessa forma, alimentar-se à noite não é problema, desde que a escolha priorize alimentos leves, nutritivos e de fácil digestão, respeitando a fome e a saciedade.
Afinal, o que determina o ganho ou a perda de peso é o balanço energético, ou seja, a diferença entre as calorias ingeridas e gastas ao longo de todo o dia.
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Alimentos “diet” são sempre saudáveis
Os alimentos “diet” são indicados para pessoas com alguma restrição ou necessidade específica, como os diabéticos. Porém, isso não significa que sejam mais saudáveis ou menos calóricos do que os alimentos normais, já que em muitos casos outros ingredientes são adicionados para compensar a falta do nutriente, como adoçantes, corantes ou conservantes, que podem ser prejudiciais à saúde. Portanto, o consumo de alimentos “diet” deve ser feito com cautela e orientação profissional.
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Gordura na dieta sempre leva ao ganho de peso
Acreditar que a gordura na dieta sempre leva ao ganho de peso é um erro. Novamente, o que conta é a quantidade calórica que você consome, o que pode vir de qualquer tipo de macronutriente (gordura, proteínas e carboidratos). É fato que as gorduras têm mais calorias que os outros dois (9 kcal/g), então é preciso adequar as quantidades.
Além disso, existem diferentes tipos de gordura e algumas são extremamente benéficas para a saúde. As gorduras insaturadas, encontradas em alimentos de origem vegetal, como azeite, abacate, oleaginosas e peixes, são benéficas para o organismo e ajudam na redução do colesterol ruim (LDL) e aumento do colesterol bom (HDL), além de terem efeito anti-inflamatório e antioxidante.
Por outro lado, as gorduras trans e saturadas, presentes em alimentos como carnes gordas, queijos, biscoitos e sorvetes são prejudiciais à saúde.
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Sucos detox eliminam toxinas do corpo
Os sucos detox prometem limpar o organismo de toxinas, melhorar o funcionamento do fígado, do intestino e dos rins, e favorecer a perda de peso. Porém, não há evidências científicas que comprovem esses benefícios, e os sucos podem ter efeitos colaterais, como diarreia, desidratação, perda de nutrientes e alteração da flora intestinal.
Além disso, o corpo já possui mecanismos naturais de desintoxicação, que são realizados pelos mesmos órgãos citados acima.
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Saltar refeições acelera a perda de peso
Adotar a estratégia de saltar refeições, como o café da manhã ou o jantar, a fim de reduzir a ingestão de calorias e assim acelerar o emagrecimento, é um mito. Na verdade, ficar tanto tempo sem comer pode causar compulsão alimentar, hipoglicemia, irritabilidade, cansaço, perda de massa muscular e diminuição do metabolismo, além de prejudicar a ingestão de nutrientes essenciais para a saúde.
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Comer menos é sempre melhor
Muitas pessoas acreditam que comer menos é a melhor forma de emagrecer ou manter a saúde, mas isso é um mito. Comer menos do que o necessário pode causar deficiências nutricionais, perda de massa muscular, queda de cabelo, anemia, alterações hormonais e muitos outros problemas, como anorexia e bulimia, que são transtornos alimentares graves.
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O que realmente funciona na alimentação saudável
Agora que já vimos uma lista de equívocos que as pessoas cometem ao buscar ter uma alimentação mais saudável, confira o que a ciência já confirmou e que realmente funciona.
Consumir alimentos saudáveis
O consumo regular de alimentos saudáveis é uma das medidas mais eficientes para quem busca manter a saúde e controlar o peso. Com uma dieta baseada em frutas, vegetais, legumes, grãos integrais (aveia, trigo, quinoa, arroz integral, grão-de-bico), proteínas magras (peixes, frango, peru, ovos), fontes de ômega-3 (salmão, atum, sardinha,óleos vegetais nozes, castanhas, sementes) e fontes de cálcio (leite e derivados, vegetais verde-escuros, como couve, brócolis, espinafre), é possível obter todos os nutrientes essenciais para o organismo, como carboidratos complexos, fibras, vitaminas, minerais, antioxidantes, proteínas e gorduras insaturadas.
Além disso, uma alimentação saudável contribui para a prevenção de diversas doenças, como obesidade, diabetes, hipertensão, colesterol alto, anemia, osteoporose e doenças cardiovasculares, assim como melhora o humor, memória, concentração e aprendizagem.
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Montar porções com variedade e equilíbrio
A variedade e o equilíbrio são princípios básicos de uma alimentação saudável. Isso significa que é necessário consumir alimentos de todos os grupos, como carboidratos, proteínas, gorduras, vitaminas, minerais e fibras, a fim de garantir a ingestão de todos os nutrientes essenciais para o organismo.
Já as porções devem ser ajustadas de forma equilibrada, conforme as necessidades e objetivos de cada pessoa. Para atingir esse objetivo, é essencial contar com o auxílio do nutricionista.
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Limitar a quantidade de açúcares adicionados
Os açúcares adicionados, como o tradicional açúcar branco, mascavo, demerara, mel e xarope de milho, são fontes de calorias vazias. Isso significa que não fornecem nenhum nutriente e ainda podem causar cáries, obesidade, diabetes, inflamação e envelhecimento precoce, entre outras doenças. O ideal é limitar ao máximo o consumo de açúcares adicionados e preferir adoçantes naturais, como stévia, xilitol e eritritol.
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Hidratar-se adequadamente
Se hidratar de forma adequada é essencial para o bom funcionamento do corpo. Isso porque, a água participa de todas as reações químicas do organismo, transporta nutrientes e oxigênio, elimina toxinas e resíduos, lubrifica as articulações, melhora a circulação e a digestão, fortalece os músculos e muito mais.
Geralmente, recomenda-se o consumo de 2 litros de água por dia, mas isso depende de outros fatores, como peso, tamanho e condições de saúde. Chás, sucos naturais e água de coco também ajudam a manter o corpo hidratado, mas devem ser consumidos com moderação e sem adição de açúcar ou adoçantes.
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Evitar fast food e comidas prontas
A rotina de trabalho, estudos e afazeres domésticos é um convite para o consumo de fast food e comidas prontas. Mas, alimentos desse tipo, embora saborosos, são muito prejudiciais à saúde, pois apresentam altos índices de calorias, gorduras saturadas, gorduras trans, açúcar, sódio e aditivos químicos.
Além de ser um dos principais vilões para a obesidade, o fast-food e as comidas prontas aumentam o risco de diabetes, hipertensão, colesterol alto, doenças cardiovasculares e câncer.
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Moderar o consumo de álcool
O álcool é um fator de risco para inúmeras doenças. Entre elas, estão hipertensão, AVC (Acidente Vascular Cerebral), infarto, depressão e diversos tipos de câncer, como o de garganta, pulmão, mamas, esôfago, estômago, reto e fígado.
Mas, o que muitas pessoas não sabem é que o álcool também é capaz de provocar mudanças significativas na balança, já que a bebida é rica em calorias. Ou seja, além de expor o organismo a uma série de problemas, as bebidas alcoólicas podem te fazer engordar. Por isso, o ideal é seguir o caminho da moderação.
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Por: Dr. Renato Barra / Categoria: Alimentação saudável Bem-estar Destaque
18 de janeiro de 2024