É o terceiro mais frequente em homens e o segundo em mulheres; hábitos de vida saudáveis são a melhor maneira de se prevenir
O dia 27 de março foi eleito como o Dia Nacional de Combate ao Câncer Colorretal, doença ainda pouco discutida pela população, que acomete o intestino grosso (cólon) e o reto. Trata-se de um tumor tratável e na maioria dos casos, curável se diagnosticado precocemente. O Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima que serão diagnosticados 17.380 novos casos em homens e 18.980 em mulheres para cada ano do biênio 2018-2019. “É muito importante falar sobre o assunto, uma vez que é o terceiro tipo de câncer mais comum em homens e o segundo mais comum em mulheres”, alerta Bruna Bonaccorsi, radio-oncologista do Instituto de Radioterapia São Francisco.
De acordo com o mesmo levantamento, serão 3.160 novos casos apenas em Minas Gerais, 4º estado do país com maior índice da doença, ficando atrás apenas de São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.
O mais surpreendente em relação ao câncer colorretal, para a maioria das pessoas, é que o número de casos desencadeados por fatores genéticos é mínimo. “A maioria, cerca de 90%, aparece em razão de maus-hábitos de vida. Má alimentação, álcool, tabagismo e sedentarismo estão na lista dos vilões”, esclarece Bruna. Por isso, é fundamental praticar exercícios físicos e inserir no cardápio alimentos como vegetais, cereais, fibras e proteínas magras. “O consumo de carne vermelha e alimentos industrializados e embutidos é permitido, mas de forma moderada”, diz.
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Pessoas com histórico familiar e mais de 50 anos de idade devem redobrar a atenção, investindo em acompanhamento médico e, nos casos indicados, na realização de videocolonoscopias para encontrar com antecedência o tumor em si, ou uma lesão percursora, como alguns tipos de pólipos. “Caso um pólipo do tipo adenoma viloso por exemplo, seja encontrado, ele é retirado antes que possa se tornar maligno, ou seja, um câncer de fato”, explica a especialista.
Muitas vezes assintomático, o câncer colorretal pode provocar sangramento nas fezes, alteração no número de evacuações, diarreia, dor abdominal, emagrecimento inexplicado e fraqueza. “O ideal é descobrir a doença no início, por meio de exames de rotina. Quanto mais cedo for iniciado o tratamento, maiores serão as chances de cura”, diz. Geralmente, o tratamento dos tumores de cólon envolve a cirurgia para a retirada dos tumores, e nos tumores de reto, envolve desde radioterapia juntamente com a quimioterapia como tratamento inicial, até cirurgia para a retirada do tumor .
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FONTE:https://www.segs.com.br/saude/108678-maus-habitos-podem-levar-a-37-mil-novos-casos-de-cancer-colorretal