A saúde mental é um tema de extrema importância e que, felizmente, vem ganhando cada vez mais relevância e sendo tratado de forma aberta por todos os setores da sociedade. Mesmo assim, muitas pessoas ainda não tratam esse assunto como a seriedade que merece.
Problemas como ansiedade e estresse excessivos atingem cada vez mais pessoas e têm causado cada vez mais prejuízos pessoais e financeiros, como afastamentos do trabalho.
Por isso, neste artigo queremos te apresentar algumas dicas para que você tenha mais saúde mental durante todo o ano.
Acompanhe!
Afinal, o que é ter saúde mental?
Ainda hoje, muitas pessoas confundem os termos “saúde mental” e “doença mental”. No entanto, ter saúde mental significa muito mais que apenas a ausência de doenças psicológicas e mentais.
Ao abordar o assunto saúde mental, falamos sobre pessoas que vivenciam uma variedade de sentimentos durante toda sua vida, como alegria, felicidade, satisfação, tristeza, raiva e frustração. E a qualidade da saúde mental é determinada pela forma de lidar com esses sentimentos que, nem sempre, são bons, mas que fazem parte da vida.
Assim, o termo está relacionado à forma como a pessoa reage e enfrenta os desafios, exigências e mudanças da vida cotidiana.
?Ou seja, ter uma boa saúde mental é buscar agir com equilíbrio diante das adversidades da vida e ser capaz de buscar ajuda ao sentir dificuldades nisso, para lidar com traumas, divergências, inquietações ou transições importantes nas diferentes etapas e momentos da vida, harmonizando desejos, ideias e emoções
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Doenças relacionadas a questões emocionais
As doenças relacionadas a questões emocionais podem ser classificadas em dois tipos: as psiquiátricas e as psicossomáticas.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, as doenças psiquiátricas – chamadas transtornos mentais – são geralmente caracterizadas por uma combinação de pensamentos, percepções, emoções e comportamento anormais, que também podem afetar as relações com outras pessoas. Alguns exemplos de doenças psiquiátricas são:
- Depressão: Condição crônica que produz alteração do humor e é caracterizada por tristeza profunda, perda de interesse ou prazer, sentimentos de culpa ou baixa autoestima, assim como distúrbios do sono e do apetite, cansaço e falta de concentração.
- Transtorno bipolar: O transtorno bipolar é caracterizado por oscilações emocionais, em que a pessoa passa por momentos de intensa euforia, impulsividade e extroversão (fase conhecida como mania), alternados com outros de extrema tristeza ou irritação (fase conhecida como depressão).
- Transtorno obsessivo compulsivo (TOC): Como o nome sugere, esse tipo de transtorno provoca sentimentos e pensamentos obsessivos e compulsivos que afetam a execução de tarefas simples do cotidianos, como alguns pacientes que têm mania de limpeza e precisam lavar as mãos diversas vezes ao dia.
- Ansiedade: A ansiedade é um transtorno caracterizado pelo medo e excesso de preocupação com o que ainda não aconteceu, geralmente provocando uma sensação de desconforto ou “mau pressentimento” que, muitas vezes, se manifesta em sintomas físicos, como taquicardia e sudorese.
- Esquizofrenia: A esquizofrenia e outros tipos de psicose são caracterizadas por distorções no pensamento, emoções, linguagem, e comportamento, incluindo alucinações (ouvir, ver ou sentir coisas que não existem) e delírios (falsas crenças ou suspeitas firmemente mantidas mesmo quando há provas que mostram o contrário).
Já as doenças psicossomáticas são manifestações físicas decorrentes de desajustes emocionais ou sofrimento psicológico. Também é conhecida como transtorno de somatização, já que o paciente costuma apresentar diversas queixas físicas em locais diferentes do corpo, que não são explicadas por nenhuma doença específica.
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Por isso, em geral o diagnóstico das doenças psicossomáticas são feitos por exclusão, quando todas as outras possíveis causas possíveis são investigadas e excluídas. Veja algumas das doenças psicossomáticas mais comuns:
- Dores de cabeça e enxaquecas: Apesar de poder estar associada a outras questões, dores de cabeça e enxaquecas são, muito frequentemente, associadas a sentimentos como ansiedade e estresse excessivos.
- Problemas estomacais: Em situações de angústia, medo ou estresse constantes, algumas pessoas podem ser afetadas por problemas estomacais ou intestinais, como gastrite, úlceras, prisão de ventre ou diarréia. Enjoos e náuseas frequentes, motivados por picos de estresse e tensão, também podem surgir.
- Alergias na pele: Questões associadas ao nervosismo e estresse podem desencadear certas alergias e irritações na pele, como brotoejas, vermelhidão, ardência e sensação de formigamento, além de coceira e hipersensibilidade. Problemas mais intensos, como psoríase, dermatite seborréica e acne também podem surgir devido aos transtornos emocionais.
- Cansaço e fadiga: A doenças emocionais também podem afetar músculos e articulações, fazendo com que o cansaço físico e sensação de fadiga sejam constantes, além de dor em áreas como coluna, braços e pernas.
- Problemas cardiovasculares: Estresse, medo e ansiedade também podem causar problemas como taquicardia, arritmia e pressão alta, além de dores e sensação de aperto no peito.
Além das manifestações físicas, as variações de humor e problemas psicológicos podem atrapalhar o tratamento de outros tipos de doenças físicas, já que muitas vezes o paciente se sente desânimo e sem vontade de seguir o processo de cura.
Como cuidar da saúde mental durante o dia a dia?
Algumas práticas do dia a dia podem fazer toda diferença para garantir mais saúde mental e psicológica. Confira algumas delas.
Pratique atividades físicas
Além de manter o corpo em dia, as atividades físicas são uma das melhores formas de se ter uma boa saúde mental. Isso porque a prática de exercícios faz com que o cérebro libere hormônios como a dopamina e a endorfina, que estão relacionados ao bem-estar, alegria e bom humor.
Com apenas 30 minutos de atividades por dia, seja na academia ou ao ar livre, é possível sentir os benefícios.
Invista na qualidade do sono
Ter um sono de qualidade é essencial para a saúde do cérebro, já que neste momento as energias do corpo e da mente são renovadas. Por outro lado, noites mal dormidas aumentam os níveis de cansaço, fadiga e estresse. Para isso, o ideal é evitar televisão e celular 30 minutos antes de dormir, assim como tentar ir para a cama no mesmo horário. Além disso, especialistas recomendam, em geral, um sono de 7 a 8 horas por noite.
Mantenha uma dieta balanceada e beba mais água
Manter uma dieta balanceada contribui muito para o cuidado com a saúde mental, além de ser benéfico também para o corpo e o coração. O consumo de frutas, verduras, legumes, castanhas e outras oleaginosas aumentam a sensação de bem-estar e melhoram o humor.
Além disso, beber água com frequência ajuda a melhorar o funcionamento dos rins e aumentar a concentração e a produtividade.
Pratique técnicas de relaxamento
A prática da meditação, alongamento e exercícios de respiração estão diretamente relacionadas à diminuição dos sintomas ligados ao estresse e ao controle da ansiedade.
Além disso, essas técnicas trazem inúmeros benefícios para a saúde mental, como a potencialização do autoconhecimento e autoestima, desenvolvimento de foco e ampliação das emoções positivas.
Busque se concentrar em uma atividade por vez
Na correria do dia a dia, muitas vezes tentamos fazer várias atividades ao mesmo tempo, seja no trabalho ou em casa. Mas, executar muitas tarefas simultaneamente aumenta o gasto de energia e o estresse. Na medida do possível, busque se concentrar em uma atividade de cada vez.
Procure se socializar
Como seres humanos, fomos feitos para viver em sociedade. E apesar da tecnologia nos tornar mais distantes uns dos outros, é essencial ter alguém para conversar. Fazer amigos, compartilhar experiências, dar boas risadas ou mesmo chorar, quando necessário, é fundamental para o estímulo e saúde da mente, além de tornar a vida muito mais feliz.
Não tenha medo de pedir ajuda
Pedir ajuda quando as coisas não parecem bem é fundamental para manter uma boa saúde mental e assim evitar que o estresse e a ansiedade se transformem em um problema ainda maior.
Contar com amigos e familiares para desabafar e aliviar o peso, assim como buscar auxílio profissional quando necessário, são atitudes positivas para encontrar uma solução adequada.
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