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A verdade sobre a varíola dos macacos: o que é e como ocorre o contágio
Por: Dr. Renato Barra

A verdade sobre a varíola dos macacos: o que é e como ocorre o contágio

Pouco mais de dois anos após o surgimento da pandemia do coronavírus, relatos de infecção por outro vírus contagioso tem deixado a população em estado de alerta: a varíola dos macacos.

Segundo os Centros de Prevenção e Controle de Doenças (CDC) dos Estados Unidos, já são mais de 700 casos da doença confirmados em todo o mundo. No entanto, todos os casos registrados no país estão em vias de recuperação ou já foram curadas.

No Brasil, apenas seis casos foram confirmados da varíola dos macacos. É importante ressaltar que a doença não deve ser tratada com alarde, afinal, ela não se espalha com facilidade e o risco de contaminação geral, segundo a OMS, é considerado baixo.

Neste artigo, você vai descobrir a verdade sobre a varíola dos macacos, como ocorre o contágio e como se prevenir desse vírus.

Acompanhe! 

O que é a varíola dos macacos?

A varíola dos macacos é uma zoonose viral, ou seja, uma doença infecciosa que é transmitida de animais para humanos. O vírus que causa essa doença, chamado “monkeypox”, é da família Orthopoxvirus, a mesma família da varíola humana.

O primeiro caso de infecção em humanos foi registrado em 1970, na República Democrática do Congo. Desde então, a varíola dos macacos circula com maior incidência em países da África Central e Ocidental, sendo considerada endêmica em muitas localidades daquela região.

Apenas em 2003 foi detectado um surto da doença fora do continente africano. Na ocasião, 47 pessoas foram infectadas nos Estados Unidos, após contato com cães-da-pradaria, um roedor silvestre importado da África e adquirido como animal de estimação.

Apesar de serem da mesma família e terem sintomas semelhantes, a varíola dos macacos é menos contagiosa e letal que sua versão humana, erradicada em 1980, após dizimar a população por séculos.

Atualmente, existem duas variantes da varíola dos macacos circulando pelo mundo. Uma predominante na África Central – com taxa de mortalidade em torno de 10% – e outra mais frequente na África Ocidental, essa com taxa de 1% de mortalidade. O atual surto da infecção tem sido relacionado a versão mais branda da doença.

Ainda assim, casos graves podem acontecer, principalmente relacionados a infecções secundárias da pele e pulmões ou mesmo sepse, sendo essas situações mais comuns em pessoas imunossupressoras ou crianças pequenas.

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Por que estão surgindo novos casos da varíola dos macacos?

Ainda não está claro para as autoridades o motivo do avanço da varíola dos macacos nos países da Europa, América do Norte e Austrália. Uma das hipóteses é que o vírus original tenha sofrido algum tipo de mutação que o deixou mais eficiente na transmissão entre humanos. 

Também é cogitada a possibilidade da proteção proporcionada pela vacinação contra a varíola humana tenha diminuído, após mais de 40 anos de sua aplicação.

Essas e outras alternativas estão sendo investigadas pela OMS e órgãos competentes.

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Como ocorre o contágio e quais são os sintomas?

O contágio pela varíola dos macacos ocorre apenas através do contato próximo com a pessoa infectada. A exposição ao vírus acontece por meio de lesões da pele, sistema respiratório ou pelos olhos, nariz e boca.

Apesar de não se espalhar facilmente – sua taxa de transmissão é inferior à da covid-19 -, a doença pode ser transmitida das seguintes formas:

  • Contato direto com objetos contaminados com fluidos das lesões de pele do infectado, como roupas, toalhas ou lençóis;
  • Contato com a pele do doente, principalmente nas áreas onde estão lesões como bolhas e casquinhas;
  • Gotículas que escapam pela tosse ou espirro de pessoas infectadas com a varíola dos macacos.

É importante ressaltar que a varíola dos macacos não é uma doença sexualmente transmissível, mas pode ser transmitida através do contato sexual e íntimo

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Sintomas

Os primeiros sintomas causados pela varíola dos macacos começam a surgir, geralmente, entre 5 e 21 dias após a infecção.

Inicialmente, a doença causa febre, dor de cabeça, dores musculares, aumento dos linfonodos do pescoço, fadiga e calafrios. Depois de alguns dias, podem surgir as primeiras lesões na pele, em forma de manchas vermelhas. Elas vêm acompanhadas de coceira que, na maioria das vezes, começa no rosto e então se espalha para outras partes do corpo, principalmente nas mãos e solas dos pés.

Essas coceiras formam lesões semelhantes a catapora, que mudam e passam por diferentes estágios, como vesículas, pústulas e úlceras. Então, a lesão cria uma casca que depois cai. 

É preciso salientar que a pessoa infectada ainda é contagiosa até que todas as cascas caiam e a pele esteja completamente cicatrizada, dado que, as casquinhas que se formam sobre a lesão também contêm material viral infeccioso.

A infecção costuma durar de 2 a 4 semanas.

Como é feito o diagnóstico da varíola dos macacos?

O diagnóstico de varíola dos macacos deve ser feito através de um teste de laboratório PCR, que detecta o vírus nas lesões de pele. No entanto, esse tipo de teste ainda não está disponível no Brasil. 

Segundo o manual da MSD, o diagnóstico da doença também pode ser feito por meio de exame de cultura, exame imuno-histoquímico e microscopia eletrônica.

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Qual o tratamento e prevenção para a varíola dos macacos?

Até o momento, não existe um tratamento específico para a varíola dos macacos. O que deve ser realizado é a adoção de medidas que visam aliviar os sintomas.

A varíola dos macacos é uma doença autolimitada, ou seja, o próprio sistema imunológico é capaz de eliminar o vírus. Dessa forma, é importante que o paciente mantenha repouso, permaneça hidratado e utilize medicamentos como antitérmicos e analgésicos, para controle de febre, dor e coceiras. Por fim, o isolamento é essencial para evitar a disseminação da doença que, como já dissemos, é contagiosa.

Alguns medicamentos antivirais, como tecovirimat e cidofovir, também podem ser utilizados para o tratamento da varíola dos macacos. No entanto, nenhum dos dois remédios são de fácil acesso para a população em geral.

Prevenção

A principal forma de prevenção da varíola dos macacos é o isolamento de pacientes com sintomas suspeitos ou com diagnóstico confirmado da infecção. Segundo a OMS, a orientação é que o paciente permaneça em quarentena até que as crostas formadas pelas lesões caiam e se forme uma nova camada de pele.

É essencial manter a higiene das mãos, com o uso de álcool gel e água e sabão, além da utilização de máscaras. Evitar o contato com objetos da pessoa infectada, como roupas de cama, toalhas, talheres, vestimentas, entre outros.

Para sua saúde, IMEB

Como vimos, a varíola dos macacos é um vírus infeccioso que causa lesões na pele, como manchas, bolhas e feridas. O contágio da doença ocorre apenas através do contato próximo com a pessoa infectada, por meio de secreções respiratórias, fluidos e partículas das lesões. O contato próximo com o infectado ou mesmo com seus objetos, como roupas, podem ser suficientes para que ocorra a transmissão do vírus.

Por isso, é fundamental que a pessoa com suspeita da doença ou diagnóstico confirmado seja isolado e fique em quarentena. Para se prevenir, é fundamental manter a correta higiene das mãos e a utilização de máscara.

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