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densitometria óssea
Por: Dr. Renato Barra

Densitometria óssea pós bariátrica: a importância do exame

Tem crescido nas últimas décadas o número de cirurgias bariátricas no Brasil. Dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM) mostram um aumento de mais de 80% de cirurgias realizadas no Brasil, entre 2001 e 2018, chegando a mais de 63 mil cirurgias só no último ano.

O país já é o segundo do mundo com o maior número de cirurgias bariátricas realizadas, ficando atrás apenas dos Estados Unidos.

Para os pacientes que são submetidos à cirurgia bariátrica, fazer o exame de densitometria óssea é fundamental para o acompanhamento da densidade mineral óssea no pós-operatório. O motivo é que a cirurgia pode levar a uma perda significativa de massa óssea, sendo necessário o tratamento permanente para repor a densidade.

Acompanhe o artigo para entender melhor porque é importante fazer o exame, e saiba como ele é realizado.

Entendendo a cirurgia bariátrica

A cirurgia bariátrica, ou gastroplastia, é um procedimento cirúrgico indicado para o tratamento de obesidade grave ou mórbida, quando não se obteve o resultado desejado com o tratamento clínico.

No Brasil, o tipo de cirurgia mais comum é o by-pass grástrico — ela corresponde a 75% das cirurgias bariátricas realizadas no país. O procedimento faz com que o paciente diminua a ingestão de alimentos, além de aumentar o nível de hormônios que dão sensação de saciedade.

Além do tratamento da obesidade mórbida, a cirurgia também pode ser indicada para doenças causadas ou agravadas pelo excesso de gordura corporal. É o caso, por exemplo, das doenças endócrinas, entre elas a diabetes, a hipercolesterolemia, a hiperuricemia e a hipertensão.

Qual a importância do exame de Densitometria óssea pós bariátrica?

Embora a cirurgia bariátrica seja um procedimento eficaz e seguro para o tratamento da obesidade e de doenças correlacionadas, estudos mostraram que, em contrapartida, dependendo do tipo de cirurgia realizada, ela pode ocasionar uma redução da densidade mineral óssea do paciente, além de aumentar o risco de doenças osteometabólicas, em especial a osteoporose.

Isso acontece porque o corpo sofre limitações na sua ingestão e absorção natural de diferentes nutrientes, contribuindo para o enfraquecimento gradativo do esqueleto. É por essa razão que os pacientes bariátricos precisam iniciar um tratamento de suplementação nutricional com um endocrinologista, principalmente a base de vitaminas, cálcio, ferro e zinco.

Nesse sentido, o exame de densitometria óssea é indicado para o monitoramento da recomposição da densidade óssea, enquanto o paciente é submetido ao tratamento nutricional no pós-operatório.

Com esse acompanhamento, é possível diluir os riscos de perda de massa óssea e de suas possíveis consequências — desenvolvimento de osteoporose e fraturas subsequentes. Saiba mais sobre a eficácia da densitometria na prevenção da osteoporose neste artigo: Densitometria Óssea: o exame que detecta a osteoporose.

Leia também:

Densitometria óssea: vantagens do exame para a saúde da mulher

Como é realizado a Densitometria Óssea?

A Densitometria óssea é um exame de imagem da Medicina Nuclear que serve para analisar o grau de redução da massa óssea, de forma precoce e precisa. Por meio de um aparelho que utiliza a técnica de DXA (Dual-Energy X-ray Absorptiometry), é possível avaliar a densidade mineral dos ossos e prevenir o surgimento da osteoporose e de fraturas decorrentes da perda de massa óssea.

Para os pacientes bariátricos, o exame mais indicado é a densitometria óssea de corpo inteiro (ou composição corporal por densitometria). O exame dura cerca de 15 minutos, utiliza-se uma quantidade mínima e segura de radiação, e serve para verificar a composição corporal do paciente (percentual de massa magra, gordura e densidade mineral óssea).

O exame é simples, seguro, e considerado o exame-padrão para a prevenção de doenças osteometabólicas.

Ainda que existam outros exames que também detectam a perda de massa óssea (como o Raio-X, a tomografia computadorizada e a ressonância magnética), a densitometria é o procedimento com o melhor custo-benefício, além de ser vantajoso pela sua rapidez e simplicidade com que é realizado.

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